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Estado de Minas ANNA MARINA

Obesidade m�rbida infantil: desafio a ser vencido

Crian�as com sobrepeso podem desenvolver doen�as cr�nicas, como problemas de sa�de mental, diabetes e at� c�ncer


04/06/2022 04:00 - atualizado 03/06/2022 22:56

dois pezinhos de criança em frente ao marcador de balança
Uma em cada 10 crian�as brasileiras de at� 5 anos est� com o peso acima do ideal, segundo dados oficiais (foto: Beto Novaes/EM/D.A Press - 28/8/15)

 
At� o final da d�cada de 1980, quando algu�m via um beb� magro, ia logo dizendo que ele era fraquinho, que poderia adoecer. Ao contr�rio, se o beb� fosse mais cheinho, tivesse dobrinhas, a� estava no ponto. Era saud�vel porque estava parrudo. Claro, viv�amos em um pa�s no qual a desnutri��o era o maior desafio familiar. Vencemos essa etapa, e ca�mos em outra t�o ruim quanto: a obesidade m�rbida infantil.
 
O Brasil tem mais de 3 milh�es de crian�as com obesidade m�rbida, e isso pode levar a uma s�rie de outras doen�as cr�nicas, como problemas de sa�de mental, doen�as card�acas e diabetes tipo 2, al�m de alguns tipos de c�ncer e problemas nos ossos e articula��es. De acordo com o estudo global Action Teens, infelizmente, um em cada cinco adolescentes n�o percebe que tem obesidade e um em cada tr�s pais desconhece o diagn�stico. Se a pessoa n�o enxerga que est� obesa e se o respons�vel por ela tamb�m n�o, jamais procurar�o tratamento.
 
De acordo com o Minist�rio da Sa�de, uma em cada 10 crian�as brasileiras de at� 5 anos est� com o peso acima do ideal: 7% t�m sobrepeso e 3% j� t�m obesidade. Para ser mais expl�cito, estima-se que 6,4 milh�es de crian�as t�m excesso de peso no Brasil e 3,1 milh�es obesidade, isso � quase toda a popula��o da cidade do Rio de Janeiro, que tem mais de 6,7 milh�es de habitantes, por exemplo. As tend�ncias p�s-anos 2000 previram um mundo onde, pela primeira vez, haveria mais crian�as e adolescentes obesos do que com baixo peso.
 
Um dos grandes fatores que levam � obesidade � a alimenta��o. Em vez de comer um alimento preparado na hora, em casa, rico em verduras e legumes, sem fritura, a maioria come alimentos ultraprocessados (sorvete, suco de caixinha, biscoitos recheados, macarr�o instant�neo, achocolatados, bolos industrializados, embutidos, etc.), que s�o densamente cal�ricos e sem nenhum valor nutricional. Al�m de engordar, ficam com falta de vitaminas. Somado ao estilo de vida que � sedent�rio, o quadro se agrava.
 
Segundo Karla Lacerda, CEO da CalcLab, plataforma que faz leitura diagn�stica de exames laboratoriais, atualmente as doen�as adquiridas por causa da obesidade j� atingem crian�as cada vez mais novas, apontando para perspectivas de adultos mais doentes. A OMS prev� que, em 2030, o Brasil pode ser o quinto pa�s com o maior n�mero de crian�as e adolescentes obesos.
 
Infelizmente, a alimenta��o inadequada come�a na gesta��o, com a m� alimenta��o da m�e. Outro problema identificado pelos especialistas � o fato de muitas m�es n�o amamentarem os filhos at� os seis meses de idade, inserindo a crian�a no ambiente de alimenta��o n�o saud�vel mesmo antes de ela estar apta a comer e introduzindo industrializados e ultraprocessados j� durante os primeiros meses de vida.
 
Na pr�tica, para uma melhor visualiza��o e entendimento dos pais, uma crian�a que tem seu peso 25% maior que o desej�vel para sua idade j� apresenta sobrepeso, que � um primeiro alerta para a obesidade. Quando o peso est� 30% acima, ela j� � considerada obesa. Ambas as condi��es podem favorecer v�rias doen�as, entre elas diabetes, hipertens�o, hipercolesterolemia, depress�o, c�ncer e doen�as cardiovasculares. O aumento de peso entre os pequenos hoje resultar� em aumento significativo no futuro nos custos da sa�de.
 
� imperativo que as fam�lias mudem h�bitos alimentares, porque a crian�a repete o que v� os adultos fazendo. Ent�o, se todos se sentam � mesa, sem telas, com alimentos saud�veis, se � um momento tranquilo e bom, a crian�a replicar� esse comportamento e desenvolver� uma rela��o melhor com a comida. Al�m disso, crian�a precisa ter rotina para se sentir segura, se desenvolver melhor num ambiente em que ela est� ciente das atividades que acontecer�o no dia a dia, com hora para brincar, estudar, comer, dormir.
 
(Isabela Teixeira da Costa/Interina)

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