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Estado de Minas ONCOLOGIA

Remo��o das tubas uterinas pode reduzir o risco de c�ncer de ov�rio

Em geral, os sintomas produzidos pelo c�ncer de ov�rio s�o vagos e nem sempre presentes nos est�gios mais precoces da doen�a na popula��o


27/03/2022 04:00 - atualizado 25/03/2022 15:17

corpo de mulher
(foto: Ilustra��o)

 
Embora o c�ncer  de ov�rio diagnosticado precocemente tenha uma alta taxa de sobrevida, estudos prospectivos randomizados demonstram que ultrassonografia transvaginal e estrat�gias de triagem com marcadores tumorais  n�o conseguiram reduzir sua mortalidade. 

Atualmente, n�o h� um teste de triagem recomendado para mulheres com risco m�dio. Em geral, os sintomas produzidos pelo c�ncer de ov�rio s�o vagos e nem sempre  presentes nos est�gios mais precoces da doen�a na popula��o em geral. Adicionalmente, muitos profissionais de sa�de aparentemente desconhecem os sintomas tipicamente associados ao c�ncer de ov�rio, de modo que o diagn�stico precoce � raramente obtido. 
 
Para pacientes portadoras de muta��es germinativas dos genes BRCA1 e 2, consideramos a indica��o das chamadas cirurgias redutoras de risco, que envolvem a retirada cir�rgica preventiva dos ov�rios, tubas uterinas  e mesmo das mamas, pois trata-se de genes de alta penetr�ncia, ou seja, com risco elevado de desenvolvimento desses tumores durante a vida das portadoras.

Entretanto, � importante ressaltar que essas muta��es s�o relativamente raras na popula��o feminina. A grande maioria dos c�nceres de ov�rio n�o � causada por muta��es germinativas. 
 
Por outro lado, a remo��o das tubas durante a histerectomia ou em vez da laqueadura, um procedimento conhecido como salpingectomia oportunista (OS), foi associada a menos c�nceres de ov�rio seroso e epitelial do que o esperado em uma an�lise retrospectiva, em um estudo recentemente publicado na prestigiada revista cient�fica Jama Network Open. 

Os autores do estudo, com base nos resultados encontrados, recomendam que os m�dicos discutam OS com suas pacientes e as informem sobre a seguran�a e as evid�ncias preliminares de efic�cia para esse procedimento.
 
Segundo os autores, a OS � uma estrat�gia de preven��o segura e eficaz. Obviamente, as pacientes podem optar por n�o se submeter � OS, mas as �nicas contraindica��es s�o a presen�a de uma muta��o gen�tica que aumentaria o risco de c�ncer de ov�rio como exposto acima, o que indicaria, al�m da remo��o das tubas a dos ov�rios, e a situa��o em que os cirurgi�es tenham que alterar a sua abordagem cir�rgica para acessar as tubas uterinas. Isso � mais relevante para pessoas submetidas � histerectomia vaginal, em que, �s vezes, � dif�cil o acesso a ambas as tubas uterinas. 
 
A an�lise incluiu cerca de 25 mil mulheres submetidas � OS (idade m�dia, 40,2; acompanhamento m�dio, 3,2 anos) e mais de 32 mil controles submetidas � histerectomia isolada ou laqueadura tub�ria  (idade m�dia, 38,2; seguimento m�dio, 7,3 anos).

Nenhum c�ncer de ov�rio seroso e cinco ou menos c�nceres de ov�rio epitelial ocorreram no grupo OS, enquanto que os n�meros esperados ajustados por idade s�o 5,27 e 8,68, respectivamente.

Por outro lado, os n�meros de c�ncer de mama esperados versus observados ajustados para a idade (22,1 vs. 23, respectivamente) e c�ncer colorretal (9,35 vs. 8) n�o foram significativamente diferentes.
 
Os autores conclu�ram ent�o que esses achados sugerem que a OS est� associada � redu��o do risco de c�ncer de ov�rio. Entretanto, como o n�mero de c�nceres detectados no estudo foi pequeno ao final do acompanhamento, os autores continuar�o a acompanhar as pacientes  para garantir que essas descobertas preliminares se mantenham com mais tempo de seguimento.

Os investigadores tamb�m iniciar�o em breve um projeto expandindo a OS para oferec�-la no momento de outras cirurgias abdominais, como por exemplo para tratamento do c�ncer colorretal. 
 
Concluindo, o estudo sugeriu que h� evid�ncias de que a remo��o de ambas as tubas uterinas  no momento da histerectomia para condi��es benignas oferece uma redu��o de 42% a 65% no risco dos tipos mais comuns de c�ncer de ov�rio. A maioria das sociedades ginecol�gicas agora recomenda a considera��o de OS no momento da histerectomia benigna.

Devemos ressaltar que em pequenos estudos retrospectivos h� um aumento significativo no tempo operat�rio, mas n�o de outros par�metros, como o tempo de interna��o, reinterna��es, transfus�es de sangue ou complica��es p�s-operat�rias. Embora os resultados obtidos sejam alentadores, estudos maiores e prospectivos ser�o necess�rios para a confirma��o inequ�voca do benef�cio.

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