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Estado de Minas colunista

Conscientiza��o e combate ao c�ncer de cabe�a e pesco�o

Pandemia de COVID-19 reduziu acesso ao diagn�stico precoce e dever� intensificar taxas de mortalidade


04/07/2021 04:00 - atualizado 02/07/2021 12:07

(foto: Pixabay)
(foto: Pixabay)


Estamos no Julho Verde, m�s dedicado � conscientiza��o e combate ao c�ncer de cabe�a e pesco�o, tipologia que inclui tumores localizados na laringe (supraglote, glote e subglote), cavidade bucal (l�ngua, assoalho da boca, palato duro, mucosa bucal e cristas alveolares), orofaringe (paredes far�ngeas posterior e lateral, base da l�ngua, tonsilas e palato mole) e tamb�m em locais menos comuns, como a nasofaringe, cavidade nasal, seios paranasais, hipofaringe e gl�ndulas salivares. Os tumores no c�rebro e nos olhos n�o s�o classificados nessa modalidade de c�ncer.

Mas o que justifica um m�s inteiro dedicado ao tema? Por n�o ser um tipo de tumor t�o incidente quanto o de mama (66.280 novos casos em 2020) e o de pr�stata (65.840 novos casos em 2020) – que oportunamente recebem muita aten��o da m�dia –, � importante a cria��o de campanhas informativas sobre a preven��o e o diagn�stico.

Em homens, o c�ncer de cavidade oral, por exemplo, � o quinto mais incidente (11.200), seguido dos tumores no es�fago (8.690); laringe ocupa o s�timo lugar (6.470), segundo as �ltimas estat�sticas do Instituto Nacional do C�ncer (Inca).
 
Al�m disso, precisamos atuar para reduzir o diagn�stico tardio. O levantamento SEER do NIH apontou que entre 70% e 80% dos tumores na regi�o de cabe�a e pesco�o s�o descobertos em fase avan�ada da doen�a. Como resultado, s�o necess�rias estrat�gias mais complexas para o tratamento e reabilita��o do paciente, bem como ocorre maior risco de mutila��o, pior qualidade de vida e maior taxa de mortalidade.

A observa��o cuidadosa e a rapidez no diagn�stico e no tratamento podem mudar o curso da doen�a e aumentar a chance de cura. Dentistas, cl�nicos gerais e agentes de sa�de preventiva ter�o papel fundamental: antes de aparecer em exames de imagem, como a tomografia, a massa tumoral pode ser apalpada e vista a olho nu.

Al�m disso, cada pessoa deve ficar atenta aos sinais e procurar imediatamente ajuda especializada diante de altera��es em seu corpo: manchas ou feridas nos l�bios, l�ngua e restante da boca que n�o somem em duas semanas; machucados causados por pr�teses dent�rias mal ajustadas; rouquid�o que n�o desaparece; dificuldade de engolir e n�dulos no pesco�o s�o sinais que n�o devem ser ignorados pelo paciente e por nenhum profissional de sa�de.

O brasileiro tem o costume de se automedicar com pastilhas e antial�rgicos, o que pode piorar a situa��o, camuflando os sintomas. Na fase avan�ada da doen�a, os sintomas podem abranger dor, sangramento, perda de dentes e perda de peso.

O quadro de dificuldade de diagn�stico foi intensificado pela pandemia de COVID-19, que reduziu o acesso aos cuidados preventivos de sa�de, diagn�stico e tratamento.

Conforme aponta o colega Carlos Takahiro Chone, do Departamento de Otorrinolaringologia e Cabe�a e Pesco�o da Universidade de Campinas, em artigo publicado no Brazilian Journal of Otorhinolaryngology, “muitos profissionais de enfermagem e outros profissionais que trabalham em hospitais e ambulat�rios de especialidades m�dicas e laborat�rios de anatomia patol�gica foram transferidos para outros servi�os hospitalares devido � remo��o de profissionais contaminados por Sars-CoV-2”.

A preven��o desses c�nceres, contudo, passa necessariamente pelo combate aos h�bitos do tabagismo e do alcoolismo. Combinados, os dois v�cios formam uma dupla bastante perigosa, pois chegam a aumentar o risco de desenvolvimento desses tumores em mais de cem vezes.

A rela��o entre esses h�bitos e o desenvolvimento de tumores de cabe�a e pesco�o s�o uma das poss�veis justificativas para a maior incid�ncia da doen�a entre homens, que s�o os maiores consumidores de bebidas alco�licas e tamb�m do cigarro. Por outro lado, as mulheres est�o fumando e bebendo cada vez mais, e a expectativa � de que sejam cada vez mais afetadas.

Vale lembrar que a contamina��o pelo v�rus do papiloma humano (HPV) � outro fator de risco para o desenvolvimento de alguns tumores de cabe�a e pesco�o, repercutindo, nesse caso, no surgimento de tumores em pessoas que n�o fumam e n�o bebem ou bebem pouco, com idades entre 30 e 45 anos.

Sobretudo os orofar�ngeos, que envolvem as am�gdalas e a base da l�ngua, s�o causados por sexo oral desprotegido. Como fica claro, a preven��o do c�ncer pressup�e o autocuidado completo.

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