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Estado de Minas ATL�TICO

Atl�tico: as fortunas dos super-ricos que decidem os rumos do clube

Empres�rios de sucesso, Rubens Menin, Ricardo Guimar�es e Renato Salvador auxiliam o Galo nas tomadas de decis�es mais importantes na gest�o S�rgio Coelho


02/09/2021 07:29 - atualizado 02/09/2021 07:35

Renato Salvador, Rubens Menin e Ricardo Guimarães: os super-ricos que comandam o Galo
Renato Salvador, Rubens Menin e Ricardo Guimar�es: os super-ricos que comandam o Galo (foto: Divulga��o)
O momento de euforia vivido pelo Atl�tico dentro de campo, com as contrata��es de grandes estrelas, como Hulk e Diego Costa, e fora das quatro linhas, com a constru��o da Arena MRV, s� est� sendo poss�vel gra�as ao apoio financeiro e gerencial de tr�s empres�rios: Rubens Menin, Renato Salvador e Ricardo Guimar�es. Juntos, eles participam de um �rg�o colegiado que toma as decis�es mais importantes do clube na administra��o do presidente S�rgio Coelho. Outro integrante desse time � Rafael Menin, filho de Rubens.

Os tr�s principais t�m grande sucesso nas empresas nas quais possuem participa��o, com cifras que chegam aos bilh�es de reais. O Superesportes procurou especialistas do mercado financeiro para conhecer a fortuna e saber como andam os neg�cios dos mecenas atleticanos.

Rubens Menin foi considerado o 15º mais rico do Brasil, segundo a revista Forbes de agosto deste ano, que levou em considera��o para o levantamento a participa��o dos empres�rios em companhias listadas em bolsas de valores como principal fonte de informa��o.

A maior parte do dinheiro de Menin tem origem em sua participa��o na construtora MRV. O patrim�nio dele est� avaliado em R$ 18,9 bilh�es. � o empres�rio mais rico de Minas Gerais, de acordo com a publica��o norte-americana.

Segundo o site da MRV, Rubens Menin � propriet�rio de 37,8% das a��es da empresa. O restante � dividido da seguinte forma: outros (46,9%), Atmo (10,1%), Dynamo (4,1%) e executivos e membros do conselho (1,2%). Em 2019, a empresa comprou a AHS Residential, entrando no mercado dos Estados Unidos.

O analista Raul Grego Lemos, da Eleven, elogia o desempenho da empresa neste momento. "A MRV Engenharia apresentou um bom resultado no segundo semestre de 2021, gerando alavancagem operacional e forte crescimento operacional na compara��o anual. Entre os principais destaques, est�o: (I) investimento nas novas frentes segue crescendo; (II) crescimento de 9,7% na receita l�quida, atingindo R$ 1,8 bilh�o; (III) manuten��o das despesas operacionais, compensando o efeito negativo dos aumentos dos custos de materiais que pressionaram a margem bruta; e (IV) lucro l�quido de R$ 203 milh�es, 16,5% acima das nossas estimativas", destacou.

Rubens Menin � o grande fiador das transforma��es no Atl�tico. O est�dio do clube est� sendo constru�do, no Bairro Calif�rnia, em Belo Horizonte, em uma �rea doada pelo empres�rio, avaliada em R$ 49 milh�es. 

Menin ainda comprou o naming rights da arena por R$ 60 milh�es, em contrato de 10 anos. Ao fim desse per�odo, a MRV tem a op��o de extens�o por mais cinco anos por R$ 30 milh�es.

As v�rias contrata��es feitas pelo alvinegro nos �ltimos meses tiveram o apoio financeiro de Menin, que tem cr�dito de cerca de R$ 330 milh�es com o clube, segundo informa��es divulgadas pelo Galo Business Day, em abril.

Outro da fam�lia que apoia o clube � Rafael Menin, com participa��o em tomada de decis�es e atua��o administrativa. Ele � o CEO da MRV. A fam�lia Menin � propriet�ria de conglomerado que inclui a CNN Brasil, o Banco Inter, a Log Commercial Properties e a R�dio Itatiaia, al�m da MRV.

Renato Salvador

Quem entrou para o clube dos super-ricos neste ano foi a fam�lia Salvador, propriet�ria da rede hospitalar Mater Dei, que abriu capital na bolsa em abril. A fortuna da fam�lia est� avaliada em R$ 5,95 bilh�es pela revista Forbes. 

Renato Salvador � o homem de confian�a do presidente S�rgio Coelho em assuntos relacionados ao futebol. Ele foi um dos respons�veis pela chegada do t�cnico Jorge Sampaoli ao Atl�tico. Em 2020, viralizou uma foto na qual Sampaoli aparece bebendo uma ta�a de vinho na casa de Salvador.

Do trio de mecenas, Renato � o mais reservado, evitando apari��es p�blicas na imprensa esportiva.

Irm�o de Renato, o m�dico mastologista Henrique Salvador Silva � o principal nome � frente do Mater Dei, ocupando o cargo de CEO da empresa. De acordo com o site da B3 (bolsa de valores de S�o Paulo), Henrique tem 3,42% das a��es em seu nome. Renato � o segundo, com 2,49%. As irm�s Maria e M�rcia, al�m dos netos do patriarca Jos� Salvador Silva, tamb�m fazem parte do quadro acion�rio. A maioria das a��es est� concentrada na JSS Empreendimentos e Administra��o Ltda, de propriedade da fam�lia (61,76%).

Em relat�rio, a analista Marina Ferraz explicou o momento da rede Mater Dei, novata na bolsa. "Os destaques do trimestre foram: (I) aumento de 6,6 por cento percentual na taxa de ocupa��o no trimestre, passando de 68,1% no primeiro trimestre de 2021 para 74,7% no segundo semestre de 2021, (II) aumento do EBITDA (lucros antes de juros, impostos, deprecia��o e amortiza��o) em mais de 50% ao ano, atingindo 34,6%, seu maior patamar hist�rico, e 10,7 pontos percentuais, acima da mesma m�trica da Rede D'Or, atual l�der do setor; (III) maior n�mero de interna��es relacionadas � COVID-19 e (IV) an�ncio da aquisi��o do Grupo Porto Dias."

Em julho, a rede Mater Dei comprou 70% do Grupo Porto Dias (PDG), maior rede privada de hospitais da regi�o Norte do Brasil, por R$ 800 milh�es, al�m da emiss�o de 27 milh�es de a��es da Mater Dei (7,1% do capital total) em favor dos acionistas da PDG.

Ricardo Guimar�es

Quem fecha o trio de mecenas � Ricardo Guimar�es, que j� presidiu o clube de 2001 a 2006. Ele viveu � frente do Galo um momento dif�cil, com o rebaixamento para a Segunda Divis�o em 2005. Nos �ltimos anos, tem dado suporte financeiro. Al�m disso, doou um terreno para amplia��o da Cidade do Galo em 2006. 

De acordo com o presidente S�rgio Coelho, a chegada do atacante Diego Costa foi bancada em parte pelo dinheiro do empres�rio.

Em junho deste ano, o Atl�tico diminuiu a sua d�vida com a fam�lia Guimar�es em R$ 70 milh�es: de R$ 155 milh�es para R$ 85 milh�es. Do valor que ser� pago, o Atl�tico desembolsar� R$ 20 milh�es ao ex-presidente. Os outros R$ 65 milh�es ser�o quitados em forma de patroc�nio do Banco BMG na camisa do time principal. 

De acordo com o site do BMG, a fam�lia Guimar�es det�m 82,5% das a��es do banco, restando 17,5% para acionistas minorit�rios. O valor de mercado do banco � de R$ 2,3 bilh�es, segundo a Eleven Financial Research, que informa que "o BMG encerrou o segundo trimestre de 2021 com a carteira de cr�dito da companhia em R$ 14,4 bilh�es, com expans�o de 1,7% no terceiro trimestre e 15,7% ao ano".

"O banco teve lucro l�quido recorrente de R$ 85 milh�es no segundo trimestre de 2021, o que representa queda de 2,9% no terceiro trimestre e de 15,2% ao ano", completa a Eleven.

Desafio de fazer o Atl�tico sustent�vel

O grande desafio do trio de mecenas super-ricos e de Rafael Menin � fazer do Atl�tico um time sustent�vel. Com d�vida total de R$ 1,209 bilh�o, o Galo pretende diminu�-la para R$ 341 milh�es at� 2026. Entre 2019 e 2020, o d�bito atleticano aumentou em R$ 462 milh�es.

Para o economista e consultor do Ita� BBA, Cesar Grafietti, o grande risco do projeto do Atl�tico � n�o conseguir se sustentar sem o dinheiro dos bilion�rios. "Voc� s� consegue sair dessa armadilha quando tiver um volume de receitas que � capaz de pagar sozinho as suas contas. Onde o projeto espera terminar? Na hora que o est�dio (Arena MRV) estiver pronto. A� voc� agrega mais receitas com bilheteria, s�cio-torcedor, ter mais conquistas que permitam aumentar a receita vari�vel de premia��o e de TV, eventualmente vendendo jogadores, melhorando a gest�o de publicidade", disse o economista, em entrevista ao Superesportes em julho deste ano. 

"Todo projeto tem um risco. Certamente, esse � um risco conhecido e medido na estrutura do Atl�tico at� pela hist�ria da fam�lia Menin nos neg�cios. � um problema que o clube precisa come�ar a reduzir os custos com uma receita menor. A gente s� vai saber o resultado desse grande projeto em tr�s, quatros anos, nas horas em que as coisas estiverem funcionando no est�dio. Se haver� sucesso, ou se precisar� repensar alguma coisa no meio do caminho", completou.

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