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Estado de Minas COLUNA

O Pa�s pede bom senso para enfrentar a pandemia do novo coronav�rus

O drama que pesa sobre a cabe�a de prefeitos, governadores e presidente tamb�m exige que, solid�rios, cumpramos uma agenda com racionalidade e cabe�a fria


postado em 15/04/2020 04:00 / atualizado em 15/04/2020 07:03

 Prefeitos de Minas Gerais: A cobrança maior pela saúde física e econômica recai sobre os chefes do Executivo municipal de todo o país(foto: AMM/Divulgação)
Prefeitos de Minas Gerais: A cobran�a maior pela sa�de f�sica e econ�mica recai sobre os chefes do Executivo municipal de todo o pa�s (foto: AMM/Divulga��o)

Enquanto se discute no Supremo se a responsabilidade pelo isolamento � do presidente ou � de governadores e prefeitos, quem est� mesmo na ponta do Brasil real s�o os prefeitos. � exce��o de prefeitos de grandes cidades, mais de 95% deles � que sofrem literalmente na pele e tamb�m na consci�ncia, a responsabilidade sobre a sa�de f�sica e econ�mica de seus mun�cipes. E ainda cada dia mais perto da elei��o municipal. Aqui em Bras�lia, o presidente sofre press�es de todos os lados, mas quem � mais alvo de cobran�a � o prefeito. Assim como o presidente tem que se sujeitar a decis�es do Legislativo e Judici�rio, os prefeitos tamb�m sofrem essas restri��es.
 
Vou citar um exemplo de um dos maiores centros de produ��o agr�cola do pa�s, Sinop, em Mato Grosso. Cito Sinop, porque l� estive quando o munic�pio tinha apenas 5 anos de idade. Hoje, aos 45 anos da funda��o, tem quase 150 mil habitantes. Nesta crise sanit�ria, teve pouco mais de 10 casos confirmados e apenas um hospitalizado. E al�m da pandemia, mant�m um alerta de dengue.
 
H� poucos dias, com base em decreto do governador, a prefeita foi para a TV anunciar, tendo como metas a sa�de e a preserva��o da economia, a reabertura do com�rcio. “Foi preciso coragem para tomar decis�es”- disse ela. Reabertura sem aglomera��es, com distanciamento de 2 metros, m�scaras, higieniza��o de m�os e lugares, com a recomenda��o de ficar em casa quem n�o tiver absoluta necessidade de sair. Hot�is, feiras livres, lanchonetes e restaurantes reabertos mas n�o escolas. A Justi�a restringiu a abertura, que n�o atinge missas e cultos, academias e gin�sios. Na decis�o, o juiz argumentou “uma agenda de bom senso”.
 
Imagino quantas noites maldormidas de prefeitos exigidos por todos os lados, neste momento crucial de press�o de um v�rus que n�o se conhece bem mas se sabe que est� entre n�s, e de uma crise econ�mica que se agrava a cada dia de parada no com�rcio, servi�os e sobretudo nos avulsos e informais. Tamb�m quantas noites maldormidas de pais e m�es de fam�lia a pensar na alimenta��o dos filhos no dia seguinte, muitos dependendo da merenda na escola fechada.
 
N�s, brasileiros, nos qualificamos como solid�rios. E � o que o momento exige. Solidariedade nos cuidados para n�o sermos v�timas ou condutores do cont�gio. E solidariedade para n�o sermos instrumentos do caos econ�mico que pode virar caos social. O drama que pesa sobre a cabe�a de prefeitos, governadores e presidente tamb�m exige que, solid�rios, cumpramos uma agenda de bom senso, com racionalidade e cabe�a fria.

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