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Estado de Minas ONCOLOGIA

Diagn�stico precoce do c�ncer de intestino

Os exames de rastreamento devem ser indicados de forma personalizada dependendo dos fatores de risco individuais, especialmente o hist�rico familiar


01/08/2021 04:00 - atualizado 29/07/2021 11:46


O c�ncer colorretal abrange tumores que acometem um segmento do intestino grosso (o c�lon) e o reto. Trata-se de um dos tipos mais trat�veis quando diagnosticado de forma precoce. Inclusive, as les�es precursoras de c�ncer de intestino (os chamados p�lipos col�nicos) podem ser removidas mesmo antes que se transformem em um tumor maligno.



Isso � feito por via endosc�pica, durante a realiza��o da colonoscopia , atrav�s de um aparelho que se chama colonosc�pio, que percorre todo o intestino grosso internamente atrav�s do �nus, e sem a necessidade da remo��o cir�rgica de parte do intestino, como usualmente ocorre quando o c�ncer j� se encontra instalado.

No c�ncer j� instalado, mas detectado na sua fase precoce , a porcentagem de cura � elevada (entre 70% e 90%) com o tratamento cir�rgico, complementado ou n�o pela quimioterapia, desde que a doen�a n�o tenha se disseminado para outros �rg�os.

Como sempre defendo, os exames de rastreamento devem ser indicados de forma personalizada dependendo dos fatores de risco individuais, especialmente o hist�rico familiar. Destaca-se que cerca de 85% dos pacientes t�m causas ambientais e os 15% restantes possuem componentes gen�ticos heredit�rios.

H� dois grupos distintos para os quais o rastreamento � diferenciado. Primeiramente, o grupo de baixo risco � composto de pessoas que n�o s�o portadores de doen�a inflamat�ria intestinal e n�o possuem hist�ria familiar de c�ncer de c�lon. Pessoas nessas condi��es devem iniciar rastreamento a partir dos 50 anos.

Os exames devem incluir pesquisa de sangue oculto nas fezes (anual); a colonoscopia (o ideal) ou retossigmoidoscopia a cada tr�s anos (se o primeiro exame for normal). Essa indica��o, contudo, tem sido questionada � luz de estudos mais recentes, que n�o identificaram redu��o da mortalidade por c�ncer de intestino com o rastreamento com colonoscopias em pessoas do grupo de baixo risco.

H� tamb�m o grupo de risco aumentado formado por pessoas com antecedente pessoal ou familiar de c�ncer do intestino, ov�rio, endom�trio, mama, tireoide ou portadoras de s�ndrome de Lynch (doen�a gen�tica heredit�ria que predisp�e a c�nceres, especialmente de intestino e endom�trio), que devem iniciar o rastreamento a partir dos 40 anos (ou cinco anos antes da idade de diagn�stico do familiar com doen�a mais jovem) atrav�s de colonoscopia.

J� as pessoas com antecedente de doen�a inflamat�ria intestinal (retocolite ulcerativa ou doen�a de Crohn) devem iniciar o rastreamento ao completar entre 7 e 10 anos de tratamento da doen�a.

Por sua vez, os portadores da doen�a gen�tica polipose adenomatosa familiar (PAF) apresentam p�lipos m�ltiplos intestinais e c�ncer de colorretal em idade muito jovem, por vezes ainda na puberdade/adolesc�ncia. Um especialista vai determinar a melhor idade para se iniciar o rastreamento e tamb�m a cirurgia de remo��o preventiva do intestino grosso.

Sempre me perguntam: e o toque retal? Para ambos os grupos, de baixo risco ou risco aumentado, o exame toque retal realizado pelo m�dico deve fazer parte do exame cl�nico geral, pois avalia a borda anal, todo o reto e a pr�stata (em homens), devendo ser utilizado tanto em homens quanto em mulheres.

Voltando �s pessoas de risco heredit�rio, a s�ndrome de c�ncer colorretal heredit�rio se subdivide em polipose, que compreende a polipose adenomatosa familiar (PAF), a polipose familiar juvenil e a sindrome? de Peutz-Jegher; e n�o poliposa, representado pelo cancer? colorretal hereditario? nao? polipoide (HNPCC) ou s�ndrome de Lynch.

Essas doen�as hoje s�o detectadas com efic�cia atrav�s da an�lise gen�tica do DNA de c�lulas da saliva ou sangue. Uma vez identificada a muta��o ou muta��es predisponentes, um aconselhamento especializado � oferecido, e as condutas preventivas variam entre colonoscopias anuais, uso de medicamentos preventivos como a aspirina e at� a remo��o preventiva do intestino grosso.

A preven��o, claro, � universal. Vale para todas as pessoas. Se o leitor alguma vez ouviu a express�o “voc� � o que voc� come”, saiba que ela � muito verdadeira, sendo a alimenta��o relacionada n�o s� ao c�ncer de intestino, mas a muitos outros. Dessa forma, a preven��o deste c�ncer inclui, al�m do controle de peso e atividade f�sica regular, a alimenta��o saud�vel, com consumo de fibras (25g a 30g de fibras), frutas e vegetais frescos, redu��o de gorduras na dieta (principalmente as de origem animal e a gordura trans), de carne vermelha, de alimentos processados, embutidos, enlatados e de �lcool.

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