
Ao escolher o nome de Valdir Barbosa (foto) para voltar ao clube, o presidente Wagner Pires acertou em cheio. Ningu�m conhece o clube melhor do que Barbosa, que ficou durante 20 anos, comandou a assessoria de imprensa e foi diretor de futebol, conquistando todas as ta�as dos �ltimos tempos. Ele tem excelente tr�nsito na imprensa nacional e foi fundamental nas negocia��es envolvendo a diretoria atual e o presidente do Conselho, Zez� Perrella. Valdir teve seu ano sab�tico, no qual repensou muita coisa, mas o futebol � sua grande paix�o, e ele n�o poderia ficar tanto tempo longe. Agora est� empenhado em n�o deixar o time cair e promete trabalhar dobrado para que isso n�o ocorra. Ao lado do eterno parceiro, Marcone Barbosa, outro craque, Valdir Barbosa continuar� apaziguando o clube e ajudando a diretoria no que for preciso.
Ato de grandeza
Ao aceitar assumir a dire��o do futebol do clube, o ex-presidente Zez� Perrella, um dos mais vencedores da hist�ria do Cruzeiro, com tantos t�tulos conquistados, assume o risco de ficar na hist�ria negra do clube caso ele seja rebaixado. Mas nem mesmo isso foi empecilho para Perrella n�o ajudar o clube do cora��o. Ele vai assumir e j� promete estar com o time em Chapec�, amanh�. O momento � de uni�o de todas as correntes do clube. Em janeiro, caso haja mesmo novas elei��es, ser� a hora de separar o joio do trigo. Pedro Louren�o, outro que sempre ajudou o Cruzeiro, deve ser o candidato de consenso.
Med�ocre como outros 15
O time do Atl�tico � t�o med�ocre quanto outros 15 clubes que disputam o Brasileiro. Com jogadores ruins, alguns ex-jogadores em atividade, vive seu calv�rio de derrotas e, vez por outra, empates. Fazer futebol sem dinheiro � muito complicado, mas as contrata��es feitas foram p�ssimas, principalmente na �poca do diretor de futebol Alexandre Gallo. Ele acertou com jogadores que n�o t�m a menor condi��o de vestir a camisa alvinegra e renovou contratos com alguns jogadores medianos ganhando fortunas at� 2022, uma completa irresponsabilidade. Por isso o Atl�tico vive essa p�ssima fase, sem perspectiva. O risco de queda existe, mas � pequeno. Por�m, se uma reformula��o n�o for feita, o Galo correr� riscos na pr�xima temporada. Apesar disso, o futebol apresentado � similar ao de outras 15 equipes do Brasileir�o, inclusive do maior rival, o Cruzeiro. Tirando Flamengo, Santos, Palmeiras e Gr�mio, o resto � mais do mesmo, todos fracos, com p�ssimos jogadores.
�dolo depois de Coutinho
O t�cnico portugu�s Jorge Jesus, que est� dando aula de t�tica aos colegas brasileiros, � o maior �dolo da torcida entre os treinadores depois de Cl�udio Coutinho, que morreu no come�o da d�cada de 1980. O capit�o Coutinho tinha uma grande empatia com a torcida rubro-negra e inovou o futebol em nomenclatura (lembram-se do overlaping?) e em conceitos t�ticos. Agora � a vez de Jorge Jesus virar �dolo da massa e vibrar quando ela canta: “ol�, ol�, ol�, ol�, mister, mister”. Que os t�cnicos brasileiros n�o fiquem com ci�mes e aprendam a se modernizar com o portugu�s. Mesmo ganhando os jogos, o Flamengo ataca os advers�rios at� o �ltimo apito do �rbitro, um conceito que funciona na Europa, mas que nunca funcionou no Brasil.