H� uma d�cada, um coletivo de m�sicos que se apresentava gratuitamente em um parque brasiliense ganhou notoriedade por apostar na arte ligada ao meio ambiente. Ao longo dos anos, o produtor Andr� Trindade, de Bras�lia, defendeu a energia solar como matriz energ�tica de shows. “Mas foi aqui em BH que eu e o m�sico e produtor Robson Assis articulamos apoios e patroc�nios para criar o selo Instrumental Solar, agregado ao projeto M�sica na �rvore”, afirma Jo�o Vianna, trompetista e produtor cultural.
No pr�ximo domingo (30/4), M�sica na �rvore promove o Fest Cult, na Pra�a Arnaldo Jansen/Avenida Caranda�, no Bairro Funcion�rios, em BH. A programa��o contar� com shows que representam v�rias correntes do jazz e oficina em homenagem a Louis Armstrong. Nesta entrevista, Jo�o Vianna fala sobre o evento e explica a import�ncia de aliar arte e sustentabilidade.
Qual � o desafio de montar programa��o reunindo as vertentes tradicional, standard e fusion do jazz?
A escolha dos grupos e m�sicos. Como BH � celeiro de grandes m�sicos, tivemos o cuidado de ser democr�ticos e fazer escolhas de grupos que ainda n�o participaram de edi��es anteriores do M�sica na �rvore. Tamb�m convidamos diferentes gera��es de artistas – dos rec�m-premiados no BDMG Instrumental aos j� consagrados na cena regional –, atingindo a pluralidade.
A Charanga Pop ser� um dos destaques do Fest Cult. Como ela foi formada?
Charanga Pop � um grupo que mostra a versatilidade, como � poss�vel voc� se comunicar e atrair as pessoas usando a linguagem instrumental. Temos um repert�rio pr�-combinado para cada show. Por�m, diante do p�blico e de suas rea��es, sempre vamos nos adaptando e interagindo de forma espont�nea. De repente, vira uma festa! A Charanga foi criada h� uns sete anos para um festival de gastronomia, a pedido do produtor Eberty Sales. Desde ent�o, rodamos in�meros festivais em Minas. Agora come�am a aparecer convites para outros estados.
Uma das boas ideias do projeto � usar a energia solar para alimentar os equipamentos de som. Qual � o resultado efetivo dessa medida?
O resultado pretendido � mostrar que energia solar � uma realidade, temos de nos conscientizar de que ela traz muitos benef�cios. Por meio dos shows e do entretenimento, as pessoas mais abertas e relaxadas podem, naquele ambiente prazeroso, entender melhor esse novo caminho, aprendendo com o exemplo que estamos propondo. Al�m da energia solar, trabalhamos nos eventos com a coleta de lixo eletr�nico, a metarreciclagem, outra quest�o importante no contexto da sustentabilidade.
Energia solar � uma realidade, temos de nos conscientizar de que ela traz muitos benef�cios
Jo�o Vianna, trompetista e produtor cultural
Voc� j� tocou com Skank, Lulu Santos e Pepeu Gomes. Que boas lembran�as guarda dessas experi�ncias?
Com o Lulu, participei da grava��o de trabalhos dele. Skank, fiquei uns nove anos l�, gravando quatro �lbuns e excursionando. No caso do Pepeu, eu e a Banda Vil Metal fizemos dezenas de shows em que ele era nosso convidado. Agrade�o a todos os artistas que me convidaram para seus trabalhos e que me fizeram mais experiente e conhecedor do mercado cultural. Cada trabalho te leva para um caminho novo, � um exerc�cio de pesquisas e descobertas. Com isso v�m os desdobramentos e as oportunidades.
Voc� criou a Semana do P�o de Queijo. Qual foi o resultado da primeira edi��o do evento?
Recebi o convite do Rodrigo Bouchardet para criar um projeto para esta data especial, para o produto que representa Minas Gerais no mundo. Fizemos a primeira edi��o em 2022. Foi um sucesso. Agora, estamos conversando, procurando apoiadores e patrocinadores para realizar um evento maior, � altura desse patrim�nio imaterial que � o p�o de queijo