
"Estou sabendo que o Pal�cio das Artes � um lugar onde o samba nunca foi, ent�o tenho de ir uma vez, n�? Acredito que o teatro vai encher, porque me sinto em casa"
Zeca Pagodinho, cantor e compositor
Embora tenha feito v�rios shows em Belo Horizonte, Zeca Pagodinho nunca se apresentou no Pal�cio das Artes. Isso vai acabar hoje (12/11) � noite, quando ele traz o espet�culo “Mais feliz” ao palco do Grande Teatro. Ali�s, ser� um momento mineiro, pois a can��o que batiza a turn� foi composta pelo belo-horizontino Toninho Geraes em parceria com Paulinho Resende.
Contando que d� continuidade � temporada interrompida em mar�o de 2020 devido � COVID-19, Zeca faz quest�o de lembrar que esteve em BH em agosto, quando participou do Festival Sarar�, no Mineir�o.
“Adoro cantar para os mineiros, que sempre me receberam muito bem. Agora estou de volta, pela primeira vez no Pal�cio das Artes. Como todo mundo da classe musical est� retomando as coisas, retorno com o 'Mais feliz'”, diz ele.
“Estou sabendo que o Pal�cio das Artes � um lugar onde o samba nunca foi, ent�o tenho de ir uma vez, n�?”, brinca. “Acredito que o teatro vai encher, porque me sinto em casa.”
Cl�ssicos e hits
O repert�rio est� cheio de cl�ssicos do samba e da carreira de Zeca, como “O sol nascer�” (Cartola e Elton Medeiros), “Ser humano” (Claudemir, Marquinho �ndio e M�rio Cleide), “Cora��o em desalinho” (Monarco), “Vai vadiar” (Alcino Correia Ferreira e Monarco), “Deixa a vida me levar” (Eri do Cais e Serginho Meriti), “Verdade” (Nelson Rufino) e “Seu balanc�” (Toninho Geraes).
A dire��o musical do show � do arranjador, produtor e violonista carioca Paul�o Sete Cordas. Z� Carratu assina o cen�rio.
Zeca Pagodinho diz que sua produ��o seleciona a dedo o repert�rio dos shows. “Na verdade, quem escolhe as m�sicas � o Paul�o Sete Cordas e o Rildo Hora”, conta. Figura fundamental na carreira de v�rios sambistas adorados pelo Brasil, Rildo, al�m de produtor e arranjador, � tamb�m amigo de anos de Zeca.
“Deixo por conta deles e n�o interfiro. Meu neg�cio � cantar. Vou me apresentar com a minha banda, n�o aquela grandona, porque hoje em dia tudo mudou, ficou mais complicado conseguir hospedagem e passagens. A log�stica est� mais dif�cil agora”, afirma.
Por falar em cantar, Zeca lamenta a morte de Gal Costa. “Estou muito triste com a partida da Gal. O Brasil perdeu uma de suas maiores cantoras”, diz.
''Estou muito triste com a partida da Gal. O Brasil perdeu uma de suas maiores cantoras''
Zeca Pagodinho, cantor e compositor
E Zeca virou samba-enredo...
Em 2023, quando o carnaval chegar, ele ser� homenageado pela escola Acad�micos do Grande Rio no Samb�dromo. O samba-enredo, “� Zeca, o pagode onde � que �?”, foi composto a 12 m�os por Arlindo Neto (filho de Arlindo Cruz), Diogo Nogueira, Gustavo Clar�o, Igor Leal, Mingauzinho e Myngal.
Zeca tem 63 anos e � cria das rodas de samba do sub�rbio carioca, como a do bloco carnavalesco Cacique de Ramos e aquelas realizadas em Iraj� e Del Castilho. Desde menino, Jess� Gomes da Silva Filho conviveu com sambistas de v�rias gera��es no Rio de Janeiro.
Na d�cada de 1980, o Brasil descobriu o talento de Zeca gra�as a Beth Carvalho (1946-2019). Em 1983, a “madrinha” convidou o rapaz para cantar com ela “Camar�o que dorme a onda leva” no disco “Suor no rosto”, parceria dele com Arlindo Cruz e Beto Sem Bra�o.
De l� para c�, Zeca Pagodinho gravou 24 �lbuns, ganhou pr�mios – quatro Grammy latinos, inclusive – e se tornou um dos bambas mais simp�ticos e queridos do Brasil.
ZECA PAGODINHO
Show “Mais feliz”. Neste s�bado (12/11), �s 21h. Pal�cio das Artes, Avenida Afonso Pena, 1.537, Centro. Inteira: R$ 450 (plateia 1), R$ 390 (plateia 2) e R$ 360 (plateia superior), com meia-entrada na forma da lei. Informa��es: (31) 3236-7400.
