No Senado americano, Trump livrou-se do impedimento porque n�o foi atingida a maioria legal de 67 votos. Faltaram 10 votos. Ele n�o havia sido reeleito presidente porque lhe faltaram votos. A medida da democracia s�o os votos.
Lira e Pacheco foram eleitos na C�mara e no Senado com mais do que o dobro do concorrente mais pr�ximo. A autonomia do Banco Central, desejada h� 30 anos, foi alcan�ada por 339 votos contra 114. Ou seja, entre nossos representantes, quem quer a autonomia � tr�s vezes mais que quem n�o quer.
Bolsonaro foi eleito presidente com quase 58 milh�es de votos – 10 milh�es, 757 mil votos mais que seu advers�rio. Democracia � voto. Cuja soma decide quem ser� a maioria que decide. Por isso o voto � sagrado. E cada voto singular � sagrado, porque um voto sempre � o decisivo; os demais s�o sobra.
Lira e Pacheco foram eleitos na C�mara e no Senado com mais do que o dobro do concorrente mais pr�ximo. A autonomia do Banco Central, desejada h� 30 anos, foi alcan�ada por 339 votos contra 114. Ou seja, entre nossos representantes, quem quer a autonomia � tr�s vezes mais que quem n�o quer.
Bolsonaro foi eleito presidente com quase 58 milh�es de votos – 10 milh�es, 757 mil votos mais que seu advers�rio. Democracia � voto. Cuja soma decide quem ser� a maioria que decide. Por isso o voto � sagrado. E cada voto singular � sagrado, porque um voto sempre � o decisivo; os demais s�o sobra.
Os que n�o t�m esp�rito democr�tico n�o aceitam resultados de vota��es quando perdem; s� aceitam quando ganham. Em cabe�as totalit�rias, o voto s� serve para confirmar sua vontade, exatamente como funciona em regimes totalit�rios, onde se usa o voto para legalizar o que n�o � leg�timo, tal como se lava dinheiro. Quando n�o se pode fazer isso, tenta-se substituir o resultado de elei��es por outros meios. Os sem votos suficientes, sem disposi��o para conviver em democracia, n�o sabem exercer o papel de minoria e agem para solapar o resultado da vontade da maioria.
Temos visto isso aqui todos os dias. Uma microminoria furiosa porque o povo ousou eleger outros que n�o aqueles que tentaram lhe impor. Deixou de existir a cr�tica construtiva, a oposi��o corretiva, fiscalizadora, necess�ria para corrigir rumos do governo preferido pela maioria. Em lugar disso, usam de todos os meios para destruir, ainda que atingindo o pa�s. Uma esp�cie de vingan�a contra a maioria, de onde veio o poder. Diariamente se investe em destrui��o, como agiria um inimigo externo invadindo o pa�s.
Isso acende um alerta para a pr�xima elei��o. Se confundem oposi��o com sabotagem ao tratamento m�dico numa pandemia, se pensam que � oposi��o aproveitar-se de um v�rus para enfraquecer a economia e a renda das pessoas, isso suscita receio sobre o que poderiam fazer com o voto digitado em urnas eletr�nicas que t�m pouca chance de auditoria. A melhor preven��o � adotar logo o comprovante impresso, tr�s vezes aprovado em lei no Congresso e tantas vezes negado pela Suprema Corte. Seria uma vacina contra fraude.