Essa infernal pandemia que acabou com nosso sossego, porque ningu�m sabe realmente como � que ela aparece, tem sintomas que s�o terr�veis. Por exemplo, em toda minha vida, tenho crises de tosse ou espirros na parte da manh�, t�o logo tomo meu caf�. Quem n�o sabe disso, pensa logo que estou de COVID. � claro que n�o estou, mas n�o podia ser? Ningu�m sabe.
Outra tenta��o � esse calor que estamos sentindo em um ver�o que nem de longe parece ver�o. Parece mais dil�vio, nem No� enfrentou tanta �gua – e tantos trov�es. Alguns deles parece que est�o jogando a casa abaixo, n�o d� para encarar sem levar o maior susto. E o suor provocado pelas altas temperaturas – que s�o tamb�m passageiras? N�o sei o que anda acontecendo por a�, mas, de vez em quando, o calor some e bato queixo de frio. Acho que tudo isso � provoca��o demais. Onde � mesmo que vamos parar?
Nos dias quentes de ver�o, ap�s a pr�tica de atividade f�sica ou mesmo em situa��es emocionais, a transpira��o ganha a cena. O suor � uma rea��o importante do organismo para manter o controle de temperatura do corpo. No entanto, esse mecanismo pode ter um comportamento amplificado para quem sofre com a hiperidrose. Segundo a dermatologista Isis Veronez Minami, os pacientes que convivem com o quadro suam de forma excessiva at� mesmo em repouso. Uma das condi��es que definem isso � o hiperfuncionamento das gl�ndulas sudor�paras – quadro que pode come�ar j� aos primeiros sinais da adolesc�ncia e ser classificado como hiperidrose prim�ria. Mas h� outras causas para o excesso de suor, como uso de medica��es ou o efeito de condi��es patol�gicas como a menopausa, infec��es ou tumores. Nesses casos, a hiperidrose � do tipo secund�ria.
Apesar dos diferentes agentes desencadeantes do efeito, uma coisa � certa: a esta��o mais quente do ano � um momento dif�cil para os pacientes que convivem com o quadro. A dermatologista explica que, apesar de n�o existir cura, alguns h�bitos e tratamentos s�o eficientes em amenizar os desconfortos causados pela transpira��o abundante. “Nem sempre h� como evitar a exposi��o �s altas temperaturas, mas pode-se optar por roupas de tecidos naturais, procurar ambientes mais frescos e arejados, evitar ficar ao sol e at� mesmo entender os fatores que pioram a condi��o, como o estresse, por exemplo, para evitar a situa��o”, comenta a m�dica.
Al�m da aten��o �s causas que desencadeiam o quadro, h� diferentes tipos de tratamento para a condi��o, que variam conforme a intensidade do problema. Entre as alternativas medicamentosas, h� lo��es antitranspirantes, medica��es para consumo por via oral ou injet�vel – como no caso da toxina botul�nica – ou at� mesmo a op��o cir�rgica. “H� uma gama grande de possibilidades capazes de amenizar esse desconforto, que pode causar em algumas pessoas constrangimento e ansiedade”, diz.
Alguns pacientes com hiperidrose podem sofrer com outra condi��o, a bromidrose – ou o mau cheiro causado pela coloniza��o de bact�rias nos locais de maior produ��o de suor. “� comum existir essa associa��o. Esse � um motivo de queixa muito ouvido em consult�rio. Mas � importante refor�ar que esse � um quadro que pode ser facilmente solucionado. Muitas vezes, conseguimos melhorar a bromidrose mesmo com a pessoa mantendo a hiperidrose. Em outros casos, ambos os quadros s�o amenizados”, conclui.
Um dos tipos de transpira��o mais inc�moda � a que aparece sem qu� nem porqu�. Voc� est� com temperatura normal – dormindo, por exemplo, e de repente acorda totalmente molhado de um suor noturno que n�o tem explica��o. Esse tipo de transpira��o noturna abundante, em que a movimenta��o � m�nima, os cuidados s�o tomados para n�o sentir frio e nem calor vem de onde? Tenho d�vidas e ainda n�o consegui descobrir como � que isso acontecer. Se descobrir, conto aqui.