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Estado de Minas POP

Coluna HIT abre ba� de hist�ria da Caramelo, festa que marcou os anos 2010

Sebasti�o Rinaldi, um dos membros da produ��o, re�ne integrantes do grupo na se��o Embalos de S�bado � Noite


29/01/2022 04:00 - atualizado 29/01/2022 09:27

Sebasti�o Rinaldi
Jornalista e membro da Caramelo Sundae desde o come�o

ilustração mostra sundae com cereja por cima
(foto: Arte/EM/D.A Press)

Quando chegou o convite para fazer este texto sobre a Caramelo Sundae, confesso que fiquei na d�vida sobre o que escrever (afinal, l� se foram uns bons anos) e, ao mesmo tempo, feliz com a possibilidade de reviver essas mem�rias. Para quem n�o acompanhou, a Caramelo foi um projeto de m�sica pop que acontecia aos domingos no Velvet Club (na Sergipe com a Get�lio Vargas). Por mais distante que soe (hoje, cada ex-membro est� em um momento completamente distinto, inclusive em outras cidades), ainda parece que foi outro dia.

Foram v�rias edi��es, temas, figurinos, convidados, prepara��es, esquentas na casa de algum amigo antes de ir ao Velvet, segundas-feiras, com o corpo pedindo arrego (mas, no final, estava tudo bem)... A HIT foi uma grande parceira e acreditou em v�rias de nossas ideias. Lembro-me como se fosse ontem da vez em que eu estava cobrindo um evento com a Bruna Miranda (ex-propriet�ria do Velvet), quando falamos que fazia falta uma noite de pop, algo aos domingos. Sempre frequentei o Velvet e acho que tudo foi acontecendo muito naturalmente. Ali�s, “muito” � uma palavra que definiria bem a festa, no melhor sentido.  

Com o convite do Helv�cio Carlos para escrever este texto, pensei que seria, inclusive, uma boa oportunidade para conversar com a turma que fez parte. Decidi fazer essa apura��o porque a Caramelo sempre foi um coletivo. E este texto precisava ser um quebra-cabe�as. 

Uma edi��o muito especial foi o anivers�rio da festa na Josefine. O Shum, que tamb�m fez parte desde o come�o, lembrou-se de um epis�dio: quando ele tocou “Vamo pul�”, de Sandy & J�nior, na pista principal, que at� ent�o s� deveria conhecer o som da tribal house. “Pedi para o controlador da luz desligar tudo e ele ficou com medo. Eu estava tocando uma m�sica agitada e, de repente, parou o som e a luz desligou. Quando esse hit come�ou, foi uma gritaria. O refr�o com estrobo e a pista toda pulando”, diverte-se. Shum ainda lembrou que os gogo dancers estavam muito desajeitados dan�ando pop.  

Em bate-papo com o Dudu P�nzio, respons�vel pela produ��o da festa, lembramos de algumas edi��es inesquec�veis, com a presen�a de Elke Maravilha e Narcisa Tamborindeguy. Ele sublinhou um contexto que todos vivenciamos. “Foi uma �poca muito boa, de muita liberdade. As pessoas iam livres para se expressar e se divertir, sem medo ou afli��o. Esse quarteir�o est� com esse movimento at� hoje. Era um clima muito gostoso”, comenta.

Considerada madrinha do projeto, a drag queen Dolly Piercing fez parte de v�rios momentos, mas destaca um espec�fico: o bloquinho da Caramelo em um carnaval. “Estava supermontada, bem estilo carnavalesca. Por fim, vi as pessoas dizendo: madrinha, vem tirar foto comigo. Pessoas me intitulando como madrinha da bateria sem eu mesma ser. Talvez por eu ter me jogado no meio da bateria e arrasado no samba”, brinca.

Comentei da Bruna um pouco antes. A gente j� se conhecia de outros carnavais: cobrimos muitos eventos juntos, os dois como rep�rteres. Quando nos falamos nesta semana, ela foi muito certeira: “Quem viveu esses anos sabe que come�ar a semana se tornou um sin�nimo de trazer as melhores lembran�as e o corpo relaxado de uma noite anterior em que o que mais importava era a alegria dos re/encontros”.

O Lucas Pierre, bailarino cl�ssico que entrou na festa por meio de um concurso de DJs (inclusive coberto pela HIT), tem um caso tragic�mico que une as duas frentes: noite e bal�. “Quando sa� de um espet�culo (e eu j� estava cansado e com um pouco de dor no tornozelo), fui � Caramelo e aproveitei muito a festa. No outro dia, reclamei que estava com dor. Fui ao hospital e descobri que tinha uma fratura por estresse no calcanhar. Coloquei uma botinha ortop�dica e, mesmo com essa bota, n�o deixei de frequentar a festa todos os domingos.”

Outro amigo que fez parte desde o comecinho foi o Rodrigo Soares – inclusive, quem fez a ponte para trazer o saudoso Daniel Carvalho (aka Katylene – blog que todo mundo acompanhava) para discotecar no projeto. “Na �poca da Caramelo, a Velvet era uma boate que n�o tinha uma noite de pop. Ali�s, se minha mem�ria n�o estiver ruim, diria que quase n�o existiam festas dedicadas ao ritmo (ao contr�rio de agora). A impress�o que passava era que todos eram amigos h� anos. Quem viveu aquela �poca, acho eu, n�o esquece.” E n�o mesmo, tenho certeza.


. A SE��O “EMBALOS DE S�BADO � NOITE” CONTA A HIST�RIA DA VIDA NOTURNA DE BELO HORIZONTE, QUE, ANTES DA PANDEMIA, DEU O QUE FALAR

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