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O �lbum Samba Pocon� e a mudan�a de patamar na hist�ria do Skank

Se antes a banda fazia todas as etapas, como cria��o, grava��o e mixagem, no Brasil, a partir deste �lbum j� tinha or�amento para ousar mais


02/08/2021 04:00 - atualizado 02/08/2021 08:10

Capa do disco Samba do Poconé, que trouxe grandes sucessos que tocaram nas rádios do país(foto: Skank/Divulgação)
Capa do disco Samba do Pocon�, que trouxe grandes sucessos que tocaram nas r�dios do pa�s (foto: Skank/Divulga��o)


No inicio de 1996, o Skank estava preparando o lan�amento do �lbum que seria o sucessor do "Calango" (disco que contou com muitas m�sicas tocadas em r�dio e, consequentemente, mudou o patamar da banda). Se antes �ramos conhecidos em Minas Gerais e alguns poucos estados, passamos a tocar em todas as regi�es e as letras das m�sicas come�aram a ser cantadas em todos os shows.

Com esta mudan�a de patamar, veio a press�o de sermos inovadores novamente. Estou falando de “O Samba Pocon�”, que tem Garota Nacional, Partida de Futebol e T�o seu como can��es mais conhecidas.

Se antes faz�amos todas as etapas, como cria��o, grava��o e mixagem, no Brasil, a partir deste �lbum j� t�nhamos or�amento para ousar mais. Viver de arte � muito bom, mas viver de arte e poder trabalhar com profissionais reconhecidos internacionalmente � melhor ainda.

Gravamos o �lbum no est�dio Mosh, em S�o Paulo, que � de propriedade do Oswaldo Malagutti – baixista do grupo Pholhas –, que fez muito sucesso nos anos 1970, �poca na qual alguns artistas brasileiros cantavam vers�es em ingl�s. Este est�dio � muito utilizado por cantores sertanejos.
 
A maioria dos sucessos que conhecemos de Zez� di Camargo & Luciano, bem como Chit�ozinho e Xoror�, foram constru�dos e aprimorados l�. Iriamos gravar o projeto no Rio de Janeiro, mas por motivos que um dia contarei, acabamos gravando em S�o Paulo. Estou falando de uma �poca em que o Rio de Janeiro era mais conectado com o mundo pop. Atualmente, com tanta tecnologia, isso mudou completamente.

Depois de passarmos um bom tempo na capital paulista, fomos para Nova York fazer a mixagem, enquanto no Brasil a capa estava sendo produzida pelo Gringo Cardia.

“O Samba Pocon�” foi o trabalho mais internacional da carreira do Skank, com m�sicas cantadas em portugu�s, espanhol e rap em franc�s. A participa��o do cantor franc�s Mano Chao, em tr�s faixas, trouxe um tempero latino muito importante para o �lbum. O que hoje parece normal ao escutarmos no r�dio (m�sicas que misturam as l�nguas), era improv�vel no Brasil � �poca. Penso que foi esta ousadia, junto com um alto padr�o de produ��o, que nos levou, refor�ados pelo sucesso de Garota Nacional, a viajar e tocar em outros pa�ses.

Vendemos quase dois milh�es de �lbuns, n�mero absurdo para a �poca. O mercado musical era outro; o Brasil estava surfando no plano real, a ind�stria fonogr�fica brasileira era o sexto mercado do mundo, e a popula��o estava comprando aparelhos de CD para escutar seus artistas preferidos no novo formato.

Passados 25 anos, estamos vivendo uma nova onda, com o amadurecimento das plataformas de streaming que est�o crescendo absurdamente na pandemia e devem continuar aumentando seus n�meros. Estou falando de Spotify, YouTube, Deezer, iMusic e outras. Como escutei do meu amigo e empres�rio Marcelo Azevedo, “demoraram quase 20 anos para acender novamente as luzes e o som que nos leva a um novo baile da ind�stria fonogr�fica”. O mercado da m�sica, assim como dos shows, voltou a crescer. E se o baile voltou, bate o bong�, drum machine, bate o xequer�: � hora de voltarmos � festa.


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