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Estado de Minas ONCOLOGIA

O que � a bi�psia l�quida, t�cnica cada vez mais utilizada na oncologia?

A grande vantagem da bi�psia l�quida, al�m de ser um teste n�o invasivo, � a de oferecer uma an�lise gen�tica em tempo real de um determinado tumor


26/09/2021 04:00 - atualizado 23/09/2021 14:17


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A bi�psia l�quida � uma tecnologia n�o invasiva para a detec��o de biomarcadores moleculares atrav�s de uma coleta simples de sangue, sem a necessidade portanto de procedimentos invasivos, como bi�psias e cirurgias, e que permite aos m�dicos descobrirem uma s�rie de informa��es sobre uma doen�a, no caso espec�fico, sobre um determinado tumor.

A presen�a de c�lulas tumorais circulantes ou tra�os do RNA ou do DNA do c�ncer no sangue podem fornecer informa��es valiosas sobre quais tratamentos s�o mais prov�veis e efetivos para o paciente, al�m da pr�pria identifica��o de sua presen�a, bem como suas caracter�sticas gen�ticas, biol�gicas e progn�sticas e evolutivas.

Novos m�todos dedicados permitem enriquecer e purificar a partir dessa amostra de sangue o DNA livre de c�lulas circulantes (cfDNA), que � constantemente liberado para o sangue devido ao processo de morte dessas c�lulas (chamada de apoptose).

O recente interesse em �cidos nucleicos no plasma e soro abriu in�meras novas �reas de investiga��o e novas possibilidades para o diagn�stico molecular do c�ncer, uma vez que, coletado esse DNA (ou o RNA) tumoral, podemos ent�o sequenci�-lo atrav�s de tecnologias moleculares avan�adas, como o PCR (rea��o em cadeia da polimerase) e, mais recentemente, o NGS (sequenciamento de pr�xima gera��o).
 
Com essas tecnologias, conseguimos ent�o detectar as altera��es nas sequ�ncias nucleot�dicas que comp�em o DNA tumoral, como muta��es e varia��es dos genes presentes no genoma tumoral. Essa detec��o pode orientar os tratamentos, uma vez que hoje contamos com as chamadas terapias alvo-direcionadas ou alvo-moleculares, que s�o desenvolvidas de forma personalizada de acordo com as altera��es gen�ticas encontradas nos tumores.

A grande vantagem da bi�psia l�quida, al�m de ser um teste n�o invasivo (portanto, pode ser realizado v�rias vezes, o que � fundamental na monitoriza��o do tratamento), � oferecer uma an�lise gen�tica em tempo real de um determinado tumor, ou seja, seu “retrato”  gen�mico no momento do exame.  Tumores habitualmente apresentam heterogeneidade, ou seja, apresentam assinaturas gen�micas distintas dentro do mesmo tumor e tamb�m nas met�stases, sincronicamente e durante a evolu��o da doen�a metast�tica.

Outra potencial aplica��o da bi�psia l�quida � detectar o c�ncer com precocidade, ainda antes de o mesmo se manifestar clinicamente ou mesmo nos exames de imagem. Isso faz todo sentido, porque sabemos que as c�lulas tumorais liberam seu DNA para a circula��o sangu�nea ainda nas fases iniciais do desenvolvimento tumoral.

O grande problema dessa estrat�gia � que o teste precisa ser muito preciso, acurado e confi�vel, uma vez que o diagn�stico implicar� uma s�rie de repercuss�es m�dicas, diagn�sticas e mesmo psicol�gicas para o doente.

A partir dessa detec��o, exames direcionados para aquele tumor e seu prov�vel local ou �rg�o de origem ter�o que ser realizados, muitas vezes, de forma peri�dica, para que um procedimento cir�rgico precoce possa determinar altos �ndices de cura para o tumor em quest�o.

Entretanto, com as t�cnicas de sequenciamento de que dispomos hoje,  sabemos que h� possibilidade de ocorrerem resultados falso-positivos, pois determinadas muta��es encontradas podem ser provenientes de c�lulas hematopoi�ticas (c�lulas sangu�neas resultantes da chamada hematopoiese clonal).

Felizmente, uma nova tecnologia utilizada no sequenciamento em NGS nos permite hoje aumentar a acur�cia do exame, distinguindo a origem dessas muta��es. Esta t�cnica utiliza a an�lise de metila��o do DNA e rastreia uma assinatura de DNA chamada metila��o CpG.  CpG � uma abreviatura para 5'-C-fosfato-G-3' , que �, uma sequ�ncia dos nucleot�deos citosina e guanina separada por apenas um fosfato.

A metila��o envolve a adi��o de um grupo metil ao DNA e usualmente tem a fun��o de silenciar a fun��o de um determinado gene. Para a detec��o da metila��o, o sequenciamento NGS � feito com a utiliza��o de um composto chamado bissulfito, o qual consegue distinguir citosinas n�o metiladas das metiladas, ap�s a amplifica��o do DNA gen�mico alvo.

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