Sair do partido? Resposta r�pida: “Por enquanto eu n�o pretendo”, avisou o presidente Jair Bolsonaro (PSL), quando se despediu de um dos hot�is mais luxuosos e caros do mundo, o Emirates Palace. Mas, pelo jeito, deixou em aberto: “Eu nunca saltei de paraquedas sem ficar com um paraquedas reserva”. Faz sentido, s� que acrescentou: “Mas todas as possibilidades” est�o devidamente colocadas na mesa.
Uma delas � lamentar a derrota de seu parceiro argentino, Maur�cio Macri, e a volta da turma ligada ao ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT), do presidente eleito Alberto Fern�ndez e, em especial, da vice-presidente eleita, Cristina Kirchner. “Lamento. Eu n�o tenho bola de cristal, mas eu acho que a Argentina escolheu mal”. �, pelo jeito, nem mesmo a camisa amarelinha da Sele��o Brasileira que Bolsonaro deu de presente a Macri deu sorte. Com a rivalidade no futebol, deve ter � atrapalhado.
Peronista que �, o presidente eleito n�o deixou barato: “Um homem extraordin�rio que est� injustamente preso h� um ano e meio”, afirmou. “Feliz anivers�rio, querido Lula. Espero te ver em breve”, escreveu Fern�ndez no Twitter e fazendo quest�o de citar a hashtag #LulaLivre. Para lembrar, ele visitou Curitiba para estar com Lula em plena campanha eleitoral.
Em dia de feriado para os servidores p�blicos, melhor voltar � bola de cristal e definir o conceito de diplomacia: ela consiste na a��o civilizada e pac�fica de se relacionar com diferentes grupos, na��es ou sociedades. Representa um instrumento t�pico da pol�tica externa dos pa�ses. E ela se constr�i na necessidade de manter as rela��es entre os diferentes Estados soberanos equilibradas.
E tem mais: a diplomacia � a forma como as na��es civilizadas lidam com os seus antagonismos, procurando resolver as diverg�ncias sem o uso da viol�ncia ou de ofensas.
Agir com diplomacia � ter respeito pelo pr�ximo, sabendo lidar de modo pac�fico perante diferentes situa��es e comportamentos. E a principal fun��o do diplomata deve se basear em estabelecer e manter rela��es internacionais, de prefer�ncia, que sejam coerentes e duradouras.
Agir com diplomacia � ter respeito pelo pr�ximo, sabendo lidar de modo pac�fico perante diferentes situa��es e comportamentos. E a principal fun��o do diplomata deve se basear em estabelecer e manter rela��es internacionais, de prefer�ncia, que sejam coerentes e duradouras.
Por fim, tem o ministro Ernesto Ara�jo aquele que tratou o aquecimento global como “uma inven��o marxista”. Isso j� passou um tempo, a nova declara��o dele trata � de registrar que “a chave de ouro ainda estava por vir em sua pr�pria praia: “Os sinais s�o os piores poss�veis. Fechamento comercial, modelo econ�mico retr�grado e apoio �s ditaduras parece ser o que vem por a�”.
Vinho chapinha
Depois do feriado de ontem, hoje j� tem encontro marcado que vai reunir o presidente da C�mara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o prefeito da Bahia, ACM Neto (DEM), o presidente do PDT, Carlos Lup�, al�m do deputado federal M�rio Heringer (PDT-MG), o anfitri�o do encontro, que ter� a presen�a de Ciro Gomes (PDT), o terceiro colocado na elei��o presidencial do ano passado. No card�pio, as elei��es municipais do ano que vem e as de presidente em 2022. No card�pio de Heringer, claro que brincando, ser� servido vinho Chapinha, n�o a pol�tica, a bebida mesmo e carne seca com ab�bora.
Exporta��es
Neg�cio � neg�cio em que n�o se deve misturar pol�tica. � o relato, por unanimidade, de todos os executivos das principais empresas brasileiras que t�m neg�cios com a Argentina. Come�a e n�o � de brincadeira pela Associa��o Brasileira de Fabricantes de Brinquedos (Abrinq), passa pelos sapatos da Associa��o Brasileira das Ind�strias de Cal�ados (Abical�ados) e, como n�o poderia deixar de ser, a Associa��o de Com�rcio Exterior do Brasil (Abex). Bastam s� esses exemplos diante dos ataques � Argentina, que compra muito do Brasil. Pelo jeito, s� a ficha do presidente Bolsonaro ainda n�o caiu.
Agora � direto
E s� com passageiros. Novidades para os mineiros que adoram as praias do Esp�rito Santo e de viajar com mais seguran�a. Em janeiro, m�s de f�rias, quem quiser seguir de trem de Belo Horizonte a Vit�ria, ou de Vit�ria a Belo Horizonte, poder� escolher tr�s hor�rios para cumprir o trajeto. Esses trens s� servir�o aos passageiros. Quem deu a not�cia foi o deputado Jo�o Leite (PSDB), presidente da Comiss�o Extraordin�ria Pr�-Ferrovias Mineiras da Assembleia Legislativa (ALMG).
Sem descarrilar
O deputado tucano confirmou que o acordo foi fechado com a empresa Vale, que j� opera a Estrada de Ferro Vit�ria a Minas (EFVM) – � assim mesmo o nome oficial – da ferrovia que transporta min�rio e passageiros. O tucano, que esteve no Tribunal de Contas da Uni�o (TCU) alguns dias atr�s, em busca de informa��es sobre a antecipa��o da renova��o da concess�o ferrovi�ria Vit�ria a Minas, adiantou ainda que j� h� previs�o de come�ar a sair do papel a constru��o do contorno ferrovi�rio da cidade de Governador Valadares.
� hoje!
Ser� que agora vai? A informa��o � que est�o previstas para amanh� as oitivas das seguintes testemunhas arroladas nos processos em desfavor do deputado Boca Aberta (Pros-PR). A testemunha arrolada pelo relator, deputado Alexandre Leite (DEM-SP) foi o seu colega tamb�m deputado Hiran Gon�alves (PP-RR). J� o deputado Boca Aberta arrolou as seguintes testemunhas em seu favor: Alecsandro F�lix da Silva, M�rcio Aur�lio Elesb�o, Ary Antunes J�nior e Everton Luiz de Assis. O detalhe, em novo negrito, �: “Informa��es: PAUTA SUJEITA A ALTERA��ES”. Melhor ficar atento e conferir.
Pinga-fogo
Em tempo: em entrevista recente ao Estado de Minas, Ciro Gomes partiu para o ataque pluripartid�rio. “O bolsonarismo e o petismo se sustentam” e condenou como um curto-circuito a privatiza��o da Cemig, pretendida pelo governador Romeu Zema (Novo).
Mais um: “As for�as do mal est�o celebrando. As for�as da democracia est�o lamentando pela Argentina, pelo Mercosul e por toda a Am�rica do Sul. Mas o Brasil continuar� inteiramente do lado da liberdade e da integra��o aberta”. Ainda do ministro de Rela��es Exteriores, Ernesto Ara�jo.
O ex-ministro Henrique Meirelles dep�s no caso Lula: um trecho j� bastaria, mas ele relatou que “entre as coisas que eu fiz quest�o de preservar foi o Banco Central (BC)”. � claro que se trata da Odebrecht e os tais R$ 40 milh�es, sem corre��o, �bvio.
E olha que foi o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) quem o arrolou como testemunha. E Meirelles acrescentou: “Eu fui presidente do Banco Central e eu dizia que sou aut�nomo e n�o aceitava opini�o, nem de ministro da Fazenda, nem de qualquer outro ministro”.
Diante de tudo isso, sem maiores opini�es por hoje, como o Meirelles, o jeito � encerrar a coluna por hoje. Quem sabe, depois do feriado em Bras�lia, o dia de hoje traga alguma surpresa na pol�tica nacional, o que est� em falta faz tempo.