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Estado de Minas

Risco de mais div�rcios na quarentena

Para especialista, rela��es que j� estiverem fr�geis ficam mais amea�adas no per�odo de confinamento com o coronav�rus. Mas � tamb�m chance de refazer os la�os em casa


postado em 06/04/2020 04:00


Ningu�m presta muita aten��o, mas essa obriga��o de conviv�ncia di�ria para fugir do coronav�rus est� criando outra s�ria complica��o. E nos tempos em que vivemos, a conjuntura est� a obrigar muitos casais a conviverem, a partilhar espa�o de uma forma como j� n�o faziam h� muito tempo.

A sociedade moderna levou-nos a ter dois casamentos: um com o parceiro e outro com o trabalho. Por norma, este �ltimo tem de quase todos mais empenho e aten��o. Segundo o fil�sofo e psicanalista Fabiano de Abreu, a quarentena pode ser um momento ideal de pausa e avalia��o para rela��es que j� vinham vacilantes.

“O nosso cotidiano atribulado torna-nos muitas vezes seres pregui�osos com rela��o a n�s mesmos e com quem partilhamos a vida. H� uma pregui�a instalada nas rela��es. As pessoas n�o param para avaliar, para refletir no porqu� de estar com aquela pessoa, se ela ainda nos supre ou se simplesmente cedemos ao comodismo”, interpreta o psicanalista.

Contudo, Fabiano de Abreu alerta que n�o podemos nos entregar � conjuntura, n�o podemos confundir sentimento com estado emocional. O fato de estarmos fechados, de aumentar o nosso n�vel de ansiedade, de se avistarem dificuldades de n�vel econ�mico pode acionar em n�s emo��es n�o desejadas. Essas devem ser filtradas, ponderadas com calma.

“Esse tipo de avalia��o deve ser muito cautelosa. Temos que medir, compreender se realmente quem est� ao nosso lado j� n�o tem o mesmo impacto na nossa vida. Se realmente o sentimento findou, mas n�o t�nhamos nos dado conta. As pessoas muitas vezes ficam juntas por conforto e seguran�a, mas, em tempos de crise, podem ocorrer rupturas definitivas. Por vezes, o medo da solid�o pode sobressair”, esclarece.

Por outro lado, segundo a linha do fil�sofo, h� casais para os quais ocorre o oposto. Mesmo tendo sentido uma desconex�o por toda uma rotina, agora, neste momento de paragem, a rela��o se fortalece. Segundo Fabiano, “existem casais que, na adversidade, se fortalecem, que n�o cedem aos impulsos e usam o momento para pensar em dupla. Seguem a velha m�xima de que duas cabe�as pensam melhor que uma. Usam a quarentena para delinear estrat�gias, buscando um ponto de equil�brio. Juntos ir�o se recuperar e fazer frente ao que estiver por vir”.

''Segundo o fil�sofo e psicanalista Fabiano de Abreu, a quarentena pode ser um momento ideal de pausa e avalia��o para rela��es que j� vinham vacilantes''



Segundo o fil�sofo, o casamento pode se transformar em algo mais concreto, sair do abstrato.“H� quem viva um relacionamento abstrato, pois est� com a mente totalmente ocupada em seus afazeres. O concreto � o que define uma linha racional dentro de uma realidade vivida.” Estes momentos servem para ter a percep��o real. Ou, de fato, o relacionamento est� acabado ou segue mais forte. Os momentos de paragem obrigam-nos a olhar para situa��es que protel�vamos h� mais tempo do que o desej�vel.

Finalizando o tema, o fil�sofo alerta para outro fator. Segundo o estudioso, o mundo caminha para a solid�o. As fam�lias s�o cada vez menores, com menos filhos. H� uma individualiza��o instalada. Estamos n�s, enquanto humanos, preparados para seguir sozinhos?

“Momentos cr�ticos fazem-nos refletir sobre as nossas escolhas. Preferimos passar por esta crise apenas por nossa conta ou, realmente, a base familiar � uma ajuda?”, indaga. 


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