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Estado de Minas COLUNA

Riscos do tabagismo e do consumo de cigarro pirateado

Tabagismo � a principal causa do c�ncer de pulm�o; a chamada bi�psia l�quida - com an�lise de DNA e RNA tumoral - � a grande aliada no diagn�stico e tratamento


15/08/2021 04:00 - atualizado 12/08/2021 09:49



Estamos no m�s de conscientiza��o sobre c�ncer de pulm�o, a considerar o dia 1º – Dia Mundial do Combate ao C�ncer de Pulm�o, e o dia 29 – Dia Nacional de Combate ao Fumo. Conforme dados da Estimativa do c�ncer no Brasil, de 2018, do Instituto Nacional do C�ncer – INCA, o Brasil tem preju�zo anual de R$ 56,9 bilh�es com o tabagismo.

Desse total, R$ 39,4 bilh�es s�o gastos com despesas m�dicas e R$ 17,5 bilh�es com custos indiretos ligados � perda de produtividade, causada por incapacita��o de trabalhadores ou morte prematura.

No caso do consumo de cigarros falsificados, os danos ao organismo s�o ainda mais severos, devido � maior quantidade de impurezas presentes e � inexist�ncia de qualquer tipo de controle de qualidade: fungos, chumbo, mangan�s, n�quel e at� mesmo peda�os de insetos s�o encontrados nos cigarros falsificados.

� um produto com muito mais possibilidade de causar danos, como a ocorr�ncia de variados tipos de c�ncer. Al�m do pulm�o, outros �rg�os do corpo como boca, laringe, faringe, p�ncreas, bexiga, es�fago e rins podem ser seriamente comprometidos.
 
 
 
 
� exce��o do c�ncer de pele n�o melanoma, o c�ncer de pulm�o � o segundo mais incidente em homens e o quarto mais incidente em mulheres. Trata-se do c�ncer que mais mata no pa�s e no mundo. � tamb�m um dos tumores mais agressivos, com altas taxas de mortalidade.

Em geral, esse tipo de c�ncer � detectado em est�gios mais avan�ados, devido � falta de sintomas que se destaquem nas fases iniciais. Isso dificulta o sucesso dos tratamentos.

Por outro lado, os avan�os cient�ficos permitiram, nos �ltimos, a utiliza��o crescente do diagn�stico com base molecular, evidenciando as diferentes fam�lias de genes e o evento mutag�nico envolvido. Isso possibilita a caracteriza��o molecular de cada tipo histol�gico e suas altera��es gen�micas espec�ficas.

Na pr�tica, isso significa o uso de exames gen�ticos para diagnosticar e classificar molecularmente os tumores, o que � de fundamental import�ncia para ajudar a entender seu comportamento biol�gico e, principalmente, definir terapias alvo-moleculares, que usualmente s�o mais eficientes e menos agressivas ao paciente do que a quimioterapia, oferecendo, assim, maiores chances de um controle mais prolongado da doen�a com manuten��o da qualidade de vida.

A chamada bi�psia l�quida se destaca por ser feita apenas com exame de sangue, sem necessidade de procedimentos invasivos, como no caso da bi�psia tradicional, que exige cirurgia para retirada de tecido. C�lulas tumorais circulantes ou tra�os do RNA ou do DNA do c�ncer no sangue podem fornecer informa��es valiosas sobre quais tratamentos s�o mais prov�veis e efetivos para o paciente.

Os resultados do tratamento do c�ncer de pulm�o s�o proeminentes e as descobertas v�m avan�ando a cada ano. Essas ferramentas s�o essenciais para a pr�tica da denominada oncologia de precis�o ou personalizada, tanto na sele��o terap�utica de alvos para a terapia (muta��es dos genes EGFR, ALK, ROS1, MET e BRAF para indica��o de terapias direcionadas a estes alvos em c�ncer de pulm�o de c�lulas n�o pequenas avan�ado), quanto no monitoramento de recidivas e progress�o tumoral, como na detec��o da muta��o de resist�ncia secund�ria aos inibidores de EGFR T790M.

Outro grande avan�o no tratamento do c�ncer de pulm�o � a imunoterapia de �ltima gera��o, que se baseia nos agentes denominados inibidores de prote�nas dos pontos de checagem imunol�gica e utilizam o pr�prio sistema imunol�gico do paciente para combater as c�lulas tumorais. Isso aumenta a ativa��o e a prolifera��o das c�lulas T (linf�citos de defesa que destroem as c�lulas tumorais), resultando assim em uma resposta antitumoral mais efetiva.

Na verdade, essa nova classe de imunoterapia desliga um complexo sistema de mascaramento imunol�gico que as c�lulas tumorais utilizam para n�o serem reconhecidas como invasoras pelo organismo, permitindo, ent�o, que o sistema imune destrua essas c�lulas. Os imunoter�picos podem ser utilizados isoladamente ou em combina��o com quimioter�picos, resultando em regress�o tumoral em uma porcentagem elevada de pacientes, por vezes, de prolongada dura��o.

Embora as estrat�gias de tratamento tenham evolu�do muito, a preven��o � sempre o melhor caminho. Nesse caso, evitar o tabagismo, incluindo o passivo, � o mecanismo mais seguro e eficaz.

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