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Estado de Minas ONCOLOGIA

Prote�na ligada ao Alzheimer favorece dissemina��o do melanoma no c�rebro

Estudos apontam que c�lulas de melanoma que viajam para o c�rebro produzem o pr�prio suprimento de beta-amiloide, vital para a sua sobreviv�ncia


24/04/2022 04:00 - atualizado 24/04/2022 07:13

Ilustração
Uma prote�na chamada beta-amiloide foi recentemente identificada como pe�a importante para o desenvolvimento da doen�a de Alzheimer. Aglomerados dela, chamados placas, s�o encontrados em todo o c�rebro de pessoas que desenvolvem os sintomas cognitivos da doen�a de Alzheimer.

E agora, os resultados de um novo estudo em camundongos por pesquisadores financiados pelo NCI (Instituto Nacional do C�ncer) norte-americano, publicado em 9 de mar�o deste ano na revista cient�fica Cancer Discovery, sugerem que a beta-amiloide tamb�m desempenha um papel na dissemina��o (metastatiza��o) do melanoma para o c�rebro.
 
Os pesquisadores descobriram que as c�lulas de melanoma que viajam para o c�rebro produzem seu pr�prio suprimento de beta-amiloide e que essa prote�na � necess�ria e vital para a sua sobreviv�ncia. 

Eles tamb�m mostraram como a beta-amiloide alcan�a esse feito: reprimindo a resposta imune normal do corpo contra as c�lulas cancer�genas que chegam ao c�rebro. Ao afastar a resposta imune, a prote�na compra tempo para as c�lulas cancer�genas se transformarem em tumores completos.
 
O tratamento dos camundongos com drogas que bloqueiam a prote�na reduziu bastante a capacidade das c�lulas de melanoma de sobreviverem no c�rebro. Esses resultados, segundo a pesquisa, levantam a intrigante possibilidade de se usarem drogas desenvolvidas para tratar a doen�a de Alzheimer para retardar ou impedir que o melanoma se espalhe para o c�rebro.

Outros grupos de pesquisa tamb�m encontraram conex�es intrigantes entre o c�ncer que se espalhou para o c�rebro e dist�rbios neurodegenerativos, como a doen�a de Parkinson. Entre todos os tipos de c�ncer, o melanoma � especialmente propenso a se espalhar para o c�rebro. 

Estudos estimam que entre 40% e 75% das pessoas cujo melanoma se espalha acabar�o com uma ou mais met�stases cerebrais. Os sintomas desses tumores – que podem incluir convuls�es, problemas de vis�o e audi��o e dificuldade em pensar e lembrar – podem ser devastadores.
 
Atualmente, n�o h� terapias para evitar que o melanoma se instale no c�rebro. Ensaios cl�nicos de imunoterapias para melanoma avan�ado mostraram algum sucesso na redu��o de met�stases cerebrais. 

Eles funcionam at� certo ponto. H� alguma redu��o no tamanho dos tumores, mas essas respostas em geral n�o s�o duradouras. A equi- pe de investigadores tem estudado os mecanismos que as c�lulas cancerosas utilizam para se espalhar e prosperar no c�rebro.  Para esse estudo, a equipe come�ou com uma t�cnica chamada an�lise prote�mica imparcial. 

Essa abordagem permite observar o conjunto completo de prote�nas produzidas pelas c�lulas, sem fazer suposi��es pr�vias sobre o que ser� encontrado. Usando essa abordagem, os pesquisadores compararam amostras de melanoma que se espalharam para outras partes do corpo, como os linfonodos dos pulm�es, com amostras de met�stases cerebrais dos mesmos pacientes.
 
A compara��o mostrou que as c�lulas retiradas do c�rebro tinham diferentes padr�es de express�o de prote�nas que est�o ligadas a doen�as neurodegenerativas, incluindo as doen�as de Alzheimer, Parkinson e Huntington. Estes inclu�am prote�nas conhecidas por estarem envolvidas na produ��o de beta-amiloide.
 
A equipe descobriu que a beta-amiloide produzida pelas c�lulas de melanoma interage diretamente com um tipo de c�lula cerebral chamada astr�cito. Essa intera��o fez v�rias coisas, incluindo a preven��o de c�lulas imunes no c�rebro, chamadas microglia, de reconhecerem e matar as c�lulas cancer�genas. Juntos, esses resultados levantaram a possibilidade de que o bloqueio da beta-amiloide pudesse impedir que o melanoma se espalhasse para o c�rebro.
 
Os pesquisadores injetaram em ratos c�lulas de melanoma humano. Uma vez que os tumores foram estabelecidos, eles deram aos camundongos um composto que bloqueia a gera��o de beta-amiloide. Como esperado, o composto ajudou a reduzir a forma��o de tumores no c�rebro. Esse efeito foi observado independentemente de o medicamento ter sido administrado antes ou depois de as c�lulas j� terem atravessado a barreira hematoencef�lica.   
 
Pesquisas adicionais precisariam ser feitas antes de tentar esses medicamentos em pessoas com melanoma. Esses estudos incluem testar se eles seriam seguros em combina��o com os medicamentos de imunoterapia, que agora s�o tratamento-padr�o para o melanoma.

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