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Estado de Minas DA ARQUIBANCADA

Com o hor�rio indecente, cantarei pela Na��o Azul

Marca��o da estreia do Cruzeiro no Mineiro para as 17h � indefens�vel, mas revela medo e vergonhosa cumplicidade


26/01/2022 04:00 - atualizado 26/01/2022 08:18

Torcida do Cruzeiro
Como a partida num fim de tarde de um dia �til impedir� a presen�a de tantos torcedores, seremos um s� canto por eles (foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press - 28/20/21)


Quando o Time do Povo Mineiro entrar em campo �s 17h desta quarta-feira, contra a URT, para reencontrar seus torcedores, a maioria deles, oper�rios e trabalhadores, ainda estar� “em servi�o”. Longe de baterem seus cart�es de ponto a tempo de correr para as arquibancadas ou at� uma televis�o. Por absoluto medo da Na��o Azul, maquiavelicamente marcaram a peleja inaugural do Cruzeiro de 2022 para o hor�rio comercial de um dia �til.

O que sinto com rela��o � estrat�gia dessa gente? Um orgulho ainda mais gigantesco por ser palestrino/cruzeirense. Minha altivez � a mesma a cada epis�dio da hist�ria em que o car�ter tremido de quem odeia o Cruzeiro salta aos olhos.

Por�m, abro par�nteses (ou seria pol�mica) para ser dissonante quanto � atitude da emissora de TV, que, por contrato assinado – inclusive pelo Cruzeiro Esporte Clube, tem a prerrogativa de decidir sobre as datas da Country Cup. Tenho para mim ser perfeitamente compreens�vel (mas jamais aceit�vel) a estrat�gia comercial de relegar a hor�rios estapaf�rdios as partidas sobre as quais uma outra empresa de comunica��o tem os direitos de transmiss�o.

Nesse caso, a emissora n�o foi contra o Cruzeiro, mas, sim, contra os ganhos de uma concorrente. Sejamos menos passionais. Fossem os direitos referentes aos jogos do Atl�tico de Lourdes, por exemplo, a estrat�gia seria a mesma. Agora, se a diretoria da Turma do Sapat�nis aceitaria calada, como a do Cruzeiro e da sua SAF ficaram, isso s�o outros qui- nhentos e prefiro omitir minha opini�o, evitando ser lan�ado � fogueira da inquisi��o.
 
J� quanto � Federa��o Medonha dos Futebolistas (da elite mineira), a tal FMF, essa, sim, a latrina da cartolagem h� boas d�cadas, n�o me surpreende sua cumplicidade e omiss�o. Quando ainda se chamava Liga de Desportos Terrestres, no in�cio do s�culo 20, ela j� era curral dos clubes da oligarquia de Belo Horizonte. Omissa nas tentativas preconceituosas de impedir o crescimento do Palestra/Cruzeiro.

Al�m da complac�ncia com dezenas de Cidinhos “Bola Nossa”, n�o s�o poucos os epis�dios em que o medo do Time do Povo Mineiro saltou aos olhos de maneira vergonhosa. Em 1926, por press�o dos abastados da Alameda e de Lourdes, tentou coagir o Palestra It�lia � submiss�o. O sumi�o da ta�a do tricampeonato de 1928/29/30. A anula��o de um Am�rica e Uberaba, em 1957, com a desculpa do tamanho das traves para tirar a conquista do turno do Cruzeiro. O baile de 1984 e o sil�ncio frente � pat�tica tentativa de virada de mesa de Elias Kalil.

Por�m, amigo e companheira celestes, pergunto-lhes: por que todos esses fatos, fruto do completo medo do Cruzeiro e de “sofr�ncia”, n�o t�m destaque na nossa hist�ria? Exatamente porque voc� nasceu ou escolheu ser C-r-u-z-e-i-r-o! Teve a sorte de n�o necessitar da FMF, das falsas narrativas constru�das pela “aldeia” ou das mesadas de bilion�rios do Brasil Mis�ria. Voc� venceu tudo isso com trabalho, com cart�o de ponto batido e muito suor. Ganhou, perdeu, comemorou, chorou e seguiu a vida de labuta e paix�o com honestidade, como deveria ser para todos.

Daqui a algumas horas, vestirei meu manto sagrado. �s costas, o nome de uma antiga faxineira que, certamente, estaria em “hor�rio de servi�o” na tarde de hoje: Salom�, a maior torcedora do mundo. Serei um em meio a parte da Na��o Azul que poder� rumar ao Gin�sio do Horto.

Farei isso por amor incontrol�vel ao Cruzeiro; para matar a saudade de v�-lo em campo e, principalmente, para honrar todos os trabalhadores, oper�rios, pais e m�es de fam�lia cruzeirenses, que, infelizmente, pelos compromissos de uma vida dura, n�o poder�o estar l� conosco.

O fato de arquitetarem para que muitos de n�s n�o assistam � partida do nosso time do cora��o, seja nas arquibancadas ou numa TV, � o primeiro trof�u do ano. Para levantarmos com orgulho frente a essa gente, que por medo da Na��o Azul, fez saltar aos olhos o tremido do car�ter. Eu cantarei pelos trabalhadores cruzeirenses!

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