Jair Bolsonaro viaja neste fim de semana para participar da c�pula do G20 (foto: EVARISTO S�/AFP)
O presidente da Rep�blica Federativa do Brasil, Jair Messias Bolsonaro (ainda sem partido), embarca, hoje � noite, para participar da c�pula do G20, o grupo que � encarregado de promover o debate construtivo entre pa�ses industrializados e emergentes sobre assuntos importantes destinados ao equil�brio econ�mico global e re�ne analistas. S� que ser� bem r�pido.
Nos dias 30 e 31, s�bado e domingo, Bolsonaro estar� com seus ministros na c�pula do G20. Ao longo do fim de semana, est�o previstos pain�is sobre sa�de p�blica global e sustentabilidade. S�o dois temas delicados para o governo brasileiro, criticado no exterior pela gest�o da pandemia e por sua pol�tica ambiental. A Amaz�nia, como n�o poderia deixar de ser, vai incomodar o presidente.
N�o � � toa que o presidente Bolsonaro escolheu a dedo quem deveria represent�-lo na COP-26. Ser�, como n�o poderia deixar de ser, o seu ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite. “� uma estrat�gia nossa”, fez quest�o de n�o esconder o mandat�rio do pa�s.
E pelo jeito deve ser questionado tamb�m sobre a pandemia da COVID-19. Afinal, “o Tribunal de Contas da Uni�o (TCU) precisa avan�ar nas investiga��es, uma delas nos hospitais do Rio de Janeiro, onde existem ind�cios fort�ssimos de m� conduta que precisam ser investigados. Como se trata de verbas federais, n�o tem �rg�o mais apropriado que o TCU para fazer isso. H� esse compromisso da presidente do TCU”. � quest�o que pode aparecer tamb�m no G20.
Quem deixa claro � o presidente da comiss�o, senador Omar Aziz. Foi na entrega do relat�rio da Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) da Pandemia da COVID � presidente do Tribunal de Contas da Uni�o (TCU), Ana Arraes. Os senadores agradeceram � ministra pela ajuda de t�cnicos do �rg�o, que ficaram os �ltimos seis meses � disposi��o da CPI.
Enquanto o presidente voa, t�cnicos do Congresso especialistas em Or�amento alertam que o pagamento do Bolsa-Fam�lia pode ser inviabilizado a partir de 10 de novembro, pois a medida provis�ria que criou o Aux�lio Brasil revoga a lei que instituiu o Bolsa-Fam�lia. Publicada em 10 de agosto deste ano, a MP 1.061 determina, 90 dias ap�s a sua publica��o.
Ou seja, a medida estar� revogando a lei de 2004 que criou o programa Bolsa-Fam�lia. De acordo com os t�cnicos, como a lei deixa de valer em 10 de novembro, a partir dessa data n�o h� base legal para o governo transferir o dinheiro por meio do programa Bolsa-Fam�lia.
Diante de tudo isso, o jeito � esperar para ver como ser� o desfecho dessa confus�o, s� por causa de nomes. O que anda mesmo � um cen�rio estranho, dif�cil de decifrar. Melhor aguardar como ser� o fim da novela.
Ao trabalho
Foi instalada ontem no Senado Federal a comiss�o tempor�ria externa para averiguar as causas e os efeitos da crise hidroenerg�tica que atinge o pa�s. O grupo, por aclama��o, elegeu os senadores Jean Paul Prates (PT-RN) para a presid�ncia e Veneziano Vital do R�go (MDB-PB) ser� o vice-presidente. J� a relatoria ficar� com o senador Jos� An�bal (PSDB-SP). E ele destacou ser preciso que haja responsabilidade para produzir um bom relat�rio com diagn�sticos, aprendizados que contribuam, inclusive, ao longo do ano que vem.
Matriz limpa
E o senador tucano Jos� An�bal j� come�ou trabalhando: o Brasil provavelmente tem a matriz energ�tica mais limpa do mundo, est� fortemente investindo em energia e�lica e investindo tamb�m em energia solar e em outras alternativas de produ��o de energia, como a biomassa, com projetos de pequenas centrais hidrel�tricas, com o uso mais intenso do g�s nas emerg�ncias como um combust�vel de transi��o, mas � preciso que haja planejamento. O plano de trabalho est� sendo elaborado e deve ser entregue para o conhecimento dos demais membros semana que vem.
427.749 votos
Deputado estadual pelo PSL, Fernando Francischini foi o mais votado da hist�ria do Paran�, com 427.749 votos. O partido elegeu oito parlamentares. Ele foi cassado pelo TSE por ter propagado fake news sobre a urna eletr�nica e o sistema de vota��o nas elei��es de 2018. Francischini fez transmiss�o ao vivo nas redes no dia da vota��o das elei��es de 2018 alegando fraude nas urnas. O relator, ministro Lu�s Felipe Salom�o, votou pela cassa��o e inelegibilidade. Foi seguido pelos ministros Mauro Campbell, Sergio Banhos, Edson Fachin, Alexandre de Moraes e Lu�s Roberto Barroso.
“Quero afirmar que o PSD ter� candidato para presidente da Rep�blica, e eu espero que seja o Rodrigo Pacheco (PSD-MG), acho que � o melhor para o Brasil. Ele s� n�o ser� nosso candidato se n�o quiser, mas eu tenho certeza de que ele vai aceitar essa miss�o.” A afirma��o foi feita pelo presidente do Partido Social Democr�tico (PSD), Gilberto Kassab (foto), em entrevista ao programa “CB.Poder”, uma parceria entre o Correio Braziliense e a TV Bras�lia, integrantes dos Di�rios Associados. “Ele mesmo [Pacheco], ontem, deixou claro que est� refletindo”, disse Kassab.
Nada educada
� a proposta que prev� R$ 43 milh�es para bolsas, referentes aos programas Institucional de Bolsas de Inicia��o � Doc�ncia (Pibid), de Resid�ncia Pedag�gica, e Nacional de Forma��o de Professores da Educa��o B�sica (Parfor). Com os R$ 43 milh�es, cerca de 60 mil estudantes e professores receberiam apenas as bolsas atrasadas de setembro e parte dos valores de outubro. “Isso � uma trag�dia, um calote, uma situa��o absurda”, ficou indignado o deputado Z� Neto (PT-BA).
Pinga fogo
Em tempo sobre os 427.749 votos: o ministro Carlos Horbach votou contra a cassa��o por entender que a informa��o difundida pelo parlamentar n�o teve impacto na elei��o. “Est� em jogo mais do que o futuro de um mandato, mas o futuro das elei��es e da democracia”, ressaltou, entretanto, o ministro Edson Fachin.
Enquanto discursava raivosamente contra o que chama de “ideologia de g�nero”, o vereador Diego Espino, do PSL de Divin�polis, de Minas Gerais, desmaiou. “Quero ver me peitar na rua, isso aqui � Espino, voc�s v�o ter que me segurar. Voc�s v�o ter que me segurar”.
Ele estava gritando, alto e bom som no microfone, at� que caiu desmaiado. N�o era cena, ele desmaiou mesmo. O vereador foi atacado ao propor um projeto de lei que obriga empregadores a permitirem pessoas transexuais a usarem seus nomes sociais em crach�s profissionais.
Antes de encerrar, mais um registro da nota envolvendo a �rea de educa��o: “Essas pessoas n�o t�m do que viver. J� est�o h� um m�s sem receber, n�o poder�o ficar mais”, observou preocupado o senador Jean Paul Prates (PT-RN).
Diante disso, educadamente, o melhor a fazer � encerrar a coluna por hoje. E fazer o velho e j� conhecido registro. FIM!
