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Estado de Minas ENVELHE�O NA CIDADE

Cabar� Mineiro, 'agito' das noites de BH, lan�ou estrelas da m�sica

Coluna HIT relembra a casa que funcionou de 1985 a 1993, na Rua Gon�alves Dias, e recebeu o segundo show da carreira de Marisa Monte


26/01/2022 04:00 - atualizado 26/01/2022 16:08

Pessoas dançam no Cabaré Mineiro, em BH
As noites animadas do Cabar� Mineiro fizeram hist�ria em Belo Horizonte (foto: Acervo pessoal)

A tranquilidade quase absoluta das noites na Rua Gon�alves Dias, entre a Rua Maranh�o e a Avenida do Contorno, no Bairro Funcion�rios, nem de longe lembra o movimento daquele local entre 1985 e 1993. Ali, no n�mero 54, funcionava o Cabar� Mineiro, que “fervia” a noite da cidade, apresentando nomes que estavam come�ando. Marisa Monte, por exemplo, fez o segundo show de sua carreira, depois da temporada no Jazzmania, no Rio de Janeiro. Lotou as duas sess�es, com as 120 mesas esgotadas.

Mas nada, absolutamente nada, pode ser comparado �s noites do concurso de lambada. Aos domingos, das 19h �s 2h, 1,2 mil pessoas passavam pelo Cabar� Mineiro, por dois anos consecutivos. Naquele palco surgiram as bandas Veludo Cotel�, Ouro de Tolo e Hocus Pocus. Depois dos shows, a pista era um agito s�, ao som da orquestra da casa, formada por 10 m�sicos – entre eles, Gilvan de Oliveira, Renato Motha e Paulinho Santos.

O Cabar� Mineiro nasceu do desejo de Wagner Tiso, Cl�udio C�sar Rocha de Oliveira e M�rcio Ferreira, s�cios de Milton Nascimento na M�sica de Minas Escola Livre, que funcionava na Rua Rio de Janeiro, em Lourdes. Wagner e Cl�udio tiveram a ideia de alugar o bar do outro lado da rua, reform�-lo e transform�-lo em espa�o para os alunos da escola se apresentarem. O sonho n�o decolou, pois o custo da reforma inviabilizou o projeto. At� que algum tempo depois, por meio de M�rcio Magalh�es Pinto, cunhado de Fernando Brant, Claudio, Wagner e Tadeu Rodrigues (da Cervejaria Brasil) alugaram o terreno da Gon�alves Dias, propriedade de M�rcio.
 
Fachada do Cabaré Mineiro
Fachada do Cabar� Mineiro nos anos 1980 (foto: Acervo pessoal )


O primeiro contrato de loca��o era de dois anos, mas o sucesso foi tanto que houve mais seis renova��es em oito anos. O Cabar� Mineiro s� acabou porque o dono pediu o terreno de volta para a constru��o do pr�dio que hoje est� l�.

Prédio que funciona no local onde ficava o Cabaré Mineiro, na Rua Gonçalves Dias
No mesmo local foi erguido um pr�dio (foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press )


A casa foi importante n�o apenas para lan�ar talentos. “Ela promoveu a renova��o em todos os aspectos. Do projeto arquitet�nico, inspirado na antiga Casa de �pera de Sabar�, � comunica��o visual, por meio da Oficina M�gica, ag�ncia de Marcelo Xavier e M�rio Valle”, conta Cl�udio Oliveira. Nas faixas espalhadas pela cidade, s� se anunciava o nome do artista e o hor�rio do show, e todo mundo j� sabia que seria no Cabar�, relembra.

Mas nem tudo foram flores. Na abertura do Cabar� Mineiro, os donos quiseram ousar implantando a cobran�a por computador, mas a pane no sistema deu o maior problema. E todos sa�ram sem pagar consuma��o!

Antes de encerrar as atividades, os s�cios buscaram acordo com a Prefeitura de Belo Horizonte, na tentativa de doar o espa�o para ser transformado em espa�o cultural. Ofereciam terreno de igual valor. Na �poca, a PBH nem sequer respondeu aos empres�rios.


ONDE BH DAN�OU
MAIS ENDERE�OS

A se��o “Envelhe�o na cidade” da coluna HIT continua repercutindo entre os leitores. Antenados que acompanham esta p�gina sempre t�m algo a acrescentar. � o caso de Jos� Mansur, que lembrou nomes de boates que, apesar do rigor da nossa pesquisa publicada em 12 de janeiro, com 100 casas, passaram despercebidas.
 
A lista de Jos� Mansur aponta a Tenda e a Taj Mahal, � beira da lagoa da Pampulha, em frente ao Bar Redondo; El Rancho, na Avenida Ant�nio Carlos, perto do S�rio Liban�s; e Castelinho, na esquina de ruas Santa Catarina e Aimor�s, no Centro. “Havia uma peculiaridade: mulheres podiam entrar sozinhas, mas homens somente acompanhados”, lembra. E chama a aten��o para a Itapo�, na esquina de Avenida Bias Fortes com Rua S�o Paulo. “A boate mais escura que j� frequentei. O gar�om tinha de iluminar com o isqueiro o card�pio e a conta para voc� enxerg�-los.”

No caso da People, na esquina de Rua Alvarenga Peixoto com Rua Rio de Janeiro, “o propriet�rio era o saudoso jornalista Dirceu Pereira”, diz Josu�. Tinha tamb�m a Stilingue, na esquina de Avenida Amazonas com Rua Junquilhos, e a Broadway, na Savassi. “Nesse local, anteriormente funcionou o bar Mistura Fina, pertencente ao mesmo propriet�rio, o Wellington”.

Mansur cita tamb�m a Mirage (esquina da Rua Para�ba com a Rua Inconfidentes) e o Closed Club, que funcionava ao lado da Mirage. “A pessoa pagava mensalidade e virava s�cio do local. Recebia at� uma c�pia da chave. Era sinuca, lounge e boate.” A Samantha, na Rua Rio Grande do Norte, pr�ximo ao restaurante Casa dos Contos, tamb�m era de Dirceu Pereira, conta.

Tem mais: “Sun Flower, na Rua Araguari, ao lado da sauna Samurays; Charm, na curva da Ponteio; Ori�o, na Avenida Brasil com Rua Alagoas; Woodface, na Rua Aimor�s com Get�lio Vargas; Bangal�, na Rua Alagoas com Av. Brasil; Caven 77, na Rua Cl�udio Manoel com Av. Afonso Pena, ao lado do bar Panorama; e Brilhantina, na Avenida Bernardo Monteiro com Rua Padre Rolim, que bombou na �poca da discoteca”, diz Mansur. Ele tamb�m destaca a Le Chat Noir, na Avenida Av Afonso Pena com Avenida Get�lio Vargas.

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