
Temos motivos para comemorar. O n�mero de mulheres na C�mara de Belo Horizonte passa de 4 para 11. Sendo uma mulher trans, a mais votada! Duas representantes negras, n�o t�nhamos nenhuma! Ainda n�o estamos perto da equidade, mas j� estamos mais representadas. A participa��o feminina triplicou! Isso � lindo!
Entre 1º de outubro e 13 de novembro, fiz lives com 24 candidatas, de Belo Horizonte e da Regi�o Metropolitana de BH e de S�o Paulo. Foi uma experi�ncia gratificante poder conhecer a diversidade de pensamento entre todas aquelas mulheres, e o preparo da maioria das candidatas. Embora muito diferentes, uma preocupa��o todas t�m em comum, a inf�ncia.
Existem pesquisas que mostram que a mortalidade infantil diminui quando a participa��o feminina � maior nas esferas pol�ticas. E esse efeito positivo � o mesmo se a eleita for de um partido de esquerda, de centro ou de direita. E isso me deixa feliz e aliviada. Esse olhar feminino � muito bem-vindo!
Nessas elei��es, ficou claro que as pessoas pensaram mais antes de votar e venceu a democracia e a diversidade. O recorde no n�mero de vereadoras trans eleitas Brasil afora � um recado claro dos eleitores contra a onda conservadora e negacionista que invadiu o pa�s.
Em Belo Horizonte, Duda Salabert, mulher trans, casada e m�e, teve uma vota��o muito expressiva, foi a candidata mais votada, com mais de 37 mil votos. S�o Paulo elegeu duas pessoas trans; em Niter�i, tamb�m foi eleita pela primeira vez uma mulher trans. E isso aconteceu em v�rios outros munic�pios do pa�s.
Lembrando que o Brasil � o pa�s que mais mata pessoas transexuais no mundo, as urnas mostram que queremos mudar essa situa��o. Posso dizer que a elei��o da Duda abalou a masculinidade fr�gil de muitos homens e ainda deixou a tradicional fam�lia mineira de cabelo em p�.
N�o foram poucos os coment�rios transf�bicos que pudemos acompanhar nas redes, e vamos lembrar, discrimina��o por orienta��o sexual e identidade de g�nero � crime. E a identidade de g�nero dos outros n�o � problema seu. Se voc� est� bem resolvido com o seu g�nero, seja feliz e n�o fique dando demonstra��es de inseguran�a quanto a isso.
Na sexta-feira (13), pude conversar por quase uma hora com a Duda Salabert em uma das lives que fiz pelo Padecendo. O papo deixou claro o porqu� de ela ser querida por tantos eleitores. Ela tem ideias bem ut�picas para a cidade, como o plantio de uma muda de �rvore para cada voto recebido.
A descanaliza��o de c�rregos e rios. Eu gosto dessa utopia. Destampar os rios, plantar �rvores, criar unic�rnios, reciclar o lixo, melhorar a educa��o e a sa�de p�blica. Sem falar na inclus�o, na diversidade e na pluralidade. Eu quero isso para a minha vida tamb�m, inclusive o unic�rnio.
A descanaliza��o de c�rregos e rios. Eu gosto dessa utopia. Destampar os rios, plantar �rvores, criar unic�rnios, reciclar o lixo, melhorar a educa��o e a sa�de p�blica. Sem falar na inclus�o, na diversidade e na pluralidade. Eu quero isso para a minha vida tamb�m, inclusive o unic�rnio.
No meio dessa pandemia, com o Pantanal e a Amaz�nia em chamas, isolamento social, crian�as longe das escolas e a onda conservadora dessa extrema-direita negacionista, o que a gente quer mesmo � sonhar com cidades mais acolhedoras.
Os guardi�es da Terra plana s�o muitos, se acham enormes, poderosos. N�o perdem tempo com livros. S�o enganados pelo pr�prio ego. A pequenez do esp�rito. A fraqueza do car�ter. A infantilidade dos argumentos. A incapacidade de interpreta��o.
A falta de senso cr�tico. Est�o cada vez menores. Min�sculos. Enferrujados. Parados no tempo. Ultrapassados. Decr�pitos. O discurso de �dio ser� superado.
A falta de senso cr�tico. Est�o cada vez menores. Min�sculos. Enferrujados. Parados no tempo. Ultrapassados. Decr�pitos. O discurso de �dio ser� superado.
Os homens brancos heterossexuais ainda s�o maioria, mas isso est� mudando um pouquinho a cada elei��o. Estamos construindo um futuro mais inclusivo, plural e democr�tico. Demos um pequeno passo, mas foi suficiente para mostrar que o amor sempre vence.
#oamor�oquenosune