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Estado de Minas Dicas de portugu�s

TSE lan�a cartilha com 40 palavras e express�es politicamente incorretas

Tribunal Superior Eleitoral condenou o uso de nega maluca, denegrir, inveja branca, magia negra e ovelha negra. At� esclarecer entrou na lista


18/12/2022 04:00 - atualizado 17/12/2022 02:43

Mão de juiz bate o martelo

O Tribunal Superior Eleitoral lan�ou cartilha pra l� de pol�mica. Trata-se de Express�es racistas: por que evit�-las. Nela, lista 40 palavras e express�es consideradas politicamente incorretas porque remetem ao racismo. � o caso de denegrir, esclarecer, nega maluca, inveja branca, magia negra, ovelha negra.

Politicamente correto

H� palavras e palavras. Algumas informam. Outras emocionam. H� as que mobilizam para a a��o. Todas t�m hora e vez. Cuidado especial merecem as que ofendem ou refor�am preconceitos. Grupos organizados – movimento negro, movimento LGBTqia+, movimento feminista – est�o atentos aos voc�bulos politicamente incorretos.  Recomenda-se cuidado para n�o ofender nem agredir o leitor ou o ouvinte.

Modera��o

Mas n�o exagere. Cabeleireiro � cabeleireiro, n�o hair stylist. Costureira � costureira, n�o estilista de moda (outra especialidade). Manicure � manicure, n�o esteticista de unhas. Empregada dom�stica � empregada dom�stica, n�o secret�ria do lar. Dona de casa � dona de casa, n�o do lar ou especialista em prendas dom�sticas. Cego � cego, mudo � mudo, surdo � surdo, surdo-mudo � surdo-mudo. Pessoa com defici�ncia nem sempre tem a precis�o desses termos. Quando necess�rio, use-os sem constrangimento.

Curiosidade

O radialista Airton Medeiros estava entrevistando ao vivo a presidente de uma associa��o de cegos em programa da R�dio Nacional. Tratava-a de cega at� receber um papelzinho com a recomenda��o de que a tratasse de “pessoa com defici�ncia visual”. Antes de obedecer � ordem, perguntou se deveria continuar tratando-a de cega ou tinha de mudar para pessoa com defici�ncia. Ela aproximou as m�os do rosto dele at� tocar os �culos. Ent�o afirmou: “Pessoa com defici�ncia visual � voc�, que usa �culos. Eu sou cega”.

Alvos

Cor, idade, peso, altura, origem, condi��o social e tend�ncias sexuais s�o as principais v�timas das brincadeirinhas, piadas preconceituosas ou uso “sem inten��o de ofender”. Como agir?

1. Alto, baixo, gordo, magro, grande, pequeno s�o relativos. Algu�m pode ser alto pra uns e baixo pra outros. Diga a altura, o peso, o tamanho: 1,95m, 50kg, 300kg.

2. Negro � ra�a. Nessa acep��o, use-o sem pensar duas vezes. Pel� � negro. N�o � escurinho, crioulo, negrinho, moreno, negr�o ou de cor.

2.1. Evite o adjetivo negro em express�es de conota��o negativa. Em vez de nuvens negras, prefira nuvens pretas ou escuras. Em lugar de lista negra, d� nome aos bois: lista de maus pagadores, lista de alunos relapsos, lista de sonegadores.

2.2. Apague denegrir de seu dicion�rio. Prefira comprometer. Elimine tamb�m judiar (da fam�lia de judeu). Substitua-o por maltratar.

2.3. Quer indicar cor? O preto est� �s ordens.

3. Para�ba e cabe�a-chata? N�o. Identifique o estado de origem com precis�o (paraibano, pernambucano, cearense). Se quiser generalizar, use o adjetivo indicador da regi�o: nordestino, nortista, sulista.

4. Bicha, veado, sapat�o? X�! Fique com homossexual, gay, l�sbica, LGBT.

Diga

Chin�s, coreano, japon�s (n�o: japa, china, amarelo).
Idoso (n�o: velho, decr�pito, gag�, p� na cova).

Pobre, pessoa de baixa renda (n�o: pobret�o, p� de chinelo, ral�, mulambento, raia mi�da).

Pessoa com defici�ncia (n�o: portador de defici�ncia, deficiente f�sico, deficiente mental).

Religioso (n�o: papa-h�stia, igrejeiro, carola).
Travesti (n�o: traveco).

Conclus�o

Vale o bom senso. Na d�vida, pergunte-se se a palavra ou a express�o podem ofender algu�m ou refor�ar preconceito. Se a resposta for sim, busque alternativa. N�o � o caso de esclarecer, citada pelo TSE. Ela deriva de claro, que se op�e a escuro, que remete ao preconceito racial. � exagero, n�o?

Leitor pergunta

Usa-se a norma culta na fala?

Guilherme Haus, Bras�lia

Ao respeitar as concord�ncias, as reg�ncias, as pron�ncias, as coloca��es, estamos usando a norma culta – a aprendida na escola e ensinada por dicion�rios e gram�ticas. Quanto maior o dom�nio da l�ngua, maior a liberdade do falante porque conquista a liberdade de optar entre isto ou aquilo. S� � livre quem pode escolher.

Recado

“A forma mais odiosa de censura que conhe�o � o politicamente correto.”
• Boni







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