GESTANTES

Problemas coloproctológicos atingem até 4 em cada 10 grávidas

Alterações do organismo durante a gravidez impactam não apenas o desenvolvimento do bebê, mas também a saúde intestinal da mãe e podem persistir no pós-parto

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As alterações do organismo durante a gravidez impactam não apenas o desenvolvimento do bebê, mas também a saúde intestinal da mãe. Entre os desconfortos mais comuns estão as doenças coloproctológicas, que podem surgir principalmente no 3º trimestre da gestação e no pós-parto imediato.

Segundo estimativas internacionais, entre 25% e 40% das gestantes apresentam hemorroidas em algum momento da gravidez ou após o parto. Quando se consideram sintomas anorretais inespecíficos – como dor, prurido e sangramento – a prevalência pode chegar a 85%. No Brasil, ainda não há estudos robustos que dimensionem essa ocorrência de forma específica.

Por que são tão comuns na gravidez?

As hemorroidas e fissuras anais estão entre as doenças coloproctológicas mais frequentes em gestantes. Essa maior incidência se deve a fatores como:

  • Aumento da pressão venosa pélvica, causado pelo crescimento do útero
  • Constipação intestinal, favorecida por alterações hormonais (como a ação da progesterona) e pelo efeito mecânico do útero sobre o intestino
  • Esforço durante o parto vaginal, que pode agravar sintomas

“O crescimento do útero altera o retorno venoso, somado às mudanças hormonais que deixam o intestino mais preguiçoso. Esse cenário favorece muito o aparecimento de hemorroidas e fissuras, principalmente no fim da gestação”, explica a coloproctologista Aline Amaro.

Além das hemorroidas, também podem ocorrer fissuras anais (associadas à prisão de ventre) e, menos comumente, abscessos e fístulas anorretais.

Cuidados e prevenção: dicas para gestantes

Prevenir problemas coloproctológicos durante a gestação é possível com algumas medidas simples:

Tratamentos disponíveis

De acordo com os coloproctologistas Aline Amaro e Danilo Munhoz, o tratamento varia conforme a gravidade do quadro e sempre deve ser orientado por um especialista:

  • Pomadas locais: ajudam a reduzir dor e inflamação
  • Medicação via oral: pode ser indicada em alguns casos, sempre com orientação médica para garantir segurança ao bebê
  • Laserterapia: utilizada para alívio da dor em casos selecionados
  • Ajuste do funcionamento intestinal: fundamental para evitar a progressão e recorrência da doença

“É importante que a gestante não negligencie os sintomas. Quanto antes cuidar da saúde intestinal, menores são as chances de complicações e da necessidade de tratamentos mais invasivos”, reforça Aline.

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