Baptista Chagas de Almeida
O presidente Jair Messias Bolsonaro (PL), candidato � reelei��o, participou ontem da romaria fluvial da celebra��o do C�rio de Nazar�, em um rio, em Bel�m, capital do Par�. Ele chegou � cidade na sexta-feira, onde foi recebido por apoiadores.
Trata-se de uma das mais tradicionais festas religiosas do Brasil, que atrai milhares de fi�is todo ano.
A assessoria do chefe do Executivo informou que o presidente participou da celebra��o como chefe de Estado e que o comparecimento dele n�o foi compromisso de campanha.
O candidato n�o discursou nem deu entrevista � imprensa na capital do estado do Norte do pa�s.
A justificativa da assessoria ocorreu ap�s a Arquidiocese de Bel�m, que � respons�vel pela organiza��o do evento, divulgar nota afirmando que n�o convidou “nenhuma autoridade em n�vel municipal, estadual ou federal” para o C�rio de Nazar�. “N�o desejamos e nem vamos permitir qualquer uso de car�ter pol�tico ou partid�rio das atividades do C�rio.”
Advers�rio de Jair Bolsonaro no acirrado segundo turno, o candidato do PT, Luiz In�cio Lula da Silva, criticou o chefe do Executivo, acusando-o de usar a m�quina do governo federal.
“N�s estamos fazendo uma campanha com uma certa anomalia, porque n�s temos um cidad�o, que est� exercendo a Presid�ncia, que est� utilizando a m�quina do governo para fazer campanha. Eu estava analisando, desde o marechal Deodoro da Fonseca, em 1889, at� agora, todos os presidentes juntos, ningu�m utilizou a m�quina 10% como ele est� utilizando”, afirmou o petista.
“Ele, Bolsonaro, est� fazendo tudo. Est� agindo como se o Brasil fosse uma coisa particular dele e ele vai e desfaz, do jeito que ele quer, na medida em que ele tenta ganhar voto.”
Essas declara��es foram dadas ontem por Lula, que fez campanha em Campinas, no interior de S�o Paulo, ao lado do candidato petista ao governo paulista, Fernando Haddad.
A campanha do ex-presidente buscou um novo formato nos palanques. O que inclui seus principais aliados. Eles s�o colocados dentro de um cercadinho de ferro, em cima de uma picape, mas perto do ch�o, portanto, do p�blico.
Dessa forma, Lula consegue interagir mais com os eleitores e transmitir uma mensagem de maior proximidade com o povo.
A ideia tamb�m � produzir imagens de movimento e proporcionar o di�logo com aqueles que n�o s�o necessariamente apoiadores do PT.
Censo quilombola
Em meio a uma densa �rea de mata atl�ntica, a garoa fina forma uma n�voa. A temperatura � consideravelmente mais baixa do que nos bairros edificados do Rio de Janeiro. Ao redor de uma farta mesa de caf� da manh� enriquecida com produtos locais, as pessoas v�o se aproximando. A equipe de recenseadores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE) inicia as primeiras entrevistas da jornada, que foi at� o meio da tarde. No almo�o, teve feijoada. A equipe do IBGE foi vista como um momento hist�rico pelos moradores da comunidade quilombola da Pedra Bonita.
Data importante
A comunidade quilombola Pedra Bonita respondeu a um censo demogr�fico pela primeira vez. A visita do IBGE foi vista como momento hist�rico pelos moradores. “Nos dados e registros oficiais, n�s n�o existir�amos em mais de 150 anos. Por isso, � uma data t�o importante e hist�rica. Estamos sendo reconhecidos como cidad�os brasileiros”, disse Eul�lia Ferreira, que viveu sempre ali e � guardi� da hist�ria oral da comunidade.
Ruralistas, �bvio!
Em v�deo compartilhado ontem, em pleno s�bado, o governador do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), declarou apoio � candidatura do presidente Jair Messias Bolsonaro (PL). Na publica��o, o tucano chama Jair Bolsonaro de “amigo presidente” e diz que vai trabalhar pela reelei��o por acreditar que � o melhor para o pa�s e para o estado. Al�m de Azambuja, governadores de outros 11 estados se colocaram ao lado do chefe do Executivo na disputa no segundo turno. Ele conta tamb�m com a conhecida bancada ruralista, que dispensa mais coment�rios.
Para finalizar
“Tenho conversado com todo mundo. Com economistas de v�rios partidos e de v�rias matizes das universidades, at� porque a arte de governar esse pa�s – e a solu��o – n�o ser� obra de um homem ou de um partido s�.” Quem diz em alto e bom som � o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT), que est� em campanha por mais um mandato. O candidato disse que a solu��o para os problemas atuais passa pelo di�logo e que s� a democracia � capaz de proporcionar. E ele pediu que seus eleitores n�o caiam em provoca��es nas ruas, e fiquem atentos para denunciar.
Vira voto
“A miss�o agora � virar voto!!! For�a total. Vamos vencer. #PTNuncaMais.” A mensagem nas redes sociais, de ontem � tarde, � do deputado federal mais votado do pa�s no primeiro turno. Nikolas Ferreira, que � vereador em Belo Horizonte, obteve quase 1,5 milh�o de votos para a C�mara dos Deputados. Ele � um dos principais aliados do presidente da Rep�blica, Jair Messias Bolsonaro (PL), na busca do segundo mandato no Pal�cio do Planalto. Nikolas j� disse, inclusive, que ir� ao Nordeste para puxar votos para o chefe do Executivo federal.
Pinga-fogo
“Lula n�o tem mais o favoritismo que tinha no primeiro turno.” � o que garante o ex-diretor do instituto Datafolha Mauro Paulino, que agora atua como comentarista pol�tico, sobre o segundo turno da disputa pelo Pal�cio do Planalto contra o presidente Jair Bolsonaro (PL).
A mudan�a de avalia��o ocorre porque havia expectativa, conforme os n�meros das pesquisas eleitorais, de que Lula vencesse no primeiro turno. As urnas mostraram, entretanto, n�meros maiores para Bolsonaro, al�m da elei��o de seus principais aliados. Isso torna a disputa agora sem favorito, com chances reais de virada, completa Mauro Paulino.
O presidente Jair Messias Bolsonaro e seus aliados, em especial, t�m usado, nas �ltimas semanas, as redes sociais para propagar indicadores econ�micos que, na avalia��o deles, atestariam a recupera��o do pa�s ap�s as perdas decorrentes da pandemia da COVID-19.
O jeito ent�o � trazer alguns �ndices, j� que dados da pesquisa Datafolha, encomendada pela Globo e pelo jornal Folha de S.Paulo, divulgados ontem, mostram os temas mais importantes para os eleitores na hora de decidir o voto para o segundo turno.
Vamos a eles: o combate ao crime e o combate � corrup��o s�o considerados importantes por 85% dos eleitores, no n�vel da defesa dos direitos trabalhistas (83%), defesa da democracia (82%), a redu��o do desemprego (82%), a defesa do meio ambiente (81%) e o combate � infla��o (81%).
A margem de erro da pesquisa � de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Sendo assim… FIM!