Estamos vivendo um per�odo important�ssimo da hist�ria do nosso planeta. A pandemia da COVID-19 pegou todos de surpresa. Com isso, tudo mudou. Se fal�ssemos numa reuni�o do Natal passado, por exemplo, que em maio de 2020 o mundo estaria sob alerta por causa de um v�rus, um inimigo invis�vel, voc� acreditaria? Todos com novos h�bitos, preocupa��es e anseios. Aulas presenciais come�aram a ser on-line, festas canceladas, reuni�es de fam�lia, aeroportos fechados e, por fim, o distanciamento social!
Pessoas come�aram a ficar ansiosas, n�o temos uma data para que tudo passe e acabe. Incertezas fazem parte do nosso cotidiano como nunca aconteceu, a escola aumentou as tarefas de casa, adolescentes cansados de ficar sem ver os amigos, sentindo-se pressionados com tudo o que est�o ouvindo falar.
� assustador. Acredito que n�o tenha ningu�m que “n�o esteja ligando”, mas muitos dizem que estamos todos no mesmo barco, apesar de essa n�o ser a minha opini�o. Estamos � na mesma tempestade! Acredito que a pandemia s� aumentou e externou ainda mais a desigualdade social no Brasil. Muitas pessoas saem para trabalhar, pois dependem daquele dinheiro para servir comida para os filhos, enquanto outras t�m o privil�gio de poder ficar em casa, sem passar necessidades financeiras.
Temos que ressignificar a quarentena. Ela n�o � uma pris�o, � um privil�gio. E � necess�ria! Fomos “obrigados” a olhar para o pr�ximo, a nos preocupar com aqueles que amamos e at� mesmo com aqueles que nem conhecemos! Recebi um discurso do presidente de Uganda e quero destacar dois pontos: “Durante uma guerra, voc� n�o insiste em sua liberdade, voc� voluntariamente desiste em troca de sobreviv�ncia. Durante uma guerra, voc� � grato a Deus por ter visto outro dia na terra dos vivos...” Somente numa a��o coletiva, com muita disciplina, paci�ncia, distanciamento f�sico e social, poderemos sobreviver a esse v�rus.
Em meio a tudo isso, temos os profissionais da sa�de, que arriscam diariamente a vida para salvar outras. Vidas de pessoas que eles, muitas vezes, n�o conhecem. Vamos ver o amor que ainda circula no mundo por meio dessas atitudes. Nem tudo est� perdido, como alguns acham. Ainda d� tempo de mudar. Ainda d� tempo de ficar em casa e de ajudar o amigo que est� ansioso. Ainda d� tempo de recome�ar.
Quando tudo isso acabar, o mundo nunca mais ser� o mesmo. N�o vamos ter as mesmas atitudes, pois foram elas que nos trouxeram at� aqui. N�o � hora de “voltar & quot”, � hora de recome�ar. Recome�o por um mundo mais justo, com menos desigualdade, com mais solidariedade e amor.
Fiquem bem e em casa, se puderem. Isso vai passar e n�s vamos recome�ar. O mundo vai ser melhor. S� depende de n�s.
Maju Rodrigues, atriz