
“Mas quando a queimadura de 2º grau � muito profunda � preciso maior aten��o, pois o caso � grave e se assemelha � queimadura de 3º grau, que, al�m de acometer toda a derme, atinge tamb�m os tecidos subcut�neos, destruindo nervos, pelos, gl�ndulas sudor�paras e at� mesmo m�sculos. O resultado s�o les�es acinzentadas, indolores, secas e deformadas. Esses s�o os tipos mais graves de queimaduras e, dependendo de sua gravidade e extens�o, podem causar at� mesmo morte”, acrescenta a m�dica.
Dessa forma, independentemente do grau da queimadura, o primeiro cuidado que voc� deve tomar � interromper o contato da pele com a causa do problema. Em seguida, caso trate-se de uma queimadura leve, ou seja, superficial de 1º ou 2º grau, a melhor conduta � resfriar as les�es com o aux�lio de �gua corrente ou panos umedecidos. “Com isso, al�m de diminuir a dor, voc� cortar� o calor residual que pode continuar a causar danos mesmo ap�s a interrup��o do contato com o agente causador. Evite nesse momento qualquer tipo de receita caseira para amenizar a les�o, como aplica��o de creme dental ou manteiga, pois essas subst�ncias n�o ajudam no tratamento e ainda podem dificultar a cicatriza��o e causar infec��es”, alerta a dermatologista.
“Geralmente, o tratamento das queimaduras inicia-se com a limpeza do ferimento e a aplica��o de um creme antibi�tico para evitar infec��es. Em casos mais leves, o m�dico poder� aplicar tamb�m medicamentos t�picos calmantes e recomendar o uso de hidratantes t�picos para dar fim � desidrata��o que a queimadura causa no tecido”, destaca a especialista. J� em casos mais graves, cirurgias de enxertia de pele s�o necess�rias na maior parte das vezes. “Esse procedimento consiste na cobertura da �rea lesionada com pele saud�vel retirada de outra parte do corpo, geralmente da coxa”, afirma o cirurgi�o pl�stico Paolo Rubez, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Pl�stica e mestre em cirurgia pl�stica pela Unifesp. Ap�s a cirurgia, o uso de malhas compressivas � recomendado para que a pele possa se regenerar com menos cicatrizes.
Por�m, mesmo ap�s o devido tratamento e cicatriza��o das queimaduras, o acompanhamento com o paciente deve continuar, pois as cicatrizes podem causar grande desconforto est�tico, al�m de comprometer o movimento das articula��es quando surgem em regi�o de dobra. “As cicatrizes variam de acordo com o grau da queimadura. Dessa forma, os tratamentos para as cicatrizes tamb�m podem variar. Cicatrizes mais superficiais e que n�o causam grande comprometimento funcional, por exemplo, podem ser tratadas atrav�s de t�cnicas como microagulhamento, peeling e microdermoabras�o, que estimulam a pele a se regenerar novamente”, diz a m�dica.
J� em casos de queimaduras mais agressivas, como de 2º e 3º graus, a cirurgia pl�stica reparadora � a melhor alternativa. “Nesses casos, tamb�m utilizamos de enxerto de pele para melhorar a apar�ncia das cicatrizes. Por�m, � importante que o paciente tenha em mente que essa melhora � apenas parcial, principalmente nos casos de queimadura de 3º grau”, ressalta o cirurgi�o. Dessa forma, o mais importante � que o paciente com queimaduras continue a consultar o m�dico mesmo ap�s o tratamento e cicatriza��o das queimaduras, j� que apenas ele poder� avaliar o estado da pele e indicar os tratamentos, medicamentos e cuidados que podem melhorar sua apar�ncia, podendo at� mesmo recomendar acompanhamento est�tico para ajudar na supera��o do desconforto est�tico que as altera��es causam.