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Estado de Minas MEM�RIAS DA BALADA

Ex-BBB tenta entrar de gra�a em casa noturna de BH e fica no ''car�o''

A hist�ria � uma de muitas reveladas por T�lio Borges, h� 12 anos � frente da Dduck, o convidado deste s�bado (15/1) da coluna HIT


15/01/2022 04:00 - atualizado 15/01/2022 07:46

Ilustração da coluna Hit

T�lio Borges
Empres�rio

Muita gente acredita que ser dono de clube se resume a abrir o espa�o, contratar funcion�rios, fazer as compras, bolar uma programa��o e curtir com os amigos. Mas essa � a parte f�cil, apenas a ponta de um trabalho que, muito mais que burocr�tico (no escrit�rio) ou divertido e agitado (na pista), � humano, acima de tudo. S�o as rela��es que criamos com os clientes, com os artistas e com funcion�rios que acabam definindo a casa, dando o tom do entretenimento que se vai proporcionar. E isso vai se tornando cada vez mais verdade a cada ano que avan�amos, vencendo obst�culos, construindo novas conex�es e refor�ando as antigas.

� o caso da DDuck, que completou 10 anos em pleno lockdown devido � pandemia da COVID-19, e agora segue para seu 12º anivers�rio, em 2022. Se incluir a� o tempo em que a Mary In Hell ficou aberta –  clubinho inaugurado pelos mesmos s�cios em 2006, que serviu de embri�o para a DDuck –, j� se v�o mais de 15 anos de contato direto com o p�blico, conhecendo pessoas de todos os tipos imagin�veis, ouvindo e presenciando hist�rias, fazendo parte delas.

Vale citar, por exemplo, a vez em que recebemos o e-mail enorme de um cliente que foi � casa pela primeira vez naquele fim de semana. Emocionado, ele dizia que passou a vida meio sem lugar, sem sensa��o de pertencimento, sentindo-se diferente das outras pessoas, e nunca tinha entendido o motivo. Somente ali, na boate, gra�as ao ambiente de liberdade para ser o que quisesse proporcionado pela casa, ele entendeu: era gay. O tom da mensagem, que terminei de ler com l�grimas nos olhos, era de alegria e agradecimento pela descoberta.

Ali�s, outra coisa que deixa a gente muito feliz � a quantidade de casais formados na balada e que permanecem unidos, a come�ar por mim. Fiquei pela primeira vez com a minha esposa na pista da Mary In Hell!

Certa vez, na ocasi�o do anivers�rio de 9 anos da DDuck (que comemoramos com um fest�o no Autom�vel Clube), pedi aos clientes em uma rede social para nos indicar casais que se conheceram na nossa pista. A despeito do cinismo de mensagens que diziam que “boate n�o � lugar de achar namoradx”, fomos inundados com respostas de casais formados no clube, al�m de hist�rias maravilhosas deles na DDuck.

Uma coisa que marca muito quem vai � DDuck � a forma como tratamos todos de forma igual. Sem camarote ou �rea VIP, j� tivemos visitas de celebridades, jogadores de futebol, ex-participantes de reality shows e at� Miss Brasil. Naquele ambiente, enxergamos todos como clientes que est�o ali para se divertir, n�o h� tratamento diferenciado.

Foi assim com certa ex-BBB, que, chegando na portaria, perguntou � seguran�a: “Eu entro de gra�a?”. Ao que a funcion�ria respondeu: “N�o, a entrada custa R$ 20”. A mo�a insistiu: “N�o est� me reconhecendo? Sou a fulana, do 'BBB'”. E ouviu: “Que legal! Ent�o, fulana, a entrada hoje est� a R$ 20”.

� caracter�stica da casa agradar a todos os p�blicos, independentemente de gosto musical. O famoso Baile Funk da DDuck, por exemplo, que acontece desde 2011 em plena segunda-feira, traz tanta divers�o pro in�cio da semana que atrai frequentadores mais improv�veis. Como o trio de amigas minhas, frequentadoras exclusivamente de casas de rock, que ap�s uma noitada no Baile me mandaram a seguinte mensagem: “T�lio, o Baile Funk da DDuck � a festa mais PUNK que a gente j� foi. Parab�ns.”

Em quase 12 anos, infinitas hist�rias se conectam, fazendo parte da constru��o do que � hoje a DDuck, casa cujo principal objetivo � a divers�o sem limites. Um clube pequeno e despretensioso, mas que a cada dia conquista mais frequentadores fi�is por conta de sua proposta simples: aqui voc� vem para se jogar como se ningu�m estivesse olhando e como se n�o houvesse amanh�.

A SE��O “EMBALOS DE S�BADO � NOITE” CONTA A HIST�RIA DA VIDA NOTURNA DE BELO HORIZONTE, QUE, ANTES DA PANDEMIA, DEU O QUE FALAR

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