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Acuru� recebe em maio Festival das Montanhas e �guas de Minas

Na programa��o do evento no distrito de Itabirito de est�o previstas apresenta��es de Renato Teixeira e artistas locais


11/04/2022 04:00 - atualizado 10/04/2022 21:03

 Cantor e compositor Renato Teixeira
Cantor e compositor Renato Teixeira vai levar seus sucessos para o show no distrito de Itabirito (foto: Instagram/Reprodu��o)

Acuru�, distrito de Itabirito, � regi�o carente de projetos culturais, tur�sticos e sociais que ofere�am aos jovens e adultos oportunidades de entretenimento. Na tentativa de suprir essa car�ncia, Rud Carvalho est� � frente do Festival das Montanhas e �guas de Minas, marcado para o per�odo de 13 a 15 de maio.

"O que n�s temos de mais rico na regi�o � o potencial natural, com suas montanhas, cachoeiras, e o potencial cultural. Como era uma rota de tropeiros, � uma regi�o muito rica em gastronomia, artesanato e que tamb�m remete � m�sica de raiz, � viola caipira de raiz. Esse projeto prop�e resgatar essas ra�zes culturais, valorizar as pessoas e seus produtos, e divulgar isso", diz o produtor.

Na programa��o est�o confirmados o m�sico Renato Teixeira, a Orquestra Mineira de Viola Caipira, o Teatro dos Tropeiros, al�m de artistas locais. "O objetivo maior � proporcionar um sentimento de pertencimento � popula��o local, levar o turismo e promover atividades de capacita��o", garante Rud.

A programa��o do Festival das Montanhas come�a em abril com oficinas nas escolas. Qual a import�ncia desse tipo de a��o em lugares onde n�o existe acesso � cultura e especialmente em momento que a cultura � vista como vil� e n�o aliada na forma��o educacional de um povo?
As oficinas e a capacita��o s�o muito importantes, principalmente em lugares com privados de oportunidades nas �reas de cultura e educa��o porque ajudam a abrir novas fontes de emprego e renda. � plantar a semente em cada um, dar uma chance �queles que n�o t�m de aprender. Quando n�s levamos a cultura do povo para fora, quando fazemos um festival que valoriza essa cultura local, isso cria um v�nculo, um orgulho e aumenta a autoestima das pessoas como fator motivacional para se conceber novos projetos e sair da comodidade.

Maria Alice Martins (idealizadora do Festival Internacional de Jazz de Ouro Preto) foi v�tima da COVID-19. Talvez ela, como tantas outras pessoas que morreram por causa da doen�a, pudessem estar vivas se a vacina��o fosse mais r�pida. Como voc� v� a forma que o governo federal encarou o primeiro ano de pandemia?
Mulher maravilhosa, percussora de diversos projetos de extrema import�ncia para Minas Gerais, que fez tanto pela cultura de nosso estado. O governo federal encarou o primeiro ano de pandemia com extremo despreparo, o que contribuiu para a desinforma��o da popula��o. Acho que foi dada pouca import�ncia �s medidas, principalmente � vacina, e poderiam ter feito muito melhor. Esse despreparo do governo n�o se mostra apenas nessa a��o, se mostrou claramente em v�rias �reas, principalmente com �nfase na cultura, que acabou sendo sucateada pelas novas diretrizes deste governo. Toda essa instabilidade que sofremos este ano, essa mesma postura se refletiu ao lidar com a pandemia. Trataram de forma menos importante do que deveria ter de aten��o e isso contribuiu com a desinforma��o e o despreparo da popula��o e do governo para lidar com essa doen�a.

Ao longo de mais de 10 anos de conviv�ncia profissional, o que chamou sua aten��o em Maria Alice?
Desde os meus 16 anos de idade trabalhei ao lado da Maria Alice, ela me inseriu nos projetos que existiam � �poca. Iniciei com fun��es b�sicas de produ��o, desde panfletagem, ajuda para realiza��o de camarim, ajuda para oficinas. Junto com ela fui aprendendo, crescendo, observando a log�stica dos projetos, depois passei para o financeiro, comunica��o, o que me ensinou muito sobre todas as vertentes e �reas dentro de um projeto. Ela como uma l�der, uma mentora, al�m de uma tia e madrinha, tinha caracter�sticas �nicas que a fizeram pioneira e t�o importante e relevante na cultura do estado. Ela tinha uma genialidade musical e uma sensibilidade social sempre � frente do tempo. Com isso conseguiu criar diversos projetos pioneiros em Tiradentes, Ouro Preto, Mariana. Temos projetos de jazz, de pontos de cultura, de teatro, de ONGs, de revitaliza��es de igrejas. Ela conseguiu agir em diversas �reas esempre tendo � frente um trabalho de ex�mia perfei��o, ela era extremamente exigente. Acho que com esse pioneirismo, com essas iniciativas, ela conseguiu contribuir de forma inigual�vel para a cultura e para turismo do estado. A maior caracter�stica dela era primar pela perfei��o pela qualidade e pela acessibilidade em tudo o que ela fazia tendo sempre uma vis�o de um objetivo grandioso, que n�o atendesse apenas ao evento, mas sim � regi�o, � popula��o e aos turistas.

O Festival Internacional de Jazz de Ouro Preto � um dos mais importantes do g�nero no pa�s. O que mais marcou voc� nesse projeto?
O Festival Internacional de Jazz de Ouro Preto foi primeiro de Minas Gerais. Hoje existem mais de 30 festivais. Ele trouxe para o estado a tradi��o nesse g�nero musical, uma relev�ncia dentro desse g�nero musical para Minas, trazendo turismo de qualidade, em especial para a regi�o de Ouro Preto. Sem d�vida, o que mais me marcou dentro desse projeto durante todos esses anos que trabalhei com a Maria Alice foi o tributo a Billie Holiday. Esse projeto ela criou um tributo da cabe�a dela, selecionou cada m�sico que participaria. Ent�o, convidou a Mart'n�lia, Madeleine Peyroux e diversos outros m�sicos que de cada instrumento que estaria compondo essa banda todos essas pessoas foram para Ouro Preto, ensaiaram uma semana antes e conseguiram realizar um show maravilhoso, que passou como��o para o p�blico, emo��o, l�grimas. E eu achei de extrema genialidade ela conseguir enxergar esses m�sicos separadamente e como seria esse espet�culo unido em um s�. Teve tanto sucesso que a Madeleine, que faz apresenta��es de jazz no mundo inteiro, comentou comigo que achou impressionante a rea��o do p�blico. Isso marcou muito as possibilidades dentro de um projeto cultural. Sem d�vida, dentro do projeto Tudo � Jazz foi o que mais me marcou.

Este ano o festival completa 20 anos. Como voc� pretende comemorar a data?
Vamos comemorar com curadoria do T�lio Mour�o, indicado pela Maria Alice como seu sucessor na curadoria, antes dela ser entubada em fun��o da COVID e ela j� tinha deixado para n�s uma dire��o que seria um tributo a Frank Sinatra. De 4 a 7 de agosto, o projeto acontecer� em Ouro Preto. Coincidentemente, vai acontecer no fim de semana de 5 de agosto, anivers�rio da Maria Alice. Ent�o, al�m desse tributo a Frank Sinatra, faremos tamb�m, no dia 5, um tributo � Maria Alice, com Madeleine Peyroux. Conseguimos ainda junto a patrocinadores e apoiadores a possibilidade de levar o festival n�o s� para Ouro Preto este ano, mas tamb�m para outras cidades: BH, Congonhas, Catas Altas, Ouro Branco, Moeda e Miguel Burnier. Essa � a programa��o para comemorar os 20 anos do evento.

Quais os desafios que os produtores t�m pela frente em um mundo quase livre da pandemia?
O maior desafio na retomada dos projetos � reestruturar locais onde aconteciam os trabalhos sociais e culturais. Durante a pandemia, muitos locais fecharam as portas, muitas ferramentas culturais de extrema import�ncia. Acho que essa retomada est� vindo com tudo, v�o ser v�rios projetos acontecendo simultaneamente. Com certeza n�o vamos resgatar tudo aquilo que foi perdido em termos de continuidade, mas creio que cada produtor a seu modo est� conseguindo voltar a seu modo com muito sucesso e com uma grande demanda. Acho que isso vem acompanhado do interesse dos patrocinadores, com a abertura de novos editais e o maior interesse em projetos socioculturais de lastro.

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