As mortes por suic�dio ainda apontam uma estat�stica elevada e muito
assustadora, representando a 3a. principal causa de �bito entre jovens de 15 a 29
anos. A cada 40 segundos, uma pessoa se mata no mundo, sendo que 90% dessas
ocorr�ncias poderiam ser evitadas, conforme dados da Organiza��o Mundial da
Sa�de (OMS).
A estimativa brasileira � de uma morte a cada 45 minutos, sendo que, a cada
falecimento, outras 20 pessoas ainda tentam contra a pr�pria vida. Anualmente, mais
de 700 mil pessoas cometem suic�dio e, por esse motivo, as campanha, como a do
"Setembro Amarelo" e todas as outras a��es e iniciativas s�o bem-vindas e importantes
para contribuir com a revers�o dessa terr�vel realidade, destacando os riscos e
motivos que levam uma pessoa a acabar contra a pr�pria vida.
Mais assustador que esse tipo de morte � o fato de a maioria dos brasileiros
ter medo de conversar sobre o tema e, muito menos, sobre como ajudar.
Lamentavelmente, o assunto ainda � um tabu, sendo pouco abordado no cotidiano.
A depress�o e a ansiedade, infelizmente, ainda s�o consideradas mal do
s�culo, sendo as doen�as mais populares, relacionadas ao desejo de tirar a pr�pria
vida, fazendo com que muitos acreditem estar em uma situa��o dif�cil de seguir em
frente.
Os motivos s�o diversos, sendo que parte deles � por se arrepender e n�o se
perdoar pelas escolhas do passado, outros, por ser algo imposs�vel de ser remediado,
ou a quest�o de um futuro incerto. A verdade � que qualquer uma dessas situa��es
consome os pensamentos e provoca muitas inseguran�as.
Ao longo dos anos, a depress�o come�ou
a receber uma aten��o crescente, juntamente com outros fatores,
envolvendo a sa�de mental. A depress�o causa sintomas intensos, como tristeza e
solid�o, associados � sensa��o que n�o existe uma solu��o.
A pr�pria depress�o pode ser desencadeada por outros problemas, como o
bullying, traumas, desilus�es amorosas e familiares, diagn�stico de doen�as, perda do
emprego, uso de �lcool e drogas e, at� mesmo, as redes sociais.
O ritmo do cotidiano, as pr�prias preocupa��es e a falta de conhecimento
sobre o assunto, divesas vezes, impedem um olhar mais atencioso com o pr�ximo, impedindo um cuidado que precisaria ter, observando e reconhecendo sinais de,
alerta, como falas ou atitudes indicadoras de um maior risco, como a depress�o e,
eventualmente, direcionando a um suic�dio. Alguns desses sinais seriam o discurso e
o expl�cito desejo de tirar a pr�pria vida, ou falas negativas, mas, o desinteresse,
isolamento, m� alimenta��o, mudan�as nos h�bitos relacionados ao sono e a
agressividade, s�o sinais comuns e muito alarmantes.
Pode parecer incr�vel, mas fato � que esses problemas t�m origem nas
mudan�as repentinas no cotidiano, traumas, d�vidas e ocorr�ncias familiares que
diminuem a qualidade de vida e afetam os objetivos individuais, obrigando muitos a
lutarem, por�m, sem saber pelo que est�o lutando.
A recomenda��o � as pessoas se analisarem, identificando o que esperam de
seus sonhos e desejos, pois, quando se � poss�vel perceber onde se quer chegar,
consegue-se identificar que ainda existe um longo caminho a ser percorrido.
A depress�o acontece quando o indiv�duo n�o tem energia para mudar seu
cotidiano, afinal, com a baixa dos neurotransmissores, ligados ao �nimo e humor de
forma geral, come�a a ser vencido pela fragilidade e dificuldade para reagir, sendo
consumido por pensamentos de fracassos insistentes.
Os sinais da patologia podem ser percebidos pela falta de equil�brio nas
atividades di�rias, como excesso de sono, alimenta��o compulsiva, estresse,
agressividade etc, indicando a necessidade de buscar ajuda profissional
especializada urgente.
As campanhas e iniciativas alertam a popula��o para pedir ajuda, afinal �
preciso conscientizar sobre os aspectos envolvendo a quest�o do suic�dio e quebrar
o estigma desse tema. Milhares de indiv�duos, inclusive, evitam, se quer, conversar
sobre o tema. A verdade � que todos precisam ter aten��o a comportamentos e falas
dirigidos aos outros, porque, nem sempre, sabe-se o que cada um est� passando.
Sorrisos podem esconder profundas feridas.
� preciso esclarecer que o di�logo sobre o su�cidio n�o provoca mais su�cidio,
contudo, tamb�m � preciso alertar que o sil�ncio e-ou ignorar n�o �, nem de longe, a
melhor forma preventiva. O tema � delicado, realmente, sendo necess�rias
abordagens cuidadosas, evitando o excesso, a romantiza��o, ou qualquer outra forma
de abordagem imprudente.
Caso conhe�a algu�m com depress�o ou pensamentos suicidas, demonstre
empatia e ajude. � crucial estabelecer um ambiente para a pessoa se sentir
confort�vel e � vontade para conversar e expressar seus sentimentos. A preven��o
tamb�m passa pela busca de orienta��o de um especialista.
Felizmente, existem diversas op��es para ajuda, inclusive, gratuitas como o
“Centro de Valoriza��o da Vida” (CVV), funcionando sempre e, principalmente,
durante a madrugada, momento em que a ins�nia e os pesadelos s�o considerados
os principais desencadeadores de pensamentos. O contato pode ser feito pelo
telefone 188, chat, e-mail ou carta, quando volunt�rios acolhem as pessoas com
aten��o e palavras humanizadas.
Reconhecer os sinais e prevenir � essencial. Cuidar da mente � uma
quest�o de sa�de p�blica e afeta diretamente a qualidade de vida. Lembre-se que
ningu�m tem culpa e voc� n�o est� s�.