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Estado de Minas SA�DE

Fique atento � automedica��o, perigo que se tornou uma verdadeira mania

Recomendada por amiga para dar um 'up' na vida, a vitamina importada, na verdade, era horm�nio


01/06/2021 04:00


Antes que os leitores se confundam, a jornalista Anna Marina, titular desta coluna, saiu de f�rias, e a partir de hoje passarei a substitu�-la.

Todo mundo sabe que automedica��o � um perigo, mas, mesmo sabendo, as pessoas tomam rem�dio por conta pr�pria. Eu mesma fa�o isso. Tenho um grande amigo hipocondr�aco. Na verdade, ele n�o tem mania de doen�a, tem medo de qualquer uma delas e a necessidade de saber tudo sobre todos os medicamentos. Est� sempre por dentro das novidades do setor. Saiu medicamento novo? Pergunta para ele. Sabe tudo: de complementos vitam�nicos ao mais complexo dos rem�dios. Como ele, tem muita gente por a�.

As coisas que tomamos e s�o eficazes viram indica��o na ponta da nossa l�ngua. J� sofri muito com enxaqueca – quando algu�m fala que tamb�m sofre desse mal, dou a receita na hora, como “m�dica formada”. Todo mundo indica um “bom medicamento”, acabamos comprando e experimentando. O problema � que, �s vezes, sem percebermos, eles atrapalham o nosso organismo. Vejam o que eu passei:

Todo mundo que faz cirurgia bari�trica deve tomar complementa��o de vitaminas pelo resto da vida. Logo que fiz a cirurgia, uma amiga que tamb�m operou me disse para tomar uma vitamina maravilhosa chamada DHEA, pois ela d� um “up” na gente para enfrentar o dia. N�o tive d�vida: importei a tal vitamina e passei a tom�-la diariamente.

Nem li para que servia, porque me recuso a ler bula de rem�dio. Depois de l�-las, das duas uma: ou a gente desiste da medica��o ou acha que vai morrer, de tanto efeito colateral descrito ali. E ainda tem a influ�ncia psicol�gica. A gente acaba achando que est� sentindo alguns efeitos s� porque lemos sobre aquelas possibilidades.

Outro dia mesmo, encontrei-me com uma colega de trabalho, tamb�m operada bari�trica. Disse que estava �tima, menos por causa de um rem�dio. Era justamente aquele que uso h� anos no tratamento preventivo da enxaqueca. Nunca tive nada. Na mesma hora, ela falou: “Voc� n�o leu a bula? Pode dar perda de mem�ria”... e mais isso, mais aquilo, desfiou um ros�rio. Por essas e outras, prefiro ficar na ingenuidade.

S� tive dois problemas com a bari�trica: unhas fracas e queda de cabelo. Com o tempo – operei h� quatro anos –, a queda de cabelo diminui bastante. Melhorou, mas ele nunca voltou a ser como antes. Meu cabelo era bem mais cheio e pesado. Hoje est� leve, mais fino, vive arrepiado, parece que levei um choque. Tenho de passar �leos nas pontas e �s vezes at� um pouco de fixador. Uma peleja, principalmente para quem nunca gastou tempo e preocupa��o com as madeixas, t�o importantes para n�s, mulheres.

Por�m, as unhas continuaram fracas, quebradi�as. Quebram na horizontal, na vertical, descamam. Nunca vi coisa igual, uma tristeza. J� tentei colocar unha e esmalte de gel, mas quando tiro o estrago fica maior.

No in�cio de mar�o, decidi fazer um lifting facial para tirar o excesso de pele no pesco�o e face, por causa da idade e do grande emagrecimento. Fui ao doutor Ronan Horta, ele avisou que eu n�o poderia tomar horm�nio na �poca da cirurgia. Fiquei tranquila, nunca fiz complementa��o hormonal. Mas com a pulga atr�s da orelha, decidi checar se alguma das vitaminas tinha horm�nio.

E veio a grande surpresa: DHEA n�o � vitamina, mas horm�nio. Parei de tomar na mesma hora.

Nem a minha amiga sabia disso. Horm�nio pode fazer bem para muita coisa, mas atrapalha outras. N�o sei se pela combina��o com outros medicamentos, ou se por ele mesmo, mas duas semanas depois de parar de tomar a tal “vitamina”, minhas unhas viraram outras. Cresceram e pararam de quebrar. Fiquei impressionada. Agora vou pensar dez vezes antes de tomar rem�dio sem indica��o m�dica. (Isabela Teixeira da Costa/Interina)

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