
Em muitos casos, os melhores hor�rios para fugir dos congestionamentos s�o os mais arriscados. O risco de morte � quatro vezes maior em acidentes noturnos. Durante a madrugada, a gravidade dos desastres costuma ser ainda maior. Nesse per�odo, o tr�nsito melhora, ve�culos aumentam a velocidade e os motoristas ficam mais sujeitos a cansa�o e sonol�ncia. Isso ocorre porque a temperatura do corpo cai de madrugada e os condutores ficam mais prop�cios � perda de coordena��o motora e reflexo.
Al�m disso, o motorista n�o deve se arriscar e sair � noite depois de um dia inteiro de trabalho para enfrentar horas de viagem. Se a �nica op��o for viajar ap�s o expediente, a dica � tirar uma soneca de aproximadamente 15 minutos antes de pegar a estrada. Outro cuidado � evitar comer em excesso antes de dirigir, pois alimentos pesados e em demasia podem aumentar a sonol�ncia.
O motorista usa tr�s fun��es importantes para dirigir – cognitiva, motora e sens�rio-perceptiva. A primeira est� ligada � aten��o, concentra��o e agilidade mental. A segunda permite realizar movimentos de cabe�a, bra�os, pernas, etc. A terceira est� relacionada � sensibilidade t�til, vis�o e audi��o. O sono deve estar em dia para que as fun��es atuem de maneira adequada e o condutor esteja preparado para enfrentar adequadamente as rodovias.
Quem sofre de sonol�ncia excessiva diurna e sente vontade incontrol�vel de dormir durante atividades rotineiras ou em momentos inoportunos deve ficar mais atento ainda. Adormecer numa reuni�o de trabalho ou no cinema pode ser desagrad�vel, mas a situa��o se agrava quando o sono surge ao volante. Na verdade, a sonol�ncia excessiva diurna deve ser levada muito a s�rio e suas causas precisam ser investigadas para evitar consequ�ncias significativas. A preval�ncia da sonol�ncia diurna, que afeta aproximadamente 30% da popula��o adulta, traz problemas para a sa�de, prejudica o desempenho profissional e acad�mico e compromete as fun��es psicossociais.
A causa mais comum da sonol�ncia excessiva diurna � a priva��o cr�nica do sono. Estimativas indicam que dormimos 25% menos do que nossos antepassados, h� um s�culo. No nosso caso, isso � intencional, muitas vezes impulsionado por fatores sociais ou econ�micos. As op��es de compra no per�odo noturno, a internet e a televis�o incentivam, cada vez mais, a priva��o do sono.
