Kevin O'Connor, m�dico de Biden, afirmou que a les�o de pele removida do peito do l�der dos EUA no m�s passado n�o exigiu nenhum tratamento adicional
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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, passou por um procedimento para a remo��o de um carcinoma basocelular na pele do t�rax. Segundo o jornal Dermatology Times, a les�o foi encontrada em um exame de rotina e removida no dia 16 de fevereiro.
Kevin O'Connor, m�dico de Biden, afirma que outros carcinomas j� foram removidos do presidente antes do in�cio do seu mandato e que os exames regulares de pele devem continuar como parte dos cuidados de rotina com a sa�de. E afirmou ainda que a les�o de pele removida do peito do l�der dos EUA no m�s passado era um carcinoma basocelular — uma forma comum de c�ncer de pele —, e que nenhum tratamento adicional foi necess�rio.
O presidente Biden j� afirmou ter passado longos per�odos expostos ao sol, sem prote��o, ao longo de sua juventude. Segundo o dermatologista Felipe Bochnia Cerci, com especializa��o em cirurgia dermatol�gica na Santa Casa de Curitiba, e em outras institui��es nos EUA (Boston, Houston, San Diego, Nova Iorque), essa � a principal causa desse tipo de les�o. "Tanto os carcinomas basocelulares quanto os carcinomas espinocelulares t�m a exposi��o aos raios ultravioletas como principal causa. � indispens�vel o uso de protetor solar, �culos escuros e chap�us como forma de prote��o".
O c�ncer de pele � o tipo mais comum da doen�a em todo o mundo e, no Brasil, representa 30% dos diagn�sticos de tumores malignos, atingindo principalmente pessoas com mais de 40 anos de idade e de pele clara, segundo o Instituto Nacional do C�ncer (Inca).
As principais formas de c�ncer de pele
As principais formas de c�ncer de pele s�o o carcinoma basocelular, carcinoma espinocelular e melanoma, sendo este o mais grave. O Inca estima que sejam diagnosticados, ao ano, 220.490 casos de c�ncer de pele n�o melanoma no pa�s e 8.980 casos do tipo melanoma, totalizando 249.470 pessoas afetadas. Apenas no Paran� est�o previstos 610 casos de melanoma e 9.080 de n�o melanoma.
O carcinoma basocelular
O m�dico dermatologista, Felipe Bochnia Cerci, destaca que a cirurgia microgr�fica de Mohs � indicada para o tratamento de carcinomas basocelulares e espinocelulares
Arquivo Pessoal
Cerci explica que � importante que seja feito o tratamento adequado, conforme indicado pelo dermatologista. "Apesar de muito raramente se espalhar, um carcinoma basocelular pode, com o passar dos anos, crescer e destruir o tecido local afetando a pele, m�sculo e at� os tecidos mais profundos como a cartilagem nos casos mais avan�ados."
A doen�a � mais comum em �reas expostas ao sol, como rosto e costas, por exemplo. "O crescimento do c�ncer pode trazer preju�zos est�ticos e funcionais, principalmente se o tumor estiver localizado em �reas consideradas nobres, como as orelhas, nariz, p�lpebra e boca”, ressalta. "O tratamento varia conforme caracter�sticas do tumor e do paciente, que incluem a localiza��o do carcinoma e o subtipo histol�gico (maneira como “se organiza microscopicamente”). Entre os poss�veis tratamentos podemos citar rem�dios aplicados na forma de pomadas, curetagem (raspagem), cauteriza��o e, principalmente, cirurgia - convencional ou microgr�fica de Mohs."
Cirurgia microgr�fica de Mohs
Esta t�cnica � indicada para o tratamento de carcinomas basocelulares e espinocelulares, principalmente quando acometem o rosto. Felipe Cerci, dermatologista com enfoque em cirurgia de Mohs, ressalta que a t�cnica tem como vantagens: maiores taxas de cura e menores cicatrizes.
Carcinoma basocelular
ilustrativa / Shutterstock
“Na cirurgia de Mohs, temos a oportunidade de avaliar durante o procedimento 100% das margens da pele removida e checar no microsc�pio se elas est�o realmente livres do tumor, o que faz com que a t�cnica tenha altas taxas de cura. Essa an�lise tamb�m nos permite remover apenas a quantidade necess�ria de pele, o que proporciona ao paciente um resultado est�tico, com cicatrizes geralmente pouco aparentes”, explica o dermatologista.
Por outro lado, na cirurgia convencional, essa an�lise das margens cir�rgicas ocorre dias depois e em fragmentos das margens apenas, o que torna necess�rio remover mais pele (aparentemente normal) ao redor do tumor (“margem de seguran�a”), muitas vezes sem necessidade.
Preven��o
A melhor forma de evitar a ocorr�ncia de carcinomas � a prote��o adequada do sol. Confira quatro dicas do dermatologista:
Utilize protetor solar de alta prote��o em todas as regi�es expostas
N�o esque�a dos acess�rios: �culos de sol � essencial para a prote��o das p�lpebras; e o chap�u ajuda a proteger a parte superior da face e as orelhas
Evite se expor ao sol entre 10h e 16h
Mantenha sempre a consulta de rotina com o seu m�dico dermatologista
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