O Dia Mundial da Menopausa, lembrado neste sábado (18/10), foi estabelecido com o intuito de chamar a atenção da sociedade em torno das múltiplas questões que envolvem essa fase da vida da mulher. No Brasil, dados do último Censo do IBGE apontam que a população vem envelhecendo, e o número de pessoas com mais de 65 anos cresceu 57% nos últimos 12 anos.

Neste cenário, aproximadamente 29 milhões de brasileiras podem estar passando atualmente pela fase da menopausa. Entre os sintomas de maior conhecimento comum estão as drásticas mudanças hormonais que ocasionam:

Mas como este momento se reflete na pele?

Por ocorrer em um período onde a mulher já está mais madura, muitas vezes o cuidado com a pele nesta fase é feito priorizando somente o anti-envelhecimento, mas as alterações fisiológicas que marcam a menopausa podem causar:

  • Afinamento
  • Secura
  • Falta de elasticidade
  • Sensibilidade 
  • Aumento no número de manchas

Sintomas que aprofundam ainda mais os efeitos do envelhecimento.

A dermatologista Marcela Mattos explica que a queda do estrogênio, principal hormônio sexual feminino, é a causa desses sintomas. “Com a diminuição do estrogênio, o organismo da mulher sofre com a redução na produção de colágeno e elastina. Essa queda torna a pele mais fina, seca e com menor capacidade de retenção de água, o que agrava o surgimento de linhas finas e rugas. Além disso, a barreira de proteção da pele fica vulnerável, favorecendo o ressecamento e a irritação. No cabelo, essa redução hormonal afeta a densidade capilar, fazendo com que os fios fiquem mais finos e quebradiços, aumentando também a queda.”

Tratamentos indicados

Combinando tratamentos mais gerais para a menopausa, como a terapia de reposição hormonal (TRH), suplementação de vitaminas e minerais e a adoção de uma dieta e rotinas mais saudáveis, Marcela Mattos chama a atenção para a importância primordial da hidratação e proteção da pele.

“Os cuidados com o sol, que já são recomendados ao longo de toda a vida, devem ser ainda mais redobrados neste momento de transição e fragilização da derme. A radiação solar pode ser um grande vilão, por isso, o uso diário de protetor solar com FPS 30 ou mais é recomendado, sempre com reposição ao longo do dia. A ingestão de água é fundamental para manter a pele hidratada, além do uso de cremes corporais que penetrem nas camadas mais profundas da derme.”

Já em relação aos cabelos, a dermatologista destaca a necessidade de um cronograma capilar que promova principalmente a hidratação e a nutrição, e a redução do uso de produtos químicos. Também é essencial evitar banhos muito quentes, que ressecam ainda mais a pele e o cabelo e podem prejudicar a evolução do tratamento. Marcela ainda indica priorizar produtos naturais, sem esquecer a supervisão médica.

“Como essa é uma fase onde a paciente já pode estar fazendo o uso de hormônio e outros remédios para tratamento de outras questões ligadas ao envelhecimento, a mudança de hábitos e os produtos naturais são ótimos aliados nesse momento, mas o mais importante é ter um acompanhamento dermatológico personalizado, que vai trazer segurança e resultados efetivos”, recomenda.

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