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Raquel Dodge deixa a PGR: democracia e factoide

Ex-procuradora-geral da Rep�blica deixou no ar a impress�o de que a democracia est� em perigo


postado em 18/09/2019 04:00 / atualizado em 18/09/2019 07:55

O factoide criado na campanha eleitoral, de que Bolsonaro é um perigo para a democracia, ficou mais forte agora(foto: Antônio Cruz/ Agência Brasil)
O factoide criado na campanha eleitoral, de que Bolsonaro � um perigo para a democracia, ficou mais forte agora (foto: Ant�nio Cruz/ Ag�ncia Brasil)

No �ltimo dia 12, a procuradora Raquel Dodge, que deixou nessa ter�a-feira 17) a chefia do Minist�rio P�blico Federal, proferiu um significativo discurso de despedida. Significativo porque foi em plena Suprema Corte do pa�s, diante dos ministros do Supremo. Mais significativo ainda porque deixou no ar a impress�o de que a democracia est� em perigo. Depois do usual cumprimento “a todos e todas”, ela disse: “Fa�o um alerta para que fiquem atentos a todos os sinais de press�o sobre a democracia liberal, uma vez que no Brasil e no mundo surgem vozes contr�rias...”. Fica-se esperando a identifica��o dessas vozes contr�rias, porque est� no papel da Procuradoria identificar quem se insurgir contra as leis e as institui��es que s�o os instrumentos da democracia. Mencionar democracia liberal leva a pensar na ideologia do Ministro da Economia, Paulo Guedes.

Talvez a procuradora, na despedida, quisesse comemorar o Dia Internacional da Democracia, festejado pela ONU no �ltimo domingo. Talvez quisesse dar uma cutucada no Supremo, de onde partiu censura a “Cruso�” e ao site “O Antagonista”. Talvez tenha querido se referir � tuitada do vereador Carlos Bolsonaro, que se queixou da demora a que s�o submetidas reformas na vig�ncia do sistema democr�tico. Talvez tenha sugerido que devemos ficar sempre atentos a tentativas de impor por aqui regimes semelhantes ao de Cuba e da Venezuela. Talvez esteja se queixando das imperfei��es da democracia, que permite que o poder Legislativo possa tentar barrar investiga��es do Minist�rio P�blico. Talvez, talvez, talvez...

'O factoide vai se desgastando pelos fatos e naufraga com seus tripulantes'



O factoide criado na campanha eleitoral, de que Bolsonaro � um perigo para a democracia, ficou mais forte agora, depois que o sistema democr�tico o escolheu, por vontade de ampla maioria, chefe do Governo. Os que criaram o factoide ficaram convencidos de sua cria��o. Tanto que quando o Vice Mour�o diz o �bvio, de que o �nico caminho � a democracia, vira manchete, como se fosse not�cia. Quando o futuro procurador-geral, Augusto Aras, diz tamb�m o �bvio, de que o presidente n�o vai mandar nem desmandar na Procuradoria, destaca-se a frase como um desafio, fingindo que alguma vez o presidente tenha tentado mandar ou desmandar na procuradora Dodge. Ali�s, o contr�rio � que aconteceu. A Associa��o de Procuradores tentou impor ao presidente uma lista de tr�s nomes, inventada pelo corporativismo e n�o apoiada em lei.
 
Ilusionistas, acreditam em suas pr�prias ilus�es. Mas o factoide de campanha � desmentido pelos fatos. Bolsonaro n�o manda nem tenta mandar no Legislativo, no Judici�rio e na Procuradoria. Mas manda no Poder Executivo e n�o divide minist�rios e estatais em troca de apoio de partidos. E cada pessoa que comp�e a diversidade brasileira � tratada com a igualdade prevista na Constitui��o e nos princ�pios humanit�rios. O factoide vai se desgastando pelos fatos e naufraga com seus tripulantes. E a oposi��o ferrenha mais serve para testar a capacidade f�rrea desta democracia que preocupa a senhora Dodge.





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