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M�todo psicoterap�utico criado nos EUA ajuda a combater o suic�dio

Neste Setembro Amarelo, a Associa��o Brasileira de EMDR divulga a abordagem que tem se mostrado eficaz na luta contra o autoexterm�nio


23/09/2019 04:00 - atualizado 22/09/2019 19:26

(foto: CVV/DIVULGAÇÃO)
(foto: CVV/DIVULGA��O)


Abordagem criada para tratar traumas nos EUA j� � difundida no Brasil e pode ser a chave para suicidas, o assunto da campanha Setembro Amarelo. M�s em que me recordo, com saudade, de algumas amigas que se foram por vontade pr�pria. Portanto, o tema � mais do que pertinente. Segundo a Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS), a cada 40 segundos uma pessoa morre por suic�dio em algum lugar do mundo. Cerca de 800 mil pessoas se matam todos os anos. Em 2016, o suic�dio foi a segunda principal causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos em todo o planeta.

"Para cada morte, h� um n�mero ainda maior de pessoas que tentam o suic�dio, e a tentativa pr�via � o fator de risco mais importante para o suic�dio na popula��o em geral", diz Sirley Bittu, psic�loga e vice-presidente da Associa��o Brasileira de EMDR, que difunde no pa�s a abordagem criada na d�cada de 1990 nos EUA, recomendada pela OMS para tratamento de traumas. "O EMDR j� se mostrou eficaz como forma de prevenir as tentativas de suic�dio”, afirma Sirley.

O que ser� isso, que poucos conhecem? EMDR � uma forma de psicoterapia eficaz na preven��o do autoexterm�nio, pois permite ao paciente identificar, elaborar e superar traumas e eventos adversos que contribuem para a vis�o pessimista e sem esperan�a da pr�pria vida. Quando uma situa��o traum�tica acontece, a pessoa fica presa no momento do evento. Flashbacks, pesadelos e ins�nia s�o sintomas frequentes que denunciam a dificuldade de elaborar a situa��o vivenciada. O EMDR ajuda o paciente a integrar essa mem�ria � sua biografia, tornando-se parte de sua hist�ria e n�o mais de seu presente.

Com o EMDR, � poss�vel desenvolver e ampliar a capacidade de toler�ncia emocional e consequente resili�ncia, ajudando a desenvolver adultos, crian�as e jovens mais saud�veis com capacidade de se autoacalmar, lidar com as emo��es, ter uma perspectiva positiva, interagir e se vincular corretamente, tornando-se um membro produtivo da sociedade.

V�rios suic�dios ocorrem de forma impulsiva no momento de crise, como um colapso da capacidade de lidar com os estresses da vida – t�rminos de relacionamento, doen�as, dores cr�nicas, problemas financeiros e lutos. Al�m disso, o enfrentamento de conflitos, desastres, viol�ncia f�sica ou emocional, abusos e o senso de isolamento est�o fortemente associados ao comportamento suicida. As taxas de suic�dio tamb�m s�o elevadas em grupos vulner�veis que sofrem discrimina��o e pessoas privadas de liberdade.

A resili�ncia emocional, ou capacidade de lidar com eventos e situa��es adversas, � decorrente dos recursos internos que o indiv�duo possui. Esses recursos s�o constru�dos por experi�ncias positivas, relacionamentos, respaldo e apoio emocional. A seguran�a interna e a autoestima nascem desse processo. A ansiedade demasiada, o descontrole emocional, o entendimento de que n�o h� mais sa�da surgem quando a pessoa se sente amea�ada, sem conseguir vislumbrar resolu��o poss�vel para a dificuldade que est� enfrentando.

"Somos o resultado de nossa hist�ria e da nossa capacidade de lidar com ela. Entendemos o suic�dio como sinal de um sofrimento interno insuport�vel que leva o indiv�duo a tentar diminuir a pr�pria dor, paradoxalmente acabando com a pr�pria vida", explica Sirley.

O tratamento com EMDR – que s� pode ser aplicado por psic�logos e m�dicos com forma��o espec�fica nessa modalidade de psicoterapia – age rapidamente, em apenas algumas sess�es. Utiliza-se um protocolo de oito fases, que deve ser seguido � risca para que o paciente tenha acesso a todos os pilares da mem�ria necess�rios para reprocessar os traumas (imagens, cren�as negativas, emo��es e sensa��es corporais). Ao se aplicar o est�mulo visual, auditivo e/ou t�til no tratamento de EMDR, que promove a dessensibiliza��o e reprocessamento das experi�ncias negativas, instiga-se a rede onde ficou presa a lembran�a, permitindo a busca de informa��es em outras redes neurol�gicas, onde a v�tima pode encontrar o que precisa para compreender o que ocorreu naquele momento traum�tico.

"Cada s�rie de movimentos continua soltando a informa��o perturbadora e acelera essa informa��o atrav�s de um caminho adaptativo at� que pensamentos, sentimentos, imagens e emo��es tenham se dissipado e sejam espontaneamente substitu�dos por uma atitude positiva", explica Sirley. "Quando a pessoa passa pelo processo terap�utico, adquire consci�ncia emocional e consegue direcionar sua vida para resgates significativos da vida”, conclui a especialista. Mais informa��es sobre o m�todo podem ser obtidas em www.emdr.org.br.

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