
Sua pesquisa come�ou com um estudo multic�ntrico sistem�tico de c�ncer infantil que sugeriu um excesso de certas anomalias cong�nitas (por exemplo, aniridia com tumor de Wilms) e v�rios c�nceres prim�rios no mesmo indiv�duo (por exemplo, tumores adrenocorticais e cerebrais).
Ao mesmo tempo, o m�dico Fraumeni come�ou a investigar uma s�rie de fam�lias com tend�ncia ao c�ncer que ele identificou enquanto fazia visitas ao NIH Clinical Center. Essas fam�lias se tornaram a base para o registro de c�ncer familiar DCEG (Division of Cancer Epidemiology and Genetics), que continua at� hoje. Como esperado, a maioria das agrega��es familiares estava confinada a um �nico tipo de c�ncer, mas algumas fam�lias apresentaram uma diversidade incomum de tumores que era dif�cil de explicar.
Logo depois disso, uma not�vel ocorr�ncia familiar chamou a aten��o do m�dico Frederick P. Li, um colega de pesquisa do NCI. De maneira quase explosiva, v�rios membros de uma fam�lia desenvolveram uma variedade de tumores, notadamente rabdomiossarcoma infantil e c�ncer de mama, mas tamb�m outras formas de c�ncer em crian�as e adultos jovens na linha de descend�ncia.
A impressionante diversidade de tumores estava em desacordo com a no��o prevalecente de que a suscetibilidade familiar ao c�ncer � geralmente espec�fica do local ou do tecido.
O espectro de c�nceres de in�cio precoce foi esclarecido em 1982, quando Li e Fraumeni publicaram no jornal JAMA um estudo prospectivo de 12 anos de membros das quatro fam�lias originais. Houve 16 novos casos de c�ncer, superando em muito as expectativas com base nas taxas da popula��o em geral.
A variedade de novos c�nceres se assemelhava muito ao padr�o familiar relatado inicialmente. No final da d�cada de 1980, Li e Fraumeni reuniram 24 fam�lias com manifesta��es semelhantes e bem documentadas de uma s�ndrome de c�ncer m�ltiplo.
C�ncer de mama e sarcomas osteog�nicos foram especialmente prevalentes, mas os riscos de leucemia aguda, tumores cerebrais e neoplasias adrenocorticais tamb�m foram elevados. � medida que aumentou o interesse por esse dist�rbio familiar, ficou conhecido como s�ndrome de Li-Fraumeni (LFS).
O sucesso foi limitado, entretanto, at� que a colabora��o com o Dr. Stephen Friend e o Dr. David Malkin em Harvard, junto com a Dra. Louise Strong no MD Anderson Cancer Center, descobriu muta��es da linha germinativa do gene supressor de tumor TP53 em cinco fam�lias consecutivas.
A descoberta de muta��es heredit�rias do TP53 proporcionou uma oportunidade para testes gen�ticos preditivos e interven��o cl�nica voltada para a detec��o precoce e gerenciamento de tumores em LFS.
Um cons�rcio internacional foi formado para desenvolver estrat�gias eficazes de preven��o do c�ncer e redu��o de risco para fam�lias LFS, fornecer uma plataforma para o desenvolvimento de um grupo de apoio para fam�lias LFS e reunir recursos para futuras pesquisas na biologia e gen�tica da s�ndrome.
Esfor�os tamb�m est�o sendo feitos para compreender e gerenciar os aspectos psicossociais desta doen�a entre os pacientes com LFS, bem como seus parentes e cuidadores.
