BALANÇO DE DESPEDIDA?

No iminente desembarque do governo, Celso Sabino prevê algo inimaginável

Em Belém, ministro do Turismo ressaltou a importância da COP30, investimentos na capital paraense, crescimento do setor e recordes de visitantes

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Na última segunda-feira (22/9) em Belém – capital quente, barulhenta e com trânsito caótico – era o reflexo de uma cidade latente, com obras por todos os cantos, que corria contra o tempo para garatir o calendário e conclusão antes do início do maior evento climático marcado para acontecer, pela primeira vez, em novembro, na Amazônia – o maior bioma brasileiro; destino rico, diverso e ameaçado.

Era final de tarde e o Sol tingia de dourado as águas turfas da Baía do Guajará. Na apresentação do Vila Galé Amazônia, hotel que será inaugurado em Belém na véspera da COP30, o ministro do Turismo, Celso Sabino, aproveitou a ocasião para fazer uma espécie de balanço de sua gestão, marcada por recordes no setor e forte apoio à expansão da infraestrutura turística do país. Em tom emocionado, ele destacou a relevância do evento climático na Amazônia e reafirmou que o turismo brasileiro vive o melhor momento de sua história.

Segundo Sabino, sediar a COP30 em Belém significa dar protagonismo às populações da floresta e ampliar a força política das discussões ambientais.

“Será a primeira vez que líderes mundiais e chefes de Estado vão falar sobre mudanças climáticas dentro da maior floresta tropical do planeta. Vão conhecer a Dona Nena ( Filhas do Combu), olharão nos olhos da dona Maria, que planta cacau, da cacique de Altamira, do pescador que depende do rio. Isso tem um impacto imensurável”, afirmou.

Ele frisou que a conferência não poderia ocorrer apenas em centros urbanos distantes da realidade amazônica:

“É diferente discutir preservação em Paris ou Nova York. Aqui, o mundo verá que 30 milhões de pessoas vivem na Amazônia e precisam de desenvolvimento sustentável para proteger o bioma.”


Investimentos em Belém e o papel do turismo

O ministro enfatizou os esforços do governo federal para preparar a cidade, com R$ 5 bilhões investidos em saneamento, mobilidade, urbanismo e lazer. O objetivo, disse, é que Belém esteja pronta para acolher visitantes com conforto e qualidade.

“Estamos transformando a paisagem urbana, criando áreas de convivência e melhorando os acessos. A COP30 será não apenas um marco ambiental, mas também turístico e social.”

Nesse contexto, Sabino apontou o Vila Galé Amazônia como um símbolo da nova fase da capital:

“Este hotel, que já abre as portas para o Círio e para a COP, mostra a força da parceria entre setor público e privado. Com apoio do Fungetur, garantimos mais de R$ 360 milhões para vários empreendimentos que ampliam a capacidade hoteleira, locadoras, agências de viagem e serviços de apoio.”


Recordes no setor turístico

Ao apresentar números recentes, o ministro celebrou a recuperação e expansão do turismo no Brasil:

  • Mais de 7 milhões de visitantes estrangeiros em 2025 até setembro, com previsão de ultrapassar os 10 milhões até o fim do ano — um marco inédito.

  • Crescimento de 20% na oferta de assentos aéreos e anúncio da LATAM de 74 novas aeronaves Embraer para ampliar a malha doméstica.

  • 520 mil novos empregos gerados em dois anos e meio, levando o setor a empregar quase 8 milhões de brasileiros.

“Nunca antes o brasileiro viajou tanto dentro do país. E o estrangeiro também nunca veio tanto ao Brasil. Isso significa renda circulando, padarias cheias, supermercados abastecidos e hotéis lotados. É emprego na veia”, destacou.


Despedida e agradecimentos

Ao final, Celso Sabino agradeceu ao trade turístico, à imprensa e aos investidores, citando nominalmente o grupo Vila Galé.

“Belém hoje é uma cidade sem mão de obra parada, todos ocupados em construir, reformar, atender. Esse hotel é prova do quanto acreditamos na Amazônia. Que siga projetando o Pará e o Brasil no cenário mundial.”

Em sua despedida, o ministro reforçou o compromisso que marcou sua gestão: unir preservação ambiental e crescimento econômico por meio do turismo sustentável.

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Desembarque do Governo Lula

Em um movimento que acelera o afastamento do União Brasil da base aliada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro do Turismo, Celso Sabino, anunciou na semana passada a demissão formal ao Palácio do Planalto.

A saída, anunciada em reunião reservada com Lula, marca o fim de dois anos à frente da pasta e reflete as crescentes tensões políticas entre o partido e o governo federal, motivadas por divergências eleitorais e acusações de interferência estatal.

Sabino, eleito deputado federal pelo Pará em 2022, assumiu o Ministério do Turismo em agosto de 2023, substituindo Daniela Carneiro. Durante sua gestão, ele se destacou como um dos principais articuladores da preparação para a COP30, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que será realizada em novembro em Belém (PA).

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