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Quer comprar um im�vel em Portugal? Conhe�a as novas regras

Pa�s europeu se destaca pela qualidade de vida e seguran�a, mas adquirir um im�vel em Lisboa e outras regi�es pode ficar mais limitado a partir de 2022


21/08/2021 04:00 - atualizado 21/08/2021 07:44

Vista do calçadão da Rua Direita, em Lisboa: muitos brasileiros querem morar em Portugal, que se destaca pela qualidade de vida e segurança (foto: Carlos Costa/AFP)
Vista do cal�ad�o da Rua Direita, em Lisboa: muitos brasileiros querem morar em Portugal, que se destaca pela qualidade de vida e seguran�a (foto: Carlos Costa/AFP)

Nem sei quantas pessoas que conhe�o que gostariam de se mudar definitivamente para Portugal, terra do meu amor absoluto. Um deles conseguiu o intento, o oncologista Renato Nogueira, com a mulher Nelva e a filha Sofia. Ele trabalha num programa social bem importante e a filha adora a escola que frequenta.

Me lembro disso porque o Parlamento portugu�s est� optando por novas regras dentro do programa de visto permanente Golden Visa, que beneficia compradores de im�veis com valor a partir de 500 mil euros em troca da autoriza��o de resid�ncia permanente. Essas mudan�as impactam o cen�rio de imigra��o a partir de janeiro de 2022.

Para sanar d�vidas e ajudar no tr�mite de compra de im�veis, a Global Trust, consultoria especializada em investimentos imobili�rios internacionais, vai ministrar uma webinar gratuita em 8 de setembro.

Uma das novas regras inclui limitar as autoriza��es a cidades do interior, excluindo as mais valorizadas. A partir de 2022, im�veis dentro das regi�es de Lisboa, Porto, Algarve e demais �reas do litoral n�o ser�o mais eleg�veis para a obten��o desse visto de resid�ncia.

"Para brasileiros que querem realizar o sonho de ter resid�ncia em Lisboa ou Porto, o momento � agora", explica Cesar Dami�o, CEO da Global Trust. No programa, ser�o dadas dicas sobre todo o processo, planejamento para a compra, al�m de apresentar estat�sticas que colocam Portugal no ranking de lugares que mais oferecem qualidade de vida e seguran�a.

Uma comunica��o desse tipo ativa a cabe�a paralisada pela epidemia e faz sonhar com projetos que d�o conforto. Ent�o, passei a me lembrar da �ltima vez em que fui a Portugal e corri para o Alentejo para rever as belezas de �vora, onde me hospedei em um hotel que n�o conhecia e que n�o � mais incr�vel porque � imposs�vel.

Trata-se do Nossa Senhora do Espinheiro, cuja parte antiga, dentro do convento, � um mergulho na hist�ria portuguesa. Logo no balc�o de chegada, tive sorte dupla: comprei o �ltimo exemplar do livro sobre a hist�ria do hotel, com suas maravilhas e sua capela, e um relic�rio lindo, todo trabalhado em mi�angas, uma delicadeza s�.

Para quem sonha visitar Portugal de antigamente, vale a pena hospedar-se l�, apesar de ser um pouco afastado do Centro da cidade, mas o luxo (� cinco-estrelas) e o restaurante com um chef fant�stico justificam os gastos. � claro que estou falando de um passado remoto, porque h� mais de 10 anos n�o vou l� e, nessa altura da vida, acho que nunca mais.

Gosto de me lembrar tamb�m de como era dif�cil ir a �vora sem passar por Arraiolos, cidade preservada que tinha, nas portas das casas, as senhoras ocupadas no artesanato da regi�o: os famosos tapetes Arraiolos, bordados a m�o com desenhos e cores caracter�sticos da tradi��o.

O passeio � delicioso, agrad�vel, absolutamente diferente. As bordadeiras s�o simp�ticas e n�o se incomodam de mostrar seu trabalho, as l�s que s�o produzidas e coloridas tamb�m por ali.

Fam�lias inteiras se mant�m com o artesanato, que tem s�culos e est� presente na maioria das casas portuguesas, que gostam de valorizar o trabalho e a hist�ria de seu pa�s. � preciso prestar bem aten��o no bordado, porque v�rios pontos s�o usados e os mais preciosos s�o certamente os menores, os que certamente desenvolvem o motivo escolhido quase como uma pintura, tamanha a delicadeza do trabalho.

� claro que � praticamente imposs�vel n�o se sensibilizar por aquela tradi��o de manter as bordadeiras nas portas das casas compondo o cen�rio de uma vila portuguesa. E n�o fui a �nica brasileira a me apaixonar pelo que vi. O nosso eterno embaixador Paulo Tarso Flecha de Lima, que faleceu recentemente, gostou tanto da tradi��o que acreditou que podia usar essa tradi��o e esse artesanato para redimir a economia de uma cidade mineira perdida no fund�o da hist�ria: Diamantina.

Paulo encontrou um parceiro � altura de seu projeto. E com o apoio do padre Caio, trouxe alguns artes�os de Arraiolos para que ensinassem seu trabalho a um grupo grande de mulheres diamantinenses.

Criou-se assim uma oficina de trabalho que tinha todas as vantagens necess�rias para melhorar o rendimento das fam�lias: o mister era ensinado e um grupo dirigente cuidava de uma oficina que comandava o desenrolar da ocupa��o.

As telas de tecido especial recebiam os motivos que seriam bordados e as artes�s recebiam todos os detalhes do que deviam bordar e as l�s. Podiam desincumbir-se do bordado em casa e uma vez por semana levavam a pe�a para ser avaliada na oficina central.

Na �poca, os tapetes bordados em Diamantina fizeram hist�ria, mas tanto tempo depois, acredito que esse tipo de trabalho artesanal j� n�o exista mais. Gostava de dar assist�ncia ao projeto, principalmente porque aproveitava a viagem para almo�ar no restaurante do meu amigo Morfeu, que ficava na pra�a.  

Ele me brindava com um maravilhoso almo�o com brotos de samambaia e carne de porco. Del�cia que segui algum tempo aqui em BH, antes que a venda dos brotos fosse proibida por esses amantes da natureza intocada.

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