(none) || (none)

Continue lendo os seus conte�dos favoritos.

Assine o Estado de Minas.

price

Estado de Minas

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Utilizamos tecnologia e seguran�a do Google para fazer a assinatura.

Assine agora o Estado de Minas por R$ 9,90/m�s. ASSINE AGORA >>

Publicidade

Estado de Minas HIT

Paco Pigalle, que mudou de endere�o 13 vezes, sossegou na Floresta

Ap�s fechar dois anos devido � pandemia, casa abre �s sextas e s�bados, de olho no 'golpe da bolsa de soro' que alguns clientes tentam aplicar


26/05/2022 04:00 - atualizado 26/05/2022 07:55

Fachada do bar Paco Pigalle na Rua Ouro Preto, em 2002
Em 2002, Paco Pigalle funcionava na Rua Ouro Preto, no Barro Preto (foto: Cristina Horta/EM/D.A Press/25/8/02)

Por exatos 13 anos, f�s de Paco Pigalle seguiram a via-sacra n�made do bar batizado com o nome dele, que mudou de endere�o 13 vezes.

"Naquela �poca, o alvar� da prefeitura demorava muito tempo. Quando liberavam ou n�o o funcionamento da casa, eu j� estava seguindo para outro endere�o", recorda Paco, que h� 22 anos est� fixo no casar�o da Avenida do Contorno, 2.314, no Bairro Floresta.

Depois de dois anos e uma semana fechado, o espa�o reabriu no m�s passado. Paco conta que comparada ao mesmo per�odo de 2021, a situa��o � melhor, mas nem por isso est� mais f�cil. “N�o reclamo. Vou trabalhar”, ele diz.

A casa de Paco foi uma das primeiras a fechar com a chegada da pandemia, muito antes da determina��o da Prefeitura de Belo Horizonte. De olho no cen�rio europeu, ele percebeu que n�o haveria outra solu��o a n�o ser suspender as atividades. Demitiu empregados, fez os acertos e recorreu a empr�stimo para voltar � ativa.
Interior do bar de Pico Pigalle, com pista animada, luzes coloridas e casal se beijando
Pista se destacava na noite de BH, em 2017 (foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press/24/3/17)

Por enquanto, est� abrindo apenas duas vezes por semana. Os shows de convidados, �s quintas-feiras, por ora est�o suspensos. �s sextas e s�bados, o pr�prio Paco anima a pista.

A crise obriga donos de casas noturnas a procurarem alternativas para sobreviver, mas n�o est� f�cil. Frequentadores de bar fazem das suas, h� at� um novo golpe na pra�a. Pessoas levam uma bolsa de soro debaixo da blusa. O conte�do � trocado por bebida alco�lica, que vai para o copo por meio de uma pequena mangueira.

Paco conta que foi f�cil perceber o golpe, pois os que gastavam pouco no bar estavam muito chapados.
Interior do bar comandado por Paco Pigalle, com luzes e muita gente na pista
Em 2022, de portas reabertas no Bairro Floresta (foto: Paco Pigalle/acervo)

Apesar do preju�zo, ele diz compreender que a situa��o est� ruim para todo mundo. Cita sua rotina nos supermercados e sacol�es do Sion, onde mora. “Ou�o muita gente reclamar da alta dos pre�os. Se est� complicado para a galera com renda fixa, imagine para a minha molecada de universit�rios!”, comenta. E revela que s� em �ltimo caso expulsa de seu bar o dono da bolsa de soro.

“Quando os gar�ons percebem movimento diferente ou quando a pessoa pede mais de um copo de gelo, j� desconfiamos. Pedimos a bolsa de soro, guardamos e a devolvemos quando a pessoa vai embora”, diz.

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)