
Finalmente, meus amigos, finalmente! Foi iniciada a imuniza��o nacional contra a COVID-19, doen�a que alterou o modo de vida mundial e tirou centenas de milhares de vidas. O momento � de comemora��o: a vacina��o � a �nica forma eficaz de frear o que podemos chamar de pior momento hist�rico dos �ltimos 100 anos.
Diante das naturais d�vidas que muitos pacientes oncol�gicos t�m relatado sobre como ser� a vacina��o para esse grupo, compartilho as informa��es abaixo para ajudar a esclarecer.
Conforme o Plano Nacional de Operacionaliza��o da Vacina��o Contra a COVID-19, divulgado em dezembro, pessoas imunossuprimidas, como aquelas com c�ncer, devem receber a vacina na 3ª fase da campanha, que incluir� ainda outros pacientes com morbidades, a exemplo do diabetes mellitus, hipertens�o arterial grave, doen�a pulmonar obstrutiva cr�nica, doen�a renal, doen�as cardiovasculares e cerebrovasculares, indiv�duos transplantados de �rg�o s�lido, anemia falciforme e obesidade grave (IMC40?).
A 2ª fase, por sua vez, prioriza pessoas de 60 a 74 anos; enquanto a 1ª, em operacionaliza��o atual, inclui os trabalhadores de sa�de; as pessoas de 75 anos ou mais; as pessoas de 60 anos ou mais institucionalizadas (ou seja, que vivem em institui��es de acolhimento, como asilos); popula��o ind�gena aldeada em terras demarcadas, povos e comunidades tradicionais ribeirinhas, pessoas maiores de 18 anos com defici�ncia em resid�ncias inclusivas.
Apesar de o tipo de tumor e tratamento alterar o risco de mortalidade de COVID-19, at� ent�o n�o h� nenhuma informa��o ou declara��o oficial de que isso ser� usado para diferenciar os pacientes oncol�gicos entre si.
Sabe-se que pessoas que estejam em tratamento com quimioterapia, radioterapia, corticoterapia (corticoides), imunossupressores em geral, pacientes hematol�gicos ou que foram submetidas a transplante de medula �ssea t�m o sistema imunol�gico mais debilitado e, por isso, podem contrair o coronav�rus e desenvolver a COVID-19 com mais facilidade, apresentando tamb�m maior mortalidade.
Sabe-se que pessoas que estejam em tratamento com quimioterapia, radioterapia, corticoterapia (corticoides), imunossupressores em geral, pacientes hematol�gicos ou que foram submetidas a transplante de medula �ssea t�m o sistema imunol�gico mais debilitado e, por isso, podem contrair o coronav�rus e desenvolver a COVID-19 com mais facilidade, apresentando tamb�m maior mortalidade.
Os pacientes hematol�gicos (leucemias e linfomas), por exemplo, t�m as c�lulas de defesa comprometidas pelo tratamento. As terapias com corticoides deprimem a resist�ncia, alteram o sistema imunol�gico e, por isso, h� risco de cont�gio e de infec��o mais grave.
J� a quimioterapia diminui a fun��o e muitas vezes a quantidade de c�lulas de defesas como linf�citos, plasm�citos e macr�fagos. Essas c�lulas de defesa atuam como uma parede protetora que impede o v�rus de entrar no orga- nismo. Ent�o, se a pessoa est� em tratamento com essas drogas, essa fun��o apropriada das c�lulas imunol�gicas fica comprometida.
Al�m disso, o pr�prio c�ncer pode influenciar no quadro do coronav�rus. O c�ncer hematol�gico, por exemplo, pode alterar e reduzir a quantidade ou modificar a fun��o das c�lulas de defesa, como macr�fagos e linf�citos T e B.
Os pacientes oncol�gicos devem se vacinar, desde que n�o seja com vacinas feitas com v�rus vivos atenuados ou com vetor de replica��o competente. Como a imunidade dessas pessoas pode estar muito comprometida, esse tipo de imunizante pode causar infec��o.
Assim, a vacina CoronaVac � a mais indicada, justamente por ser feita com v�rus inativado, conforme se pronunciou a Sociedade Brasileira de Oncologia (SBO) em seu guia de vacina��o da COVID-19 em pacientes oncol�gicos.
Assim, a vacina CoronaVac � a mais indicada, justamente por ser feita com v�rus inativado, conforme se pronunciou a Sociedade Brasileira de Oncologia (SBO) em seu guia de vacina��o da COVID-19 em pacientes oncol�gicos.
A an�lise de risco dos pacientes oncol�gicos e a indica��o de qual vacina poder�o tomar dever� ser feita pelo m�dico respons�vel pelo tratamento, sendo observados o tipo de tumor, o atendimento ao grau de imunossupress�o, conforme os perfis de tratamento acima e, ainda, outros crit�rios cl�nicos associados, como idade avan�ada, hipertens�o severa, diabetes, obesidade, antecedente de doen�as como infarto ou trombose.
� importante observar tamb�m que pessoas com hist�rico de rea��o al�rgica imediata (hipersensibilidade, urtic�ria, angioedema, dificuldade respirat�ria, que ocorram quatro horas ap�s a exposi��o) a qualquer componente das vacinas n�o devem ser vacinadas. Al�m disso, as pessoas que desenvolvem rea��es al�rgicas graves, como anafilaxia, ap�s uma primeira dose das vacinas, n�o devem receber uma segunda dose.
Com informa��es o suficiente, agora nossos pacientes podem esperar a vez de se vacinar tranquilos. Finalizo parabenizando nossos pesquisadores, cientistas, profissionais e volunt�rios que participaram do desenvolvimento e aprova��o das vacinas. Um viva � nossa ci�ncia!