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Estado de Minas DA ARQUIBANCADA

A SAF Cruzeiro ainda vai irritar muita gente at� se tornar uma realidade

Ser contra ou a favor do modelo jur�dico do clube-empresa, no caso espec�fico de n�s, cruzeirenses, agora, � um posicionamento n�o t�o relevante


01/12/2021 04:00

torcida celeste
Que a mudan�a preserve (e respeite) exatamente o patrim�nio mais valioso do Cruzeiro, ou seja, a paix�o da maior torcida de um clube fora do eixo RJ-SP (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A. Press)


“O que n�o tem rem�dio, remediado est�.” Esse prov�rbio milenar poderia estar no subt�tulo do registro da Sociedade An�nima de Futebol Cruzeiro Esporte Clube, a SAF do Time do Povo Mineiro, por mais paradoxal que isso possa significar. Ser contra ou a favor do modelo jur�dico do clube empresa, no caso espec�fico de n�s, cruzeirenses, agora, � um posicionamento n�o t�o relevante para contribuir com o futuro. Isso porque a decis�o j� est� sacramentada. Portanto, nos resta sermos ativos na constru��o de um rumo para essa nova fase de nossa hist�ria, onde ele preserve (e respeite) exatamente o patrim�nio mais valioso do Cruzeiro, ou seja, a paix�o da maior torcida de um clube fora do eixo RJ-SP.

Como bem sabe os que me acompanham com frequ�ncia nesses meus rabiscos semanais, sou um ferrenho opositor � mercantiliza��o do futebol. N�o por menos, h� quase 30 anos n�o assisto um minuto sequer dos campeonatos europeus. Acompanho com sadismo o ex-po�tico e ex-apaixonante futebol brasileiro se enterrar na mesma latrina, onde o camisa 10 deixou de ser o craque da bola, e se tornou o bilion�rio agiota, o empres�rio lobista ou o mecenas do Brasil Mis�ria.

Mas respeitando a abertura dessa reflex�o, agora, � preciso olhar para frente. N�o � ser contra ou a favor da SAF Cruzeiro. � escutar, ler, pesquisar, fiscalizar e principalmente, contribuir para que esse novo modelo, que passar� a dita o rumo do nosso time, seja ben�fico sim para quem resolver investir no retorno que nossa paix�o pode dar, mas que tamb�m respeite a nossa hist�ria, pois ela n�o come�a a partir do bolso de um bilion�rio.

Dito isso, um conselho. Tenha muito cuidado com as fontes, os comunicadores, os politiqueiros oportunistas, e os ve�culos de imprensa marrons (nem todos s�o) que come�ar�o a emitir opini�es e “verdades” sobre o rumo que o Cruzeiro deve tomar. Ao escut�-los (ou a seus empregados) pense bem; se pergunte quem est� por tr�s daquela not�cia ou opini�o; que camisa esconde por debaixo do crach� ou do terno; que conhecimento possui ou se tudo n�o passa de �dio travestido.

Lembre-se sempre que a mercantiliza��o do futebol chegou (infelizmente). E nesse “mercado do futebol”, o torcedor � analisado como um consumidor de produtos (times). Mas ao contr�rio dos segmentos de pasta de dente, bancos ou vinhos, dificilmente, quem a vida toda “comprou” uma marca, a trocar� por outra. Ou seja, para fazer com que o Cruzeiro deixe de ser “a marca mais consumida” fora do eixo RJ-SP, s� existe dois caminhos para seus concorrentes: o de longo prazo, que passa por criar um mercado consumidor longe de existir ou o de curto e m�dio prazo, que � fazer de tudo (mesmo que de forma il�cita ou imoral) para que o “l�der de mercado” fique exatamente fora dele.

Se a SAF � a luz no fim do t�nel para uns ou o pr�prio escuro total do fim, para outros, n�o importa agora. � preciso dar um passo � frente na constru��o desse debate. Por isso, continuemos atentos � forma como esse modelo ser� implantando. Afastemos especuladores. Mas sejamos incondicionalmente vigilantes quanto aos concorrentes que podem defender ou atacar a SAF n�o com o intuito de querer o bem para o Cruzeiro, mas sim, para tir�-lo da pra�a, como se diz no vocabul�rio da malandragem.

Claramente, existem interessados no “neg�cio Cruzeiro” e mudan�as no estatuto precisar�o ser feitas. Isso vai gerar muita gritaria. Como bem disse um amigo cruzeirense, extremamente conhecedor desse mercado, hoje, o Cruzeiro � o melhor neg�cio para quem quer investir no “mercado do futebol”: est� em baixa (ou seja, o pre�o de mercado � baixo), tem perspectiva de em uma temporada dobrar seu “valor de venda” e o principal, det�m a maior torcida (volume de consumidores) de Minas Gerais. Nessa �ltima frase, deixo, o meu ponto de interroga��o na sua cabe�a, querido amigo cruzeirense, sobre o motivo de muitos necessitarem da nossa derrocada. Por isso, agora, devemos estar juntos para defendermos esse patrim�nio t�o valioso e que � a pedra no sapato dos nossos concorrentes.


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