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Estado de Minas COLUNA

� beira do caminho

"Precisamos do Brasil vacinado, principalmente contra os falsos Messias, que nos mostraram o caminho oposto daquele que dever�amos ter seguido"


10/12/2022 07:53

Mão sobre um vidro
(foto: Pexels)

O Tremend�o desembarcou. Assim como a Gal, o J� e tantos outros belos artistas que permearam nossas vidas e se foram em 2022.

Erasmo nos deixou "� beira do caminho" com l�grimas nos olhos e uma saudade eterna.

Mas, quem veio para ficar e jamais fica � beira do caminho � o SARS-COV-2. Viaja o mundo inteiro e sempre aparece de cara nova.

Na medida em que retomamos � "normalidade" com a ideia de que "o pior j� passou", a vacina��o caminhou ladeira abaixo. Caiu ainda mais ap�s a declara��o do "fim do estado de emerg�ncia" pelo atual ministro da Sa�de.

O pior n�o passou: o pior � naturalizar um v�rus com enorme capacidade de adaptar-se, principalmente � nossa displic�ncia.

Hoje, com vacina sobrando nos postos de sa�de, vacinamos menos do que no princ�pio de 2021, quando "vacina no bra�o" era motivo de festa e l�grimas de felicidade.

No ritmo que vacinamos hoje, demorar�amos 1.232 dias (3,3 anos) para vacinar 85 milh�es de habitantes que n�o tomaram a primeira dose de refor�o.

As informa��es confusas e at� mesmo antag�nicas vindas do Planalto n�o esclareceram a popula��o que as vacinas eram fundamentais para evitar as formas graves e letais da doen�a, assim como o colapso do sistema de sa�de. Entretanto, as infec��es assintom�ticas e a circula��o viral continuariam a despeito das vacinas.

No princ�pio de 2022, a situa��o piorou com a chegada da variante �micron.

A princ�pio encarada como uma variante "mais fraquinha" do v�rus, alimentou a cruel teoria da imunidade natural como estrat�gia de controle da pandemia.

Retirou-se das vacinas o m�rito do controle da cat�strofe sanit�ria que viv�amos, passando para a benevol�ncia viral a responsabilidade pelo desmonte das terapias intensivas abertas �s pressas no per�odo anterior.

A �micron, desafiando a imunidade conferida por vacinas e infec��o natural, continuou gerando milhares de casos, �bitos e, principalmente, S�ndrome P�s-COVID ou COVID-19 longa, a qual acomete cerca de 20% dos infectados, mesmo por formas brandas.

Em linguagem comum e simples: quem se infectar pela �micron precisa entender que a infec��o por essa variante, ou qualquer outra, n�o gera imunidade protetora duradoura. No m�ximo por seis meses ficamos protegidos contra formas graves, as quais geram hospitaliza��o e �bito.

Por�m, apostar em imunidade natural � cruel e um enorme risco.

Al�m disso, infec��es repetidas pela COVID-19 aumentam a chance de complica��es s�rias, como embolias, infarto do miocardio, acidente vascular cerebral, insufici�ncia renal e doen�as auto-imunes.

Num cen�rio de variantes mais transmiss�veis, a solu��o para reduzir o risco de infec��o e suas complica��es, al�m da vacina��o em dia, � o uso de m�scaras, higieniza��o das m�os e dist�ncia das aglomera��es e pessoas infectadas. Por isso testes e isolamento continuam sendo extremamente importantes.

Mesmo com as vacinas de "segunda gera��o", ou "adaptadas", a expectativa continua sendo de prote��o contra hospitaliza��o e �bitos.

At� termos acesso �s vacinas bivalentes, as vacinas dispon�veis possuem vantagens suficientes para justificar o seu uso.

O novo governo deve retomar de modo urgente a campanha de vacina��o contra a COVID-19 e a todas as outras doen�as evit�veis por vacinas. Os problemas est�o diagnosticados pela comiss�o de transi��o. Devemos e podemos, em 2023, superar a polariza��o e a hesita��o vacinal.

O enfrentamento desse desafio passar� obrigatoriamente por �rg�os de controle e de seguran�a. Mentir e enganar contra a sa�de p�blica � crime. A cria��o, divulga��o e a dissemina��o de informa��es falsas sobre vacinas podem ser enquadradas em pelo menos oito artigos do C�digo Penal Brasileiro.

Precisamos do Brasil vacinado, principalmente contra os falsos Messias, que nos mostraram o caminho oposto daquele que dever�amos ter seguido e nos deixou � beira do caminho e � margem da hist�ria, com mais de 700 mil mortos, dos quais, cerca de 500 mil seriam evit�veis.

*Parte desse texto foi retirado e inspirado em publica��o do Twitter do Dr.Nesio, pelo qual tenho profunda admira��o e respeito. https://twitter.com/dr_nesio/status/1594424420814229504

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