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Estado de Minas

Psiquiatra ensina como conversar com crian�as sobre suic�dio

M�dica enfatiza a necessidade de entender os pequenos e adolescentes em suas emo��es e alerta para quest�es gen�ticas e mentais


07/10/2020 04:00

Como convivo com muitos profissionais da �rea, estou sabendo o que tem acontecido entre os jovens, assunto triste que n�o � divulgado, mas que existe. O n�mero de suic�dios entre jovens e crian�as tem aumentado muito. O que significa dupla carga de dor para os pais, que n�o conseguem raciocinar como o fato aconteceu. E como � assunto importante para ser conhecido e discutido, volto a falar dele por causa de e-mail que recebi de uma m�dica psiquiatra que ensina como deve ser feita a abordagem do assunto com crian�as de 4 a 8 anos.

A Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) estima que, a cada ano, 1 milh�o de pessoas se suicidam no mundo, isso corresponde a uma morte a cada 40 segundos. Os n�meros s�o assustadores e revelam a import�ncia do debate sobre o assunto. Renata Nayara Figueiredo, m�dica psiquiatra e presidente da Associa��o Psiqui�trica de Bras�lia, a APBr, explica que a principal causa da idea��o e das tentativas de suic�dio � a presen�a de um transtorno mental que pode n�o ter sido diagnosticado ou n�o ter recebido tratamento adequado. Mas as causas podem ser ainda mais profundas, como a gen�tica.

De acordo com a especialista, estudos com irm�os g�meos e seus familiares sugerem que o suic�dio e tentativas de suic�dio podem ser geneticamente herdados, independentemente dos dist�rbios psiqui�tricos presentes nessa fam�lia. "As taxas de concord�ncia de suic�dio em g�meos homozig�ticos s�o superiores �s encontradas em g�meos fraternos, ou seja, a chance de um g�meo id�ntico tentar suic�dio depois que seu irm�o o fez � bem mais elevada do que entre g�meos dizig�ticos", explica. Ela acrescenta que poucos estudos foram realizados na tentativa de melhor caracterizar os fatores gen�ticos envolvidos. E como este � um fen�meno multideterminado, n�o � poss�vel apontar apenas uma causa.

Segundo a m�dica, n�o se deve generalizar. "H� fam�lias com v�rios casos de transtorno depressivo ou de outros transtornos psiqui�tricos graves, por�m, com a din�mica familiar excelente", pondera. Renata continua: "H� fam�lias que ensinam os filhos a reconhecer os pensamentos disfuncionais e compreender o que se passa de errado e, consequentemente, mudar tais comportamentos, pensamentos e emo��es".

A psiquiatra destaca, ainda, que � preciso aten��o quando h� casos de suic�dio. "� importante trabalhar a preven��o, ou seja, evitar novos suic�dios nos familiares, o chamado sobrevivente do suic�dio", ressalta. Entre esses cuidados, ela ressalta as crian�as e adolescentes, que, segundo a especialista, em geral, apresentam dificuldades ainda maiores que os adultos na compreens�o dos pr�prios pensamentos e sentimentos. "Nesse sentido, � importante conversar essas quest�es de forma a ajud�-los a identificar as suas emo��es e os sintomas que eles possam apresentar", pontua.

Mas como conversar com crian�as menores? Renata explica como deve ser a abordagem com os pequenos de 4 a 8 anos:

» Fale com a crian�a sobre os seus sentimentos. Ajude-a a identificar as suas emo��es e a compreender o que est� sentindo e pensando.

» Encoraje a crian�a a expressar os seus sentimentos, seja por palavras ou por outros meios, como a escrita, desenhos e outros m�todos que permitam a express�o das emo��es de maneira saud�vel.

» Ajude a crian�a a compreender que sentir emo��es desconfort�veis, como tristeza ou raiva, � algo que pode acontecer de vez em quando. Ajude-a a identificar quando essas emo��es ficam muito intensas e a procurar ajuda nesses casos.

» Busque assegurar que a crian�a n�o tenha acesso a materiais que possa usar para se machucar.

» Tente se conectar com a crian�a em diferentes atividades para demonstrar que voc� est� dispon�vel para dar suporte quando necess�rio.

» Por fim, ensine a crian�a a identificar adultos em quem possa confiar.

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