
O tumor cerebral ou neoplasia intracraniana � considerado grave por ser de dif�cil acesso e afetar fun��es motoras do corpo. Ocorre quando se formam c�lulas anormais no c�rebro e pode ser de dois tipos: tumores benignos, que s�o facilmente tratados, e malignos (ou cancerosos), que subdividem-se em dois tipos: prim�rios e secund�rios.
Enquanto os tumores malignos prim�rios come�am a se formar no pr�prio c�rebro, os tumores malignos secund�rios nascem em �rg�os fora do c�rebro, mas se espalham em forma de met�stases, atingindo o c�rebro.
A dor de cabe�a � geralmente mais intensa durante a manh� e desaparece ap�s os v�mitos. Alguns tipos de tumor podem provocar dificuldade em caminhar e falar.
Os tumores do c�rebro secund�rios, ou met�stases, s�o mais comuns que os tumores do c�rebro prim�rios. Cerca de metade das met�stases � proveniente de um c�ncer de pulm�o ou de mama. J� os tumores cerebrais prim�rios afetam cerca de 250 mil pessoas por ano em todo o mundo, o que corresponde a menos de 2% do total dos casos de c�ncer.
Em jovens com idade inferior a 15 anos, os tumores do c�rebro s�o a segunda principal causa de c�ncer.
Em jovens com idade inferior a 15 anos, os tumores do c�rebro s�o a segunda principal causa de c�ncer.
A causa da maior parte dos tumores cerebrais � desconhecida. Entre os fatores de risco que podem ocasionalmente estar envolvidos est�o uma s�rie de condi��es heredit�rias conhecidas, como a neurofibromatose e a s�ndrome de Li Fraumeni, al�m das causas adquiridas como a exposi��o ao cloreto de vinil, ao v�rus de Epstein-Barr e � radia��o ionizante.
Os tipos mais comuns de tumores prim�rios em adultos s�o os meningiomas (geralmente benignos) e os astrocitomas, tais como os gliomas e os gliobastomas (malignos). Em crian�as, o tipo mais comum s�o os meduloblastomas malignos. Linfomas tamb�m podem acometer primariamente o c�rebro.
Nos casos de suspeita de tumores resultantes de s�ndromes heredit�rias de predisposi��o a c�ncer, um oncogeneticista sempre deve ser consultado, e uma vez identificada a altera��o gen�tica, demais membros da fam�lia devem se submeter � pesquisa da altera��o gen�tica espec�fica.
O diagn�stico � geralmente realizado atrav�s de exame cl�nico auxiliado por imagens de tomografia computadorizada ou resson�ncia magn�tica, sendo confirmado por bi�psia. Com base nas observa��es patol�gicas, os tumores s�o divididos em diferentes graus de gravidade.
O tratamento pode incluir uma combina��o de cirurgia, radioterapia e quimioterapia. Nos casos em que ocorrem convuls�es podem ser administrados anticonvulsivantes. Para diminuir o incha�o � volta do tumor podem ser administrados corticosteroides.
Assim como para outros tipos de tumor, a criteriosa an�lise molecular, dispon�vel com o avan�o da oncogen�tica e oncogen�mica, pode ser um diferencial para o tratamento dos pacientes. Certa vez, um paciente meu, portador de glioblastoma multiforme, foi operado, mas, como o tumor ocupava uma �rea nobre do c�rebro, a cirurgia foi apenas parcial. Por isso, uma grande quantidade de tecido tumoral remanescente ainda causava muitos sintomas e d�ficits neurol�gicos.
Diante do quadro, solicitei exames gen�ticos espec�ficos. Os resultados confirmaram altera��es moleculares que indicaram, al�m de um melhor progn�stico da doen�a, uma melhor resposta ao tratamento combinado de um quimioter�pico, a temozolomida, e a radioterapia. E assim se sucedeu: o tumor regrediu totalmente com a terap�utica e assim permanece, h� dois anos do in�cio do mesmo.
O progn�stico varia consideravelmente de acordo com o tipo de tumor e de quanto se encontra disseminado no momento do diagn�stico. No caso dos glioblastomas, � geralmente pouco favor�vel, enquanto os meningiomas t�m geralmente progn�stico positivo.
Mais recentemente, o tratamento alvo-molecular vem ganhando aplica��o no tratamento de gliomas e glioblastomas. A boa not�cia � que tamb�m est�o sendo investigados tratamentos � base de imunoterapia, os quais estimulam o pr�prio sistema imunol�gico do paciente a combater a doen�a.
Mais recentemente, o tratamento alvo-molecular vem ganhando aplica��o no tratamento de gliomas e glioblastomas. A boa not�cia � que tamb�m est�o sendo investigados tratamentos � base de imunoterapia, os quais estimulam o pr�prio sistema imunol�gico do paciente a combater a doen�a.