DJ e produtor relembra a �poca em que a noite de BH era um fervo s�

Eu poderia puxar esse fio de hist�rias da vida noturna com show do Chico Science no Bar Nacional, ou por uma noitada com Monique Evans na Escape, depois de um desfile do Victor Dzenk; ou ainda por uma noite hil�ria com o casal Unibanco numa festa do Marcelo Marent, na rua Guaicurus; ou ainda por aquele show do Mundo Livre S/A, no Pastel de Angu, ap�s uma tempestade das bravas, l� no S�o Lucas; ou ainda uma das inesquec�veis Safadezas, quintas naUp; ou pelos anos que bati cart�o sextas e s�bados descendo a escadinha d’AObra; ou por tocar num trio el�trico para milhares de pessoas na Banda Mole.

De 1994 at� ontem, o que n�o faltaram foram noitadas, lugares, baladas, carnavais, personagens e hist�rias para colorir a vida de um (l� atr�s) estudante, DJ e jornalista/produtor, desde que vim pra Beag�. Mas o que conto aqui foram alguns meses de divers�o e aprendizado. 

Uma das vezes em que passei pro lado de dentro do balc�o e virei s�cio de uma bodeguinha aconchegante e fervida, que rolou na temporada outono/inverno de 2015: A Alfaiataria, um espa�o pop-up coletivo, parceria da Blade Alfaiataria, da Guajajaras Coworking (Lucas e Bruno, do Guaja) e da Perestroika (Dudu Obregon). 

Um casar�o, ali na Santa Rita Dur�o quase esquina com Afonso Pena, que abrigou escola, galeria de arte, lojinhas de marcas locais, uma alfaiataria e um bar, o Bar do Murinho. Irene, produtora-executiva e produtora tamb�m desse espa�o que estava sendo aberto, A Alfaiataria, me convidou para dividir o Bar do Murinho com ela. E fui. 

O time do bar, astral �timo: Jezebel nos drinques, Ronaldo e Raquel (DuPain) na cozinha, Irene e eu no caixa e atendimento; nos fins de semana, a gente tinha suporte de outras almas lindas pra dar conta do movimento: Bill. Durante a semana, o bar tinha um perfil mais de sentar e bater papo, curtir um som, passear pela casa, conhecer as marcas que estavam l�, boas comidinhas e drinques.

No fim de semana, parece que virava uma chave e a rua chegava a ficar tomada de gente. Ocasionalmente, a lavanderia do casar�o virava pista de dan�a; ou tinha festa da Perestroika ou do Quarto Amado no “galp�o”, no segundo andar. E essas festas eram inacredit�veis! E, para mim, como DJ, excelente ver uma nova gera��o, millennial, num ambiente criativo, produtivo, art�stico, divertido e de conviv�ncia. Fora as loucuras! 

Vez ou outra um vizinho reclamava da confus�o. Realmente, era muita gente na rua e a bagun�a grande, mas era algo ocasional e que fugia do nosso controle: o bar era pequeno e as pessoas tomavam conta da rua, falando alto; e sempre a gente, como espa�o coletivo, providenciava de reduzir esse impacto, seja encerrando o bar ou mantendo nosso hor�rio sempre at� 1h. 

Hoje, grande parte dessa turma que participou ativamente dessa hist�ria est� a� na pra�a, firme e forte: Quarto Amado � uma galeria de arte ali na Savassi; o Guaja est� virando uma rede de coworking em v�rias cidades; a Irene segue firme na produ��o de eventos; a Jezebel � rainha dos drinques; Ronaldo e Raquel est�o com a Du Pain no Mercado Central e no Vila da Serra; e eu, de c�, sigo discotecando, produzindo tamb�m e guardando f�lego para retomar a noite mais � vontade de novo.

Que venha a Gen Z!