(none) || (none)
Publicidade

Estado de Minas DA ARQUIBANCADA

Comit� de Torcedores: o maior patrim�nio do Cruzeiro ganha voz

O an�ncio veio em mar�o para aplacar a justa ira da Na��o Azul sobre a absurda decis�o da SAF de "branquear" os mascotes Rapos�o e Raposinha


12/07/2023 04:00 - atualizado 11/07/2023 21:18
737

A torcida celeste é o grande legado do clube e agora participa do recém-criado Comitê de Torcedores
A torcida celeste � o grande legado do clube e agora participa do rec�m-criado Comit� de Torcedores (foto: Staff Images / Cruzeiro)

“O maior patrim�nio do Cruzeiro � sua torcida”. Lancei essa m�xima ainda antes do desastre de 2019, quando a organiza��o criminosa da gest�o Wagner Nonato Machado Pires de S� “assassinou por desgosto” a maior torcedora do mundo, Maria Salom�.

Desde ent�o, muitas outras vozes da arquibancada, da cr�nica esportiva e do pr�prio clube definiram a Na��o Azul como principal fator para o gigantismo do time celeste.

Veio a pandemia de COVID-19. Sem a torcida nas arquibancadas, sucumbimos nos dois primeiros anos na divis�o de acesso. Ela voltou em 2022 e ali empurrou nosso escrete at� o fim do pesadelo. Definitivamente, a China Azul reafirmava o seu posto de maior patrim�nio do clube.

Hoje, um novo cap�tulo da rela��o torcida/institui��o come�a ser escrito. Tomam posse os membros do rec�m-criado Comit� de Torcedores.

O an�ncio do Comit� veio em mar�o para aplacar a justa ira da Na��o Azul sobre a absurda decis�o da SAF de “branquear” os mascotes Rapos�o e Raposinha. Cheguei a questionar se tudo n�o passaria de uma cortina de fuma�a para gerenciar aquela crise. Hoje, com satisfa��o, testemunho que minhas suspeitas n�o se concretizaram – ainda bem e parab�ns aos envolvidos. O Comit� dos Torcedores n�o ficou s� no discurso.

Importante dizer que essa iniciativa n�o � in�dita na hist�ria do Cruzeiro. No in�cio dos anos de 1980, a ent�o rela��es p�blicas do clube, �ngela Azevedo, e representantes da torcida criaram a Astoca (Associa��o das Torcidas Organizadas do Cruzeiro). A entidade se reunia regularmente dentro da sede social do Barro Preto; tinha voz ativa na gest�o de Benito Masci e agia concretamente para manter a torcida cruzeirense como a maior de Minas Gerais, mesmo durante um per�odo cr�tico de pen�ria desportiva e financeira.

Gra�as � mobiliza��o da Astoca, por exemplo, no dia 8 de novembro de 1981, o Cruzeiro venceu o “Desafio das Torcidas” proposto pela administra��o do Mineir�o. Tamb�m foi ela que promoveu, na mesma d�cada, o replantio das �rvores do entorno do est�dio, completamente destru�das pelos “filhinhos de papai” da Turma do Sapat�nis, revoltados ap�s uma derrota do Atl�tico de Lourdes.

Relembro a precursora Astoca para desejar que o Comit� de Torcedores realmente n�o se restrinja � presta��o de contas daquele lament�vel epis�dio do Rapos�o. Nomes qualificados para isso, ele possui.

Dentro os escolhidos est�o dois monstros sagrados das arquibancadas, pelos quais nutro carinho profundo: a lenda viva Cristiano “Maranguape”, meu companheiro dos tempos de AGC, e o mestre Wilder “Nem do Rato”, torcedor interiorano, como eu.

Dos grot�es mineiros veem outros importantes integrantes. Da cidade de Ipanema, Victor Carvalho, um dos coordenadores do projeto que mais amo nessa minha vida de cruzeirense, os Redutos Celestes. E de Conselheiro Lafaiete, Karina Dornelas, uma militante de causas important�ssimas, como os direitos das pessoas autistas.

A escolha do �dolo Nonato, companheiro de prosas e bares, por sua simplicidade e amor incondicional pelo Cruzeiro, foi um gol de placa.

J� Ronan Almeida, por seu tom conciliador, traz o respeito do caldeir�o das torcidas organizadas, essas que s�o o pulm�o celeste.

Por m�ritos, Aline Pereira Silva, Alysson Caires e Cl�menceau Chiabi Saliba Jr. completam esse escrete, juntamente com membros da SAF Cruzeiro.

Em se tratando de futebol, consenso � algo ut�pico; e certo que a forma��o do Comit� jamais agradaria a todos, fosse essa ou outra qualquer. No meu caso, por exemplo, tenho restri��es ao privil�gio dado a algumas categorias, como os S�cios Diamante, em detrimentos aos demais s�cios torcedores, mas nada que me impe�a de elogiar a concretiza��o dessa iniciativa.

Temos assuntos importantes que h� anos s�o negligenciados pela institui��o (Associa��o e SAF), como a valoriza��o aos torcedores do interior e de outros estados; a salvaguarda e promo��o da hist�ria do clube e a n�o elitiza��o do futebol. Enfim, parafraseando a Torcida TFC, espero que o Comit� dos Torcedores tenha voz e que do seu canto, saiam gols.

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)