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Estado de Minas DA ARQUIBANCADA

Mais uma batalha dram�tica na guerra particular do Cruzeiro

Que o time jogue tudo e um pouco mais no duelo com o CRB, que vale vaga na pr�xima fase da Copa do Brasil


26/08/2020 04:00

Se no Mineirão o resultado foi ruim diante do CRB, em Maceió o time tem de brigar até o fim pela classificação na Copa do Brasil(foto: ALEXANDRE GUSZANSHE/EM/D.A PRESS %u2013 11/3/20)
Se no Mineir�o o resultado foi ruim diante do CRB, em Macei� o time tem de brigar at� o fim pela classifica��o na Copa do Brasil (foto: ALEXANDRE GUSZANSHE/EM/D.A PRESS %u2013 11/3/20)


“Quem n�o estiver preparado para a guerra, entrega a farda”. Esse brado ressoou menos de 24 horas ap�s a vexat�ria exibi��o do escrete estrelado diante da Chapecoense no Mineir�o. Senti minha alma de cruzeirense como um mar revolto a me sacudir por todos os lados. Voltei no tempo. Rememorei meu pai, com dedos firmes, me puxando – � for�a – o queixo para o alto, quando eu ficava cabisbaixo. N�o me permitia choramingar ou abaixar a cabe�a diante de uma dificuldade.

Dias depois, ap�s o modorrento empate com o Confian�a, para suportar essa outra porrada, decidi escutar novamente o chamamento: “Quem n�o estiver preparado para a guerra, entrega a farda”. A voz enfurecida era do amigo Jo�o Paulo Big, “A enciclop�dia azul”, alcunha dada por seu profundo conhecimento sobre a hist�ria cruzeirense. Ele, bra�o em riste, bon� azul na cabe�a a se me mexer em sinal de desaprova��o, chamando diretoria, jogadores e principalmente, n�s, torcedores, � realidade. Foi como um tiro no peito do meu pessimismo.

Antes de tudo, � preciso situar os fatos: a derrota com o gol do Anselmo “6x1” Ramon, o sofr�vel empate em Aracaju, a S�rie B. Entender, de uma vez por todas, o momento atual. Quando estamos tentando sobreviver � tentativa de assassinato cometida pela gest�o Wagner Nonato Pires Machado de S�. Jamais, por nenhum segundo, nos permitamos esquecer que vivemos uma guerra, e n�o um passeio � Disneyl�ndia, como, �s vezes, o pr�prio clube e os torcedores virtuais parecem estar encarando tudo isso.

Urgente se faz trazer os condutores de nossa esquadra para a responsabilidade do posto: o de respeito � imagem de um clube s�rio, e n�o fr�volo. Deixemos o mundo de Walt Disney para outra turma afeita ao faz de conta, para a qual basta um Tio Patinhas cobrindo rombos e uma aldeia de Patos Donalds a florear hist�rias vazias, para patetas de sapat�nis se imaginarem Mickey Mouse.

Por outro lado, ao pedir de volta a farda aos n�o guerreiros, gente indisposta a lutar pelo (e com o) Cruzeiro nos momentos de guerrilha e sobreviv�ncia, o brado entoado por Jo�o Paulo torna-se uma aula sobre o DNA azul-celeste. Resumindo, s� somos gigantes exatamente porque fizemos dos momentos dif�ceis o caminho para as gl�rias.

Imagine voc� se o nosso presidente Mario Grosso, ao deparar-se com a pen�ria do clube durante os anos da II Guerra Mundial, tivesse desistido de pedir a ajuda financeira da torcida e a m�o de obra de jogadores, como o �dolo Geraldo II, para modernizar o Estadinho do Barro Preto em 1945? E se a ala pessimista da diretoria, que lutou pelo fim do futebol do Cruzeiro na d�cada de 1950, tivesse levado sua teoria a cabo, impedindo os primeiros passos de Fel�cio Brandi e Carmine Furletti? O que dizer se o saudoso presidente Benito Masci n�o tivesse resili�ncia para recuperar um clube devastado financeiramente na d�cada de 1980? Se Alex “O Talento”, desprezado em 2001, resolvesse n�o voltar ao Cruzeiro para a Tr�plice Coroa? Por fim, imagine-se torcendo para um time incapaz de superar adversidades para ser recompensado anos, d�cadas, cap�tulos e t�tulos depois?

Termino por tomar para mim a responsabilidade do novo brado. Assim o fa�o: Hoje � dia de Cruzeiro! Quando o juiz apitar o in�cio da peleja contra o CRB, logo mais, ser� o in�cio de mais uma batalha dram�tica de nossa guerra particular. Aos soldados de raiz sugiro a farda.

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