Este domingo traz uma verdadeira ressaca na pol�tica nacional. Os �ltimos acontecimentos da semana passada falam por si. Se at� impeachment entrou no cen�rio, como pretende a Associa��o Brasileira de Imprensa (ABI), o que mais � necess�rio ressaltar?
Em resposta r�pida, basta o registro: “Pandem�nio em Bras�lia”, destacou ontem a manchete do jornal, fazendo o resumo da �pera na pol�tica nacional. As agendas oficiais, sem exce��o, informavam apenas o registro de praxe: sem compromissos oficiais. Nem precisava, era �bvio, mas vale frisar a repeti��o.
Afinal, “a gente j� viu esse filme no passado. O presidente perde governabilidade e vira um zumbi”, relata o ex-diretor do Banco Central (BC) Alexandre Schwartsman, acrescentando que “quando o impeachment avan�a, o mercado j� coloca isso no pre�o dos ativos e tudo melhora...”
O l�der do governo na C�mara, deputado Vitor Hugo (PSL-GO), primeiro ressaltou que “o presidente, em seu discurso, foi cir�rgico”, embora n�o seja m�dico, j� que � militar. Da� ter partido para o ataque: “A esquerda e a quase esquerda envergonhada defendem Moro agora e governadores pr�-candidatos � Presid�ncia da Rep�blica oferecem vagas a rodo para o ex-ministro”.
Quase n�o entendi direito, mas deixa pra l�. Tinha mais gente do PSL, e vale ressaltar um �ltimo registro antes de mudar de assunto: “Isso n�o � um pronunciamento de um presidente, � uma trag�dia! Espero que Jair Bolsonaro n�o parta para desmoralizar Sergio Moro. Ser� o atestado de sua insanidade”. Desta vez � o deputado Julian Lemos (PSL-PB). Nada a acrescentar, j� basta, n�?
O assunto novo �… �… �… continuar, n�o d� para brigar com as not�cias envolvendo o presidente da Rep�blica, Jair Bolsonaro. O jeito ent�o � trazer um ex-presidente da Rep�blica. � claro que Lula n�o poderia perder a oportunidade. Afinal, l� na �poca da Opera��o Lava-Jato da Pol�cia Federal (PF), em conjunto com o Minist�rio P�blico Federal (MPF), o ent�o juiz Sergio Moro o condenou a quase uma d�cada.
“N�o pode haver invers�o da hist�ria. O Bolsonaro � filho do Moro, e n�o o Moro cria do Bolsonaro. Nessa disputa toda, os dois s�o bandidos, mas � o Bolsonaro que � a cria e n�o o contr�rio. E os dois s�o filhos das mentiras inventadas pela Globo”.
Parece at� o metal�rgico do sindicato no ABC Paulista, mas � o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) mesmo voltando ao notici�rio. E no seu velho estilo metal�rgico de partir para o ataque. Ficamos assim.
Ser� mesmo?
O Instituto Brasil 200 � uma associa��o civil sem fins lucrativos e sem vincula��o pol�tico-partid�ria, com sede em S�o Paulo e representa��o em todos os estados da federa��o. Feito esse registro vale destacar a resposta r�pida diante de declara��o em entrevista ao Estad�o: “Presidente do Instituto Brasil 200, Gabriel Kanner diz que a sa�da de Sergio Moro do Minist�rio da Justi�a � o come�o do fim de Bolsonaro”. Para registro: o instituto re�ne cerca de 300 empres�rios de todo o pa�s que apoiaram o presidente.
A bola da vez
A panela de press�o pol�tica j� est� em fogo alto para fritar o ainda ministro da Economia, Paulo Guedes, o outro alvo do presidente Jair Bolsonaro e seus filhos. Ele tem tudo para se juntar aos ex-ministros da Sa�de Luiz Henrique Mandetta e, claro, ao ex-juiz da Lava-Jato S�rgio Moro. Guedes, no entanto, n�o deu o bra�o a torcer diante dos rumores. Tanto que teve reuni�o para tratar de destravar o cr�dito para aquecer o cen�rio econ�mico. J� que � domingo, melhor ele rezar, se � que pretende continuar no cargo. Ele ainda n�o deixou claro o que far�.
N�o tem teto
A Boeing anunciou, em pleno s�bado (ser� fuso hor�rio?), a rescis�o do acordo que daria � gigante norte-americana o controle sobre a divis�o de avia��o comercial da Embraer. Em comunicado ao mercado financeiro, a empresa avisou que “exerceu o seu direito de rescindir” j� que a Embraer n�o teria “atendido �s condi��es necess�rias”. Trata-se de um neg�cio bilion�rio, grande mesmo, envolve nada menos que US$ 5,26 bilh�es. Nem precisa fazer as contas em reais. Cinco bilh�es de d�lares sozinhos falam por si.
Ao combate
O Col�gio de L�deres da Assembleia Legislativa (ALMG) aprovou requerimentos para realizar reuni�es especiais com secret�rios de Estado. O objetivo � tomar ci�ncia das informa��es sobre a atua��o de cada pasta no combate � pandemia da COVID-19. Ser�o ouvidos os titulares das seguintes secretarias: de Governo, de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustent�vel, a Secretaria-Geral do Estado, a de Infraestrutura e Mobilidade, e at� a de Cultura e Turismo. Inclua ainda a de Agricultura, Pecu�ria e Abastecimento.
A homenagem
Mais uma, n�? “Na C�mara dos Deputados, no Senado ou na Presid�ncia da Rep�blica, testemunhei todos os epis�dios da vida pol�tica contempor�nea do Brasil. Algumas vezes, fui assistente, em outras vezes, participante e at� protagonista”, destacou com humildade o ex-presidente Jos� Sarney (foto), que completou 90 anos. Ele destacou, em entrevista, desta vez � Ag�ncia Senado, que seus legados s�o a redemocratiza��o e uma s�rie de direitos sociais. O pr�prio Sarney fez o resumo de sua trajet�ria na pol�tica nacional: “� por causa dessas conquistas que posso dizer que n�o passei pela pol�tica em v�o”.
PINGA FOGO
- Est� previsto para amanh�, isso mesmo, em plena segunda-feira, a vota��o de uma medida provis�ria (MP) que trata da Embratur, Instituto Brasileiro de Turismo – �, mudaram o nome – mas o fato � que ela pode passar a ser uma ag�ncia aut�noma.
- O registro oficial �: a Medida Provis�ria 907/19 transforma a Embratur, atualmente uma autarquia federal, em servi�o social aut�nomo, com a denomina��o de Ag�ncia Brasileira de Promo��o Internacional do Turismo. Mudou o governo, mudou o nome. Me poupe, n�?
- Em tempo: o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva destacou ainda que Jair Bolsonaro s� chegou � Presid�ncia da Rep�blica ap�s Sergio Moro, na �poca no comando da Lava-Jato, conden�-lo sem provas no processo do triplex no Guaruj� (SP).
- Mais um: para registro, dois projetos de lei da Assembleia Legislativa, que buscam garantir mais transpar�ncia dos �rg�os p�blicos em processos de compras e contrata��es para o combate � pandemia do coronav�rus, j� foram aprovados neste sentido.
- Ainda sobre Sarney: “Eu n�o sabia quais compromissos Tancredo havia firmado. Al�m disso, existia a dificuldade decorrente de eu ter pertencido a um partido que n�o era o de Tancredo (foto). E ainda havia a �rea militar, que estava dividida”.
- Bom domingo a todos. Ah! E fique em casa.