Entre as doen�as que podem ser originadas pelo H. pylori, est�o a gastrite cr�nica, �lcera p�ptica, duodenal, at� c�ncer e linfoma g�strico
Wikimedia Commons/Ed Uthman
No Brasil, a bact�ria Helicobacter pylori � respons�vel por mais de 60% dos casos de c�ncer de est�mago. Apesar da bact�ria ser encontrada em habitantes dos cinco continentes, a infec��o causada por ela prevalece mais nos pa�ses em desenvolvimento. No Brasil, a preval�ncia m�dia � estimada em 71,2%. Entre as doen�as que podem ser originadas pelo H. pylori, est�o a gastrite cr�nica, �lcera p�ptica, duodenal, at� c�ncer e linfoma g�strico.
A infec��o provocada pela bact�ria � respons�vel por cerca de 50% de todos os c�nceres g�stricos no mundo. Isso corresponde a quase 350 mil casos da doen�a anualmente. Esse tipo de c�ncer � a segunda causa de morte no mundo, com incid�ncia de 800 mil casos por ano. A infec��o pelo H. pylori est� associada a um risco duas vezes maior para o desenvolvimento do problema. Acredita-se que mais de um ter�o dos carcinomas g�stricos seja atribu�do � infec��o pela doen�a.
A preval�ncia da infec��o pelo H. pylori varia com a idade, caracter�sticas de sa�de e com o n�vel socioecon�mico das pessoas. Segundo o �ltimo Consenso Brasileiro sobre infec��o por H. pylori, a preval�ncia em crian�as de 2 a 5 anos � de 50% e nas menores de 10 anos a porcentagem aumenta de 70 para 90%.
Em pa�ses em desenvolvimento e em subcontinentes, como a Am�rica Central e a Am�rica do Sul, a porcentagem de pessoas infectadas gira em torno de 70% e 90%. Na �sia, o �ndice varia entre 50% e 80%. Na Europa Oriental, 70%, e na Europa Ocidental a porcentagem fica entre 30 e 50%. J� em pa�ses desenvolvidos, esse percentual cai drasticamente.
No Canad� e nos Estados Unidos, esse valor corresponde a 30% e na Austr�lia cerca de 20% da popula��o � infectada pelo H. pylori. Os principais fatores de risco para adquirir a infec��o s�o status sanit�rio e n�vel socioecon�mico baixos.
70% da popula��o brasileira pode estar infectada pela bact�ria
O H. pylori � uma bact�ria que vive na superf�cie da mucosa g�strica e desenvolveu mecanismos de defesa que a permitem sobreviver no ambiente �cido e in�spito do est�mago: “A gastrite induzida por ela � uma das infec��es cr�nicas mais comuns na esp�cie humana. Estima-se que, aproximadamente, 70% da popula��o brasileira esteja infectada por esta bact�ria, mas por raz�es ainda desconhecidas, enquanto algumas pessoas s�o assintom�ticas, outras desenvolvem gastrites, �lceras e at� mesmo c�ncer g�strico”, diz Cristiane Nagasako, m�dica gastroenterologista.
A m�dica lembra que, desde 1994, a Ag�ncia Internacional de Pesquisa em C�ncer, da Organiza��o Mundial de Sa�de (OMS), reconhece o H. pylori como um agente carcinog�nico do tipo 1, ou seja, uma bact�ria relacionada ao c�ncer em humanos. A presen�a da bact�ria no est�mago pode levar � atrofia g�strica, que aumentaria o risco de desenvolver, posteriormente, adenocarcinoma g�strico, respons�vel por causar cerca de 95% dos casos de tumor do est�mago.
Tratamento
O tratamento do H.pylori � feito principalmente com antibi�ticos. E o sucesso na erradica��o depende da ader�ncia e da sensibilidade da bact�ria ao medicamento escolhido. A presen�a de resist�ncia a determinados antibi�ticos reduz drasticamente a chance de eliminar a bact�ria.
“Atualmente, os testes moleculares permitem identificar as cepas resistentes a determinados antibi�ticos e esse conhecimento auxilia o m�dico a escolher o tratamento mais efetivo para a erradica��o da bact�ria, evitando tratamentos ineficazes e efeitos colaterais desnecess�rios. A resist�ncia antibi�tica, principalmente aos compostos Claritromicina e Levofloxacina, vem aumentando mundialmente e se mostra como o principal fator determinante para a dificuldade de erradica��o do H. pylori”, afirma a gastroenterologista.
Exames moleculares garantem mais assertividade
Diante desse cen�rio, os testes de PCR em tempo real, projetados para a identifica��o espec�fica do H. pylori e detec��o de resist�ncia � Claritromicina em fragmentos do tecido g�strico de pacientes com sintomas gastrointestinais, podem auxiliar na adequada detec��o e no tratamento da bact�ria. “Em raz�o da alta sensibilidade e especificidade do teste, � poss�vel identificar a presen�a da bact�ria e da resist�ncia � Claritromicina”, destaca Cristiane.
A Mobius, empresa de solu��es para diagn�stico molecular, gen�tico e automa��o, acaba de lan�ar o Kit Master H.pylori para identifica��o do H.pylori. Al�m dele, o GenoType HelicoDR tamb�m faz parte das solu��es disponibilizadas para todo o Brasil. A tecnologia � baseada em uma t�cnica que extrai o DNA a partir de amostras de bi�psia ou cultura prim�ria e que fornece vantagens em rela��o ao tempo de processamento reduzido - j� que leva o tempo de cerca de 1h30. Al�m de fornecer facilidade na an�lise do resultado, alta sensibilidade e 100% de especificidade para os alvos pesquisados, os reagentes de PCR podem ser armazenados em temperatura ambiente at� seu primeiro uso e t�m um fluxo de bancada simplificado, otimizando o diagn�stico.
*Para comentar, fa�a seu login ou assine